Karl Popper defendeu acerrimamente o sistema bi-partidário na democracia representativa — como acontece, por exemplo, em Inglaterra, nos Estados Unidos e na Austrália. O argumento de Karl Popper era o de que o sistema de apenas dois partidos (que se alternam no Poder) dá maior estabilidade política e governabilidade — aliás, este foi um dos temas de uma conferência realizada em Lisboa por Karl Popper, a convite do então P.M. Mário Soares (não me lembro agora da data, mas foi na década de 1980).
Porém, o sistema bi-partidário (definido pelo sistema de votação) fazia muito sentido na década de 1980, mas já não faz tanto sentido hoje, como podemos ver no que se está a passar em países como a Austrália, a Nova Zelândia, Reino Unido e mesmo nos Estados Unidos, quando os dois partidos do regime estão de acordo em relação à construção de um regime político repressivo, em que grande parte dos anseios da maioria da população são ignorados.
A aproximação do PSD de Rui Rio (e de Pacheco Pereira) ao Partido Socialista do monhé Costa está, em tudo, relacionada com uma tentativa de “australização” do regime político português; mas essa “australização” saiu “furada” com o aparecimento do partido CHEGA.
Resta agora ao Rui Rio e ao monhé alterar o sistema de votação português.
Nos países chamados de “anglo-saxónicos” (Reino Unido, Estados Unidos, Austrália, Canadá Nova Zelândia), caracterizados por sistemas de votação que favorecem o bi-partidarismo (de alternância no Poder), os dois partidos de Poder estão totalmente controlados pelos agentes do globalismo plutocrata — ou, como diz Olavo de Carvalho, pelos agentes do “império mundial do dinheiro”.
Neste sentido, Donald Trump foi considerado persona non grata pelo próprio partido republicano americano; Donald Trump ganhou as eleições com o voto do povo, mas não com o apoio das elites do seu próprio partido.
De facto, nos Estados Unidos, o partido republicano, por um lado, e o partido democrata, por outro lado, estão de acordo em quase tudo — incluindo na política de ausência de fronteiras e imigração massiva e sem qualquer controle fronteiriço.
Na Austrália, os dois partidos de alternância no Poder chegaram a um acordo, que consiste em instituir um regime orwelliano e submetido caninamente ao “império mundial do dinheiro”, em substituição da democracia representativa propriamente dita. O mesmo se passa (em graus diferentes) na Nova Zelândia, e mesmo no Reino Unido.
Depois da ditadura sanitária — ou seja, depois da ditadura do controlo sanitário covideiro —, virá o controle monetário que gerará a rarefacção ou mesmo desaparecimento do dinheiro vivo em circulação; depois virá o controlo de acesso à Internet por intermédio da identificação numérica individual. No fim da linha repressiva, só restará ao povo o recurso à violência contra a classe política, para defender a liberdade.

Em Portugal, o fenómeno do “encolhimento” eleitoral do Bloco de Esquerda (e previsível “encolhimento” da facção da Isabel Moreira no Partido Socialista de Sócrates, da Fernanda Câncio, do Ascenso Simões e do monhé Costa) tem a ver com a tentativa de afastamento do Cristianismo da praça pública, para se instituir “um regime que se lambuza gostosamente na merda e no mijo” da ética e da moralidade. É a isto que chamamos (também) de “marxismo cultural”.
O método de Hondt português permite o fácil aparecimento de novos partidos que contrariem o monopólio bi-partidário do Poder , como é o caso do partido CHEGA.
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