perspectivas

Terça-feira, 4 Junho 2013

A ideologia de género, a celebração da patologia e a nova tirania

1/ O Direito não serve apenas para corrigir a lei do mais forte; serve também para impedir a lei do mais fraco. Como escreveu Rousseau, “se bastasse ser o mais forte para ter sempre privilégios, não se faria apelo ao direito”. E por analogia, se bastasse ser o “mais fraco” para ter sempre privilégios, então não faria sentido o apelo ao Direito.

2/ Quando o Direito passa a incorporar e a valorizar em si mesmo as subjectividades dos cidadãos, para além de adequar sistematicamente a norma legal ao facto, deixa de existir diferença entre norma moral e norma legal – porque a norma moral depende da consciência de cada um, ao passo que a norma legal é, por sua própria natureza, repressiva (o Direito Positivo é necessariamente repressivo).

Assim, através da incorporação das subjectividades particulares e individuais no Direito, este passa a substituir a moral; e como o Direito é repressivo, instala-se uma moral repressiva na sociedade. E quando existe uma moral repressiva numa sociedade, estamos perante uma tirania, e senão mesmo em um processo de construção de um novo totalitarismo.

O Direito Positivo começou por separar a natureza, por um lado, da norma jurídica, por outro lado; depois passou a separar a moral, da lei; e agora transforma a lei em norma moral, ao mesmo tempo que repudia a lei natural.

3/ a criação de categorias sociais desligadas daquilo que existe – de facto! – na Natureza em termos de determinismo, e baseadas na pura subjectividade individual, em vez de ser uma forma de inclusão social, é antes um meio de exclusão social – porque a inclusão social é um fenómeno essencialmente antropológico e ético, e não legal ou jurídico.

“People who do not identify as male or female have achieved formal legal recognition in Australia for the first time, after the NSW Court of Appeal overturned a ruling that everyone must be listed as a man or a woman with the Registry of Births Deaths and Marriages.


In a landmark decision with major implications for thousands of intersex, androgynous and neuter people across the country, the court on Friday upheld an appeal by Sydney activist ‘Norrie’ against a decision by the Administrative Decisions Tribunal that people must be officially registered as ‘M’ or ‘F’.”

Legal recognition for those who don’t identify as either ‘M’ or ‘F’

Na Austrália, passaram a existir, na lei, “pessoas sem sexo”, alegadamente porque essas pessoas sentem subjectivamente que não pertencem a nenhum sexo.

Quarta-feira, 29 Junho 2011

A Suécia e a redução behaviourista do ser humano

“A desigualdade injusta não se cura com igualdade, mas com desigualdade justa” — Nicolas Gomez Dávila

Recentemente surgiu a notícia de que uma escola pré-primária pública (pré-escolar) na Suécia baniu o tratamento de género, ou seja, proibiu que as crianças se tratem por “ele” e “ela”. O argumento básico daquela escola pré-primária para este tipo de educação é, alegadamente, o de erradicar aquilo a que chamou “papéis de género”, que alegadamente atribuiu a “construções sociais” e “estereótipos sociais”.
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Domingo, 26 Setembro 2010

Homem e mulher: complementaridade ou igualdade ?

Do ponto de vista da lógica, não é correcto falar em “género” quando hoje o politicamente correcto se refere ao “sexo”. O género é anterior à espécie. Por exemplo: o ser humano pertence ao género dos antropóides, e à espécie humana (uma vez que as outras espécies de hominídeos — como por exemplo, a espécie do Neanderthal — desapareceram, podemos falar em género antropóide em vez de género hominídeo e família antropóide).
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Quinta-feira, 25 Fevereiro 2010

Cuidado com a linguagem!

Dei aqui com este trecho:

Género e sexo

O termo “sexo” refere-se às diferenças biologicamente determinadas, enquanto o termo “género” refere-se às diferenças nos papéis e relações sociais entre homens e mulheres.
Os papéis do género são aprendidos através da socialização e variam amplamente no seio e entre as culturas; os papéis de género são também afectados pela idade, classe, raça, etnicidade e religião, bem como pelos ambientes geográficos, económicos e políticos. Uma vez que muitas línguas locais não possuem a palavra género, os tradutores podem ter de considerar outras alternativas para distinguir entre esses conceitos.

O termo “género” não deveria ser aplicado nestas circunstâncias, tanto do ponto de vista etimológico como lógico/filosófico.
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