Aquilo que o Henrique Raposo escreve, ou/e as opiniões dele, valem zero absoluto. O que me surpreende é que o sítio da Rádio Renascença, dita “católica”, dê eco a opiniões de autênticos mentecaptos.
Ontem o cardeal Müller afirmou (mutatis mutandis) o seguinte:
“Quando um papa tem uma opinião, e um cardeal (ou mais gente) tem opinião diferente, então aplica-se o princípio “in dubio pro Deo”: devemos então seguir as escrituras”.
E as escrituras contradizem a opinião da pessoa que ocupa o trono pontifício. Só nos resta agora deixar a Igreja Católica e abraçar a Igreja Ortodoxa.
O “problema” de Marcelo Rebelo de Sousa não é só a eventual “falta de coragem” (como escreveu a Helena Matos): Marcelo Rebelo de Sousa é um relativista (o “relativismo católico”, interpretado exemplarmente pelo papa-açorda Chico e por uma grande parte do clero português). O relativismo de Marcelo Rebelo de Sousa pode ser bem atestado através do seguinte vídeo que faz a sua (dele) caricatura:
Mas o relativismo pega-se: lembro-me de ler um texto (de Março de 2016) do católico João César das Neves acerca do papa-açorda Chicozinho, em que o citado economista católico defendia a tese segundo a qual o papa-açorda não seria socialista (ou não seria adepto do marxismo). O João César das Neves olha para a realidade e nega-a; ou então recusa-se a aceitar os factos objectivos acerca do papa Chicozinho. A negação da realidade é a condição de qualquer ideologia política.
Eu só posso julgar o Marcelo Rebelo de Sousa (ou o João César das Neves) por aquilo que é objectivo — a alegada “falta de coragem” de Marcelo Rebelo de Sousa é um juízo subjectivo, porque não tenho a certeza se o dito é corajoso ou não: o que me parece, de uma forma objectiva, é que Marcelo Rebelo de Sousa é um relativista (uma pessoa que julga que “a verdade é relativa”, e por isso detentor de um arquétipo mental a-científico).
Eu penso que é possível defender uma ideia, uma causa, sem que se recorra sistematicamente à emoção dos interlocutores; podemos, em vez disso, utilizar a razão. O problema das mulheres na política (em juízo universal) é o constante recurso à irracionalidade para fazer prevalecer determinados pontos de vista.
Em nome da “justiça” e da “igualdade”, pessoas da laia da Isabel Moreira vão promovendo a pedofilia na cultura antropológica através da “educação” de crianças pré-adolescentes.
Pessoas como a Isabel Moreira não têm perdão (nem jurídico, nem ético), porque enganam de forma consciente. Agem de má-fé. São pessoas que incorporam e representam a perversidade do espírito do nosso tempo; são as grandes responsáveis pela dissonância cognitiva que grassa na nossa cultura, e que nos vai conduzindo paulatinamente a um totalitarismo de veludo.
Em nome da “justiça” e da “igualdade”, pessoas da laia da Isabel Moreira vão promovendo a pedofilia na cultura antropológica através da “educação” de crianças pré-adolescentes. “Em política, o que parece, é”; e parece que pessoas da laia da Isabel Moreira promovem a pedofilia na cultura antropológica.
Nós sabemos de que lado da barricada está a promoção cultural da pedofilia : está do lado dos sequazes da Isabel Moreira. Quem votar nos amigos da Isabel Moreira está, pelos menos de forma indirecta, a promover a pedofilia na nossa cultura.
Do ponto de vista da biologia, uma pessoa dita “intersexo” ou tem cromossomas XY ou XX (não se inclui aqui o chamado “hermafroditismo”, que não é propriamente “intersexo”: o hermafroditismo não é apenas uma anomalia: é uma condição patológica!).
Não há, do ponto de vista cromossómico, “meio-sexo”; não há pessoas com cromossomas XYXX, ou coisa que o valha (excepto com a patologia hermafrodita); não há pessoas com cromossomas LGBTI.
Existem pessoas com cromossomas XYX ou XXX (um cromossoma a mais), mas nestes casos não há diferença entre as características sexuais internas e externas (ovários e vagina, por exemplo): o que existem, nestes casos, são problemas de níveis hormonais elevados.
Embora seja uma anomalia rara, uma pessoa “intersexo” tem os cromossomas de uma pessoa normal (ou XX, ou XY); ou seja, uma pessoa “intersexo” é biologicamente masculina ou feminina.
Para mim, é perfeitamente claro que “sexo sem consentimento é violação”.
O problema que se perfila é o de que a Esquerda pretende que o conceito de “sexo sem consentimento” dependa exclusivamente da subjectividade da mulher e da sua declaração unilateral de “não-consentimento”.
No Islão, a palavra do homem vale pela de três mulheres; no Feministão, a palavra da mulher vale pela de três homens. O Feministão é a antítese simétrica do Islão.
Ou seja: parece-me que, segundo a lei do PAN (Pessoas-Animais-Natureza) e do Bloco de Esquerda (a que se junta o Partido Socialista de António Costa, e provavelmente o partido de Esquerda que é o PSD de Rui Rio), basta que a mulher afirme que não houve consentimento para um determinado acto (hétero) sexual — e mesmo que não exista qualquer tipo de violência ou coacção! — para que o homem possa apanhar 5 anos de prisão.
Se eu estiver errado no meu raciocínio, por favor corrijam-me!.
Se o meu raciocínio estiver correcto, o que a Esquerda pretende é — pura e simplesmente — instituir a estigmatização social do homem heterossexual, criminalizando o simples desejo sexual masculino e natural em relação às suas esposas e namoradas, fazendo com que as experiências sexuais negativas de algumas mulheres feministas se transformem em “abuso sexual” generalizado por parte dos homens, concedendo às feministas na política o Poder escorado em leis sancionadoras que determinem a natureza de toda e qualquer interacção (sexual e não-sexual) entre homens e mulheres.
Como diz Janice Fiamengo :“o poder de definir a realidade é o maior Poder que é possível ter, e o que o feminismo pretende é retirar ao homem a capacidade de ter voz, tanto na esfera pública como na esfera privada”.
O Ludwig Krippahl escreve aqui sobre o “feminismo” — seja o que for que isso signifique. Antes de mais, recomendo a visualização de um vídeo da professora universitária canadiana Janice Fiamengo, como segue:
1/ actualmente, a mera manifestação (pública ou privada) de desejo heterossexual é classificada pela Esquerda como “assédio sexual”;
2/ as feministas (ou seja, a Esquerda) identificam o “sexo” heterossexual com “dano” físico e/ou moral da mulher.
A razão do Ludwig Krippahl é parcial; mas a razão da Janice Fiamengo é praticamente total. Vejam o vídeo.
As redes sociais são actualmente patrulhadas pelo esquerdalho, e de tal forma que basta uma qualquer palavra politicamente incorrecta escrita para que um comentário seja apagado ou censurado.
O GAB criou a aplicação DISSENTER para o Google Chrome (não sei se existe esta aplicação para outros browsers), que permite que as pessoas (que não sejam de Esquerda) possam trocar ideias e comentar livremente, ou seja, sem a censura política dos filhos-de-puta da Esquerda.
A Lurdinhas (que não tem filhos) apresentou o seguinte gráfico para justificar a ideia segundo a qual “a carreira profissional feminina não impede a procriação suficiente e necessária”.
Na Europa, o único país que atinge a taxa de natalidade necessária à reposição populacional é a França (2,1 filhos por mulher), mas essa taxa de natalidade deve-se à imigração islâmica e à poligenia islâmica. Todos os restantes países da Europa não atingem os 2 filhos por mulher — e a Lurdinhas exulta, porque sempre podemos importar “escravas sexuais islâmicas”.
A Irlanda é um país onde até há pouco tempo, o aborto era proibido por lei — o que significa que a taxa de natalidade vai diminuir na Irlanda também, como diminuiu drasticamente em Portugal depois da lei do aborto de 2007.
Islândia, Suécia, Reino Unido, Noruega, Bélgica, Holanda, Dinamarca — são países de imigração islâmica e poligénica.
O Islamismo não permite o aborto nem contraceptivos; a poligenia faz com que uma “família” islâmica possa atingir 10 filhos ou mais. As mulheres imigrantes muçulmanas, em geral, não trabalham fora de casa e não usam contraceptivos.
Na Irlanda, a tradição do trabalho doméstico da mulher (ainda) está muito arreigado. É uma questão de cultura antropológica.
É claro que existe uma relação directa entre o trabalho da mulher fora de casa, por um lado, e a taxa de natalidade, por outro lado. Um círculo quadrado é uma impossibilidade. Só a burrinha da Lurdinhas não vê.
Uma cultura em que a mulher pretende ser homem, está condenada à extinção. Ou há uma revolução em Portugal que elimine (literalmente) as Lurdinhas & amigos, ou Portugal está no caminho da extinção como país, povo, cultura e identidade nacional.
“A frase seguinte (“matemática e Português perderão horas para as ciências sociais”) é ainda mais engraçada: em primeiro lugar, pela omissão das aspas em “ciências” que antecedem o adjectivo “sociais” (ainda me hão-de explicar quais são as ciências que não podem levar com o adjectivo “sociais”); em segundo, porque, o que realmente falta aos alunos proto-asnos é mais marxismo cultural.
¿Foi para isto que o “progressérrimo” Carlos Fiolhais apoiou a geringonça? — ¿para ver as ciências da natureza relegadas para segundo plano por aquilo a que se convencionou chamar de “ciências” sociais?
A Raquel Varela exulta: afinal, a tese dela segundo a qual “as ciências são todas exactas” venceu dentro da geringonça: a matemática passou a ser tão “exacta” quanto o é a antropologia dos chimpanzés do Gabão.
Para a geringonça, todas as ciências são crenças; ¿se 1 + 1 = 2? É uma crença!. E cabe à religião antropoteísta liderada pelo sumo-sacerdote António Costa (acolitado pelo Adão e Silva) dizer quais são as crenças mais correctas.
Afinal, e segundo a geringonça, a matemática é uma merda, porque tem lógica; para a esquerda, tudo o que tem lógica é uma merda. A matemática e a língua portuguesa são crenças obsoletas que terão que ser substituídas por crenças correctas, por exemplo, a crença segundo a qual “uma mulher é um homem que é um macaco que é um cão que é um dinossauro que é uma ameba”.
“Sucede, porém, que a autonomia é um mito: um novo dogma moderno com pouco sustentação na realidade. Não, não somos autónomos!”
“Autonomia” é também, e em primeiro lugar, o livre-arbítrio de S. Tomás de Aquino. Em segundo lugar, é sobretudo a “autonomia” segundo Kant que resume o conceito de livre-arbítrio de S. Tomás de Aquino.
No sentido comum ou vulgar, autonomia é a capacidade de um indivíduo ou de um grupo de determinar ele próprio o seu modo de organização e as regras em relação às quais se submete.
Mas, no sentido filosófico (ética) e moral, a autonomia pode ser uma de duas coisas:
1/ Em Kant, é a característica da vontade que se submeteu livremente à lei moral sancionada pela razão pura prática, por respeito a essa lei, e excluindo qualquer outro móbil.
2/ liberdade moral do sujeito que age de acordo com o que a sua razão lhe dita e não por simples obediência às suas paixões.
A liberdade negativa é aquela que consiste em não ser impedido de agir — a de não ser impedido por outrem naquilo que desejamos fazer, ou a liberdade de se exprimir sem censura.
Em contraponto, a liberdade positiva é a liberdade do cidadão-legislador, segundo o princípio de autonomia de Kant, que consiste em tomar parte nas decisões políticas e públicas, e de co-exercer a autoridade em geral.
Segundo Kant, uma acção não pode ser verdadeiramente moral se não obedece a razões sensíveis, exteriores à razão legislativa. Por exemplo, segundo Kant, se ajo por amor à Humanidade, não ajo por dever, mas por sentimento. Ora, uma acção cuja máxima se baseia num sentimento não pode aspirar à universalidade e servir de lei a todo o ser racional.
Em contrapartida, e seja qual for o meu sentimento em relação à Humanidade, “tratar a Humanidade na minha pessoa e na pessoa de qualquer outro, sempre simultaneamente como um fim, e não simplesmente como um meio”, é a máxima exigível universalmente, um dever para todos; a vontade que determina a sua acção a partir dela, é uma vontade autónoma, na medida em que se submete livremente à lei da razão pura prática.
Os que defendem a legalização da eutanásia e afins (que são todos de esquerda, mesmo que digam que não são de esquerda) utilizam o conceito de “autonomia” de forma abusiva e falaciosa, porque não cabe em nenhuma das duas noções de “autonomia” supracitadas. É neste sentido que o Diogo Costa Gonçalves tem razão: em nome da “autonomia” (vista apenas como liberdade negativa), negam-se deveres (liberdade positiva), por exemplo, o dever de solidariedade.
Ou seja: a autonomia (enquanto livre-arbítrio) não é um mito, como diz o Diogo Costa Gonçalves. O que que esquerda faz (por exemplo, Rui Rio, que diz que não é de esquerda) é interpretar erroneamente o conceito de “autonomia”; é ver só uma parte do conceito de “autonomia”, ou seja, vê-lo à luz das paixões (sentimentalismo), e não à luz da razão que universaliza a vontade e a lei moral. De resto, o Diogo Costa Gonçalves tem razão:
“Se a dependência é vista como um fardo, como um indignidade, o direito a uma morte rápida e indolor transforma-se facilmente num dever de morrer dignamente, de não ser pesado, de não onerar o outro com a minha existência.
Não tenhamos dúvidas: é isto o que está em debate na eutanásia. O sofrimento do outro – por quem, infelizmente, poucos realmente se interessam – é apenas um pretexto emocional para a discussão… tudo mais (menos cuidados paliativos, mais consentimento informado, etc.) são minudências de uma discussão que só não vê quem não quer.”
Para o esquerdalho, uma mulher que abortou é “uma mulher com coragem”. E foi a “coragem das mulheres” abortadeiras que ditaram a “grande derrota da Igreja Católica”.
A tonta não se contenta com a violação de uma regra ética: pretende que a sua transgressão se converta em regra nova; a perversidade desperta sempre a secreta admiração da imbecil que escreve umas coisas em um qualquer pasquim do Regime.
Uma estupidez não deixa de o ser, só porque há quem morra por ela; e é costume apregoar direitos para se poder violar deveres; portanto, não se tratou de “coragem das mulheres”, mas de estupidez de mulheres e de homens — a novela romântico-pornográfica, da Fernanda Câncio e da esquerda em geral, abortará sempre, porque a cópula não é um acto do indivíduo, mas é uma actividade da espécie.
E perante a estupidez da escriba — detentora de um alvará de inteligência concedido pela merda das elites que temos —, sorrimos: porque as derrotas nunca são definitivas quando se aceitam com bom humor. O mundo da Fernanda Câncio (e do politicamente correcto) parece invencível; como o dos dinossauros desaparecidos.
Se não existe nenhuma possibilidade de enraizar a ética no Absoluto, todas as reflexões são inúteis e a lógica não existe.
A elite actual cria propositadamente grande parte dos problemas sociais; e depois invoca a necessidade de restrição drástica da liberdade política para os resolver.
“O regime [republicano] está, na verdade, expresso naquele ignóbil trapo que, imposto por uma reduzidíssima minoria de esfarrapados morais, nos serve de bandeira nacional — trapo contrário à heráldica e à estética, porque duas cores se justapõem sem intervenção de um metal e porque é a mais feia coisa que se pode inventar em cor. Está ali contudo a alma do republicano português — o encarnado do sangue que derramaram e fizeram derramar, o verde da erva de que, por direito mental, devem alimentar-se.”
(Fernando Pessoa)
« Para as elites, a dignidade humana já não é inata; e mitos científicos protegem o “direito à autonomia” que é mais importante do que a Verdade. »