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Quarta-feira, 12 Junho 2019

Quando o Bloco de Esquerda e a Direitinha se abraçam

Cerca de 180 directores de empresas americanas concordam com a Esquerda radical (de tipo “Bloco de Esquerda”): “a restrição do aborto é má para o negócio”.

180 CEOS-ABORTO-WEB

Vemos como a Direitinha (tipo Insurgente) concorda com a esquerda radical (tipo Bloco de Esquerda), nesta como noutras matérias. Talvez por isso é que a Catarina Martins disse (eu ouvi) que “O Bloco de Esquerda é a salvação do capitalismo”.


Recordando um texto de Olavo de Carvalho:

« Há muitos motivos para você ser contra o socialismo, mas entre eles há dois que são conflituantes entre si: você tem de escolher. Ou você gosta da liberdade de mercado porque ela promove o Estado de Direito, ou gosta do Estado de Direito porque ele promove a liberdade de mercado. No primeiro caso, você é um “conservador”; no segundo, é um “liberal”.

(…)

Ou você fundamenta o Estado de Direito numa concepção tradicional da dignidade humana, ou você o reinventa segundo o modelo do mercado, onde o direito às preferências arbitrárias só é limitado por um contrato de compra e venda livremente negociado entre as partes.

(…)

O conservadorismo é a arte de expandir e fortalecer a aplicação dos princípios morais e humanitários tradicionais por meio dos recursos formidáveis criados pela economia de mercado. O liberalismo é a firme decisão de submeter tudo aos critérios do mercado, inclusive os valores morais e humanitários.

O conservadorismo é a civilização judaico-cristã elevada à potência da grande economia capitalista consolidada em Estado de Direito.

O liberalismo é um momento do processo revolucionário que, por meio do capitalismo, acaba dissolvendo no mercado a herança da civilização judaico-cristã e o Estado de Direito. »

— Olavo de Carvalho, “Por que não sou liberal” ; ler o resto.

Segunda-feira, 13 Fevereiro 2017

Bom humor, perante a estupidez da Fernanda Câncio

 

Para o esquerdalho, uma mulher que abortou é “uma mulher com coragem”. E foi a “coragem das mulheres” abortadeiras que ditaram a “grande derrota da Igreja Católica”.

A tonta não se contenta com a violação de uma regra ética: pretende que a sua transgressão se converta em regra nova; a perversidade desperta sempre a secreta admiração da imbecil que escreve umas coisas em um qualquer pasquim do Regime.

Uma estupidez não deixa de o ser, só porque há quem morra por ela; e é costume apregoar direitos para se poder violar deveres; portanto, não se tratou de “coragem das mulheres”, mas de estupidez de mulheres e de homens — a novela romântico-pornográfica, da Fernanda Câncio e da esquerda em geral, abortará sempre, porque a cópula não é um acto do indivíduo, mas é uma actividade da espécie.

E perante a estupidez da escriba — detentora de um alvará de inteligência concedido pela merda das elites que temos —, sorrimos: porque as derrotas nunca são definitivas quando se aceitam com bom humor. O mundo da Fernanda Câncio (e do politicamente correcto) parece invencível; como o dos dinossauros desaparecidos.

Tirem-me deste filme…!

Filed under: Esta gente vota — O. Braga @ 11:53 am
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“E a tua tia sabes de que tem cara, de p., sabes o que é, uma mulher tão porca que f. com todos os homens e mesmo que tenha r. para f. deixa que lhe ponha a p. no c.”


Este é o excerto da polémica do livro “O Nosso Reino” de Valter Hugo Mãe dado a ler aos jovens de 13 anos do liceu Pedro Nunes, em Lisboa.

O comentário do comissário do Plano Nacional de Leitura, o poeta Fernando Pinto do Amaral, dado à Lusa, foi o seguinte:

“Não está em causa a sua qualidade literária, o que houve foi um problema de inserção na lista. O livro entrou no 3.º ciclo por lapso, porque foi escolhido para o secundário”.

O problema é que é a própria qualidade literária que está em causa aqui: o Mãe escreve mal e é pouco credível no que escreve, o Mãe não devia estar no Plano Nacional de Leitura, aliás uma fábrica para promover amigos e lhes vender os livros como pães.

Os palavrões de Valter Hugo Mãe


O problema deste país é profundo; não se resolve facilmente. Mas se não se resolver, teremos em breve um totalitarismo de esquerda.

Domingo, 12 Fevereiro 2017

Animais irracionais tomaram o poder político

 

"There is no neutral ground in the universe. Every square inch, every split second is claimed by God, and counterclaimed by Satan."C S Lewis.

Não existe terreno neutro no universo. As proposições ou são verdadeiras ou falsas; e essas proposições são o resultado de uma linguagem humana que as contêm.

eutanasia-velhariasO Anselmo Borges fala aqui da linguagem humana; mas, através de uma tolerância inusitada, pressupõe ele (o Anselmo Borges) que possa existir um terreno neutro no universo (e no planeta Terra) em que Deus e o diabo possam chegar a um acordo. Portanto: ou acreditamos no Lewis, ou acreditamos no Anselmo. Com todo o respeito pelo Anselmo, eu acredito no Lewis: “não existe terreno neutro no universo”.

De nada vale ao Anselmo Borges procurar compromissos em terrenos moralmente neutros, porque esses compromissos não existem nem são possíveis.

A linguagem humana — para além da expressão que outros animais têm; para além da comunicação que outros animais também têm; e para além do simbolismo que outros animais também têm — tem proposições descritivas que os outros animais não têm. Karl Bühler chamou-lhe a “função representativa” da linguagem especificamente humana, que são proposições que descrevem um estado objectivo de coisas, que podem, ou não, corresponder aos factos; ergo, as proposições podem ser falsas ou verdadeiras.

Para além da função representativa da linguagem humana — que afere a verdade dos factos — temos a função argumentativa da linguagem humana, através da qual se constrói o pensamento crítico que deve obrigar a vontade mediante a razão (S. Tomás de Aquino). O ser humano inventou a crítica que é um método de selecção consciente que permite detectar os nossos erros individuais e colectivos.

O problema da Esquerda actual é o de uma profunda doença espiritual. Em função dessa doença espiritual radical (uma doença que atacou as raízes do “ser de esquerda”), as funções representativa e argumentativa da linguagem humana deixaram de ter qualquer utilidade. A lógica deixou de fazer sentido.

Segunda-feira, 6 Fevereiro 2017

A estaurofobia de uma putéfia de alto coturno

 

Eu (dantes) fazia a distinção entre “esquerda”, por um lado, e “esquerda radical”, por outro lado; hoje, já não faz sentido essa distinção: “esquerda radical” é redundância. Sempre houve esquerdalho radical; mas hoje ele está plasmado orgulhosa- e diariamente nos me®dia, sem qualquer filtro racional. Vivemos num PREC.

Quando se pergunta ao encarregado de educação de uma criança se pretende que o respectivo educando tenha aulas de religião e moral católicas, acontece muitas vezes (mesmo que seja apenas e só por motivos de tradição) que o encarregado de educação anui ou aquiesce. Ou seja: o encarregado de educação não se opõe.

A Jezabel da imprensa esquerdista (Diário de Notícias) diz que isso é “tornar obrigatória a religião e moral católicas nas escolas públicas”. Para ela, não se aplica o ditado segundo o qual “quem cala consente ou autoriza”: pelo contrário, para a vulgívaga de palacete, “quem cala é obrigado a aceitar”.

O problema aqui é o de saber o que é o “consentimento”, por um lado, e o que é “obrigação”, por outro lado.

É claro que quem não se opõe a que os seus filhos tenham aulas de religião e moral católicas, não é obrigado a que os seus filhos tenham aulas de religião e moral católicas.

Quando nós não nos opomos a qualquer coisa, exercemos (pelo menos) a nossa liberdade negativa. Para a górgona dos me®dia, a Esquerda possui o monopólio da liberdade negativa: toda a gente que não for de Esquerda tem que “sair do armário e passar a vergonha da denúncia pública” da sua liberdade positiva (apontada a dedo).

A Europa está a mudar. Até em Espanha já sinais de Vox Populi. Pode ser que a megera seja “eutanasiada” à força. Nunca se sabe.

Quarta-feira, 1 Fevereiro 2017

Ódio

 

Depois de sabermos o que se passa hoje na Holanda e na Bélgica com a eutanásia fora do controlo, só podemos sentir ódio pelos políticos portugueses que a defendem — porque, das duas uma: ou acreditam na excepcionalidade cultural portuguesa, o que é um absurdo; ou sabem bem do que se passa e escolhem consciente- e intencionalmente uma prática social e cultural bárbara.

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Quarta-feira, 4 Janeiro 2017

O feminismo e a ideologia de género são incompatíveis

 

Camille Paglia é uma feminista que tenta ser racional.

 

Quinta-feira, 22 Dezembro 2016

Ele está (orgulhosamente) enganado

 

O grande problema da escola pública (além da igualdade do acesso ao conhecimento e à cultura) não são os crucifixos na sala ou o debate sobre criacionismo. Tem a ver com a forma como as ideologias dominantes se apropriam dos programas de História, Português, Filosofia ou Educação Sexual, por exemplo.

Num interessante debate que ouvi na rádio, um dos intervenientes defendia que a escola «esclarecesse» alunos do 5º ano sobre temas como o aborto, a contracepção ou as «alter-sexualidades». Outro dos participantes protestou: há famílias que não concordam com a abordagem desses temas por crianças com 10 ou 11 anos. «Pena. Vá para um colégio privado» – até porque, lembrou, os professores têm uma certa autonomia.

Ou seja, os novos donos da ideologia do ME ensinam uma nova religião – e quem não está contente, que se mude. O “entrismo” na política já deu lugar ao seu pensamento único. Não para esclarecer, mas para formar segundo o seu catecismo, independentemente da vontade das famílias. Este é o debate que interessa fazer sobre a escola pública. O resto são negócios.”

Francisco José Viegas

Este personagem foi o mesmo que, há alguns anos e em um arremedo de ultraliberalismo hayekiano, escreveu no seu (dele) blogue que “não estava disposto a pagar impostos para sustentar os filhos das famílias numerosas portuguesas”. Hoje, e a julgar pelo António Costa, o Francisco José Viegas vai pagar impostos para sustentar as famílias poligâmicas muçulmanas imigrantes que vêem no seu (dele) liberalismo o inimigo a abater.

Os crucifixos são símbolos; a estaurofobia do Estado é a recusa de um determinado símbolo.

O ser humano não pode viver sem símbolos e sem tabus. Uma cultura antropológica sem símbolos e sem tabus é um círculo quadrado. Mas os liberais de “direita” — como é o caso do Viegas — pensam que podem reduzir o símbolo ao critério do indivíduo, retirando-o da sua dimensão comunitária. E “os burros são os outros”.

O que a Esquerda está a tentar fazer é substituir uma determinada simbologia por outra; e esta outra simbologia estaurofóbica defende os símbolos do aborto e da paneleiragem porque “não está para pagar impostos para sustentar os filhos das famílias numerosas portuguesas”. Não sei por que razão o Viegas discorda da Esquerda.

Quinta-feira, 15 Dezembro 2016

O “eunuco espiritual”, segundo Eric Voegelin

Na sua obra “História das Ideias Políticas”, Eric Voegelin explica-nos aquilo que ele chama de “eunucoidismo espiritual”. Vou tentar traduzir aqui esse conceito, segundo Eric Voegelin. Os trechos a itálico reflectem a terminologia do próprio Eric Voegelin.

Com o positivismo, a ciência adquiriu a característica de um pathos (do grego, “paixão”) de autonomia e auto-confiança (ou pathos cientificista), que deriva da verificação da causalidade empírica dos fenómenos. Se uma determinada relação causal fenoménica é constatada pela ciência, esta adquire essa auto-confiança que não existe naturalmente na condição existencial do ser humano.

A condição existencial, natural e normal do ser humano, é a da incerteza; em contraponto, a condição normal da ciência positivista é da “certeza” em função da verificação  empírica  da causalidade de parte dos fenómenos , e de uma auto-confiança que essa “certeza” lhe dá ― pelo menos é assim que a “verdade” da ciência é interpretada pelo eunuco espiritual. (more…)

Domingo, 11 Dezembro 2016

A Esquerda aliou-se à Direita para legalizar a poligamia

Na Austrália, como acontece também em Portugal, uma mãe solteira recebe mais do Estado, por cada filho que tenha, do que se fosse casada. Portanto, compensa ser mãe solteira; e parece que o Estado incentiva a ausência do pai.

É sabido que, em alguns países de maioria islâmica, é normal que os muçulmanos pratiquem a poliginia; e existe uma substancial imigração muçulmana na Austrália. A SS (Segurança Social) australiana, no sentido de pagar menos por cada criança nascida de mãe muçulmana, assumiu tacitamente a legalização da poligamia para que assim poder pagar menos por cada criança de uma família muçulmana polígama.

“CENTRELINK is ignoring Islamic polygamy, paying spousal benefits to Muslim families with multiple wives in an effort to save taxpayers’ money.

The welfare agency has revealed it refuses to collect data on polygamous marriages under Islamic law, despite the fact some families are claiming to be living in a domestic relationship with more than one woman when claiming welfare”.

Centrelink ‘legalises’ multiple Muslim wives

foto-em-familiaVemos que, na origem da “legalização forçada” da poliginia,  estão três aspectos eruptivos da cultura ocidental:

1/ a ideia de esquerda marxista segundo a qual se deve beneficiar a mãe solteira em relação à mãe casada (Engels e o matriarcado);

2/ a ideia de direita liberal segundo a qual a poupança das despesas do Estado justifica qualquer atropelo à lei, ao senso-comum, ao bom senso e à cultura antropológica ocidental;

3/ a ideia da esquerda marxista cultural e da direita liberal segundo a qual os apoios do Estado às crianças são dadas a indivíduos, e não a famílias.

Portanto, para pagar menos à mulher por cada filho, a SS (Segurança Social) australiana reconhece tacitamente a legalidade da poliginia. Isto significa que várias mulheres vivendo sob o mesmo tecto maritalmente com um só e mesmo homem, todas elas recebem os subsídios “legais” do Estado como se fossem legalmente casadas com ele.

O problema está no ênfase dado pelo Estado ocidental ao indivíduo, desprezando a noção de família natural cristã que pressupõe uma igualdade no Direito Natural entre homem e mulher, por um lado, e por outro lado que a noção de família pressupõe o casamento segundo a civilização ocidental.

Segunda-feira, 7 Novembro 2016

A estratégia política da Esquerda: o Síndrome de Münchhausen colectivo, e Sneaky Fucker Strategy

 

Se ouvirmos o discurso político radical igualitarista da Esquerda — desde o António Costa até Catarina Martins ou ao José Pureza —, detectamos o Síndrome de Münchhausen “by proxy”, que induz a proliferação cultural do dito síndrome a nível do indivíduo, mas desta feita, “by self”: a sociedade é transformada em um manicómio colectivo.

E quando ouvimos um macho de Esquerda a defender o “direito” (feminista) da mulher ao aborto a pedido e pago pelo Estado, estamos perante uma conjugação entre o Síndrome de Münchhausen “by proxy” e a chamada Sneaky Fucker Strategy.

Segunda-feira, 3 Outubro 2016

“Comia-te toda!” não é crime: é boçalidade e reacção da “geração floco de neve”.

 

Afirmar uma verdade de facto não é injúria. Por exemplo, se eu vejo um tipo a urinar na via pública contra uma parede, e chamo-o de “porco”, estou a afirmar uma verdade de facto, e por isso não estou a injuriar ninguém.

A injúria ou a difamação baseiam-se ou em um juízo de valor supostamente falso (ou não provado) sobre alguém, ou em um falso testemunho (respectivamente).


“A mulher que se queixou de ter ouvido de um homem, no dia 23 de Julho de 2015, pelas 18.00, frente à praça de táxis de São Pedro do Sul, as expressões "Estás cada vez melhor! Comia-te toda! És toda boa! Pagavas o que me deves!" perdeu a oportunidade de ser a primeira a pôr à prova a apreciação dos tribunais sobre a criminalização de propostas de teor sexual (vulgo piropos), incluídas, desde Agosto do ano passado, no crime de importunação sexual (170.º do Código Penal). Não tendo essa possibilidade, queixou-se pelo crime de injúrias e viu a Justiça fechar-lhe a porta”.

Juristas criticam tribunal por deliberar que "comia-te toda" não é crime


"Estás cada vez melhor! Comia-te toda! És toda boa! Pagavas o que me deves!"

floco-de-neveA apreciação subjectiva sobre alguém (“Estás cada vez melhor!”), podendo não ser uma verdade de facto nem uma verdade de razão, é nesse caso uma opinião (“És toda boa!”). Trata-se, neste caso, de um juízo de valor verbalizado acerca dos atributos físicos de uma outra pessoa. Aqui não há crime de injúria.

¿Mas será que a afirmação “comia-te toda!” é injuriosa? Esta afirmação pressupõe um desejo de consentimento mútuo; por outras palavras: “Se tu quisesses, éramos os dois a querer!”; não existe aqui qualquer tipo de coacção ou de ameaça à integridade física da mulher.

Outro problema é o de saber se se trata crime de importunação sexual. O crime de importunação sexual tem um carácter reiterado, ou seja, é repetido no tempo e em mais do que uma circunstância.

Uma “boca” circunstancial (que aconteceu uma vez e que não se repetiu), por mais boçal que seja, não é um crime de importunação sexual, porque tem um carácter contingente e casual (aconteceu uma vez há uma semana, por exemplo, mas não aconteceu mais nenhuma vez). Portanto, também aqui não se aplica o crime de importunação sexual.


As normas éticas (infelizmente) não coincidem com as normas jurídicas. Um comportamento pode ser eticamente censurável e reprovável, e não ser crime.

O que se aplica aqui é o julgamento que todos devemos fazer acerca da boçalidade, por um lado, e, por outro lado, a análise do fenómeno cultural actual da mulher da “geração floco de neve”.

“A top British thinker has claimed young women are in the grip of a “hysteria” which has made them unable to cope with being offended.

Claire Fox, head of a thinktank called the Institute of Ideas, has penned a coruscating critique of “Generation Snowflake”, the name given to a growing group of youngsters who “believe it’s their right to be protected from anything they might find unpalatable”.

Meet ‘Generation Snowflake’ – the hysterical young women who can’t cope with being offended

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