perspectivas

Sexta-feira, 18 Fevereiro 2022

Em política, não é possível combater um radicalismo com palavras meigas

A ideia de que a política é uma espécie de paraíso, onde as pessoas se perdoam sistematicamente umas às outras, só pode vir de uma cabecinha tonta e demagógica como a da Carmo Afonso.

« (1) No dizer desses dirigentes [do IL (Iniciativa Liberal) e do CHEGA] , a governação do país tem-se caracterizado como sendo “socialismo”. Reparar que não radicalizam apenas o seu próprio discurso, incutem também a ideia do radicalismo dos seus opositores.

(2) Veja-se o caso do Partido Socialista; que dizer de um socialismo que, tendo conseguido uma maioria absoluta, recebeu congratulações dos bancos, dos banqueiros e do patronato? O socialismo do PS chama-se social-democracia e é puramente social-democrata a governação política dos últimos anos em Portugal. »


Repare, caro leitor: para ela [Carmo Afonso], “socialismo” é sinónimo (ou equivalente a) “comunismo”. e, portanto, o PS não é socialista.

E depois confunde o ideário do Partido Socialista, por um lado, com os dos partidos sociais democratas dos países escandinavos, por outro lado — onde a liberdade económica e empresarial é incomparavelmente maior do que a do Portugal controlado pelo Partido Socialista.

O Partido Socialista tem uma faceta [uma “quinta coluna”] marcadamente marxista — o que não significa que todos os militantes do Partido Socialista sejam marxistas. Isto é um facto que só uma advogada truculenta não vê.

A agenda política [imposta por forças globalistas, tipo Bilderberg ou/e WEF] de aproximação ideológica e programática do PSD de Rui Rio ao Partido Socialista de António Costa — que pretendia criar em Portugal uma “canadanização” [de “Canadá”] da política portuguesa, em que seria praticamente o mesmo votar maioritariamente no PSD como no PS — saiu “furada” com o aumento de influência política do IL (Iniciativa Liberal) e do CHEGA.

trudeau china web

Depois, a truculenta advogada vem implicitamente dizer que o estalinismo (ou comunismo) e/ou o nazismo não foram financiados directamente por grandes corporações capitalistas ocidentais — quando ela se admira tanto que o Partido Socialista tenha recebido “congratulações dos bancos, dos banqueiros e do patronato”. 

Peço aos leitores que procurem saber o que se passou com o financiamento das corporações capitalistas americanas em relação aos regimes de Hitler e de Estaline: não acreditem em mim, e tão pouco numa advogada truculenta: investiguem.

bill gates socialismo  web

O “socialismo” de Bill Gates, por exemplo, é “socialismo para ti, mas não para mim”; e é garantido por um modelo de globalização que transforma as diferentes regiões culturais do planeta em emulações da China comunista (Mercosul, União Europeia, etc.) , por um lado, e onde os países anglo-saxónicos (por exemplo, Estados Unidos, etc.) garantem a excepção insubmissa das elites plutocratas, por outro lado. Ou seja, é um “socialismo” em que as empresas privadas multinacionais colaboram estreitamente com os Estados [regionais] totalitários, construindo assim vários fascismos regionais a nível planetário (sinificação).

É isto que a comunista Carmo Afonso pretende ocultar dos leitores. E é por isto que o CHEGA incomoda tanto.

Quinta-feira, 27 Janeiro 2022

Adolfo Mesquita Nunes: o liberal Globo-Homo que apoia o partido IL (Iniciativa Liberal)

Filed under: Globalismo,imigração,neoliberalismo — O. Braga @ 10:35 pm
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Em 2012 escrevi um verbete com o título: “Adolfo Mesquita Nunes: o submarino” (dentro do CDS).

A agenda (política) de Paulo Portas e de Adolfo Mesquita Nunes era o de transformar o partido CDS em uma espécie de partido liberal globalista, de tipo Globo-Homo.

Estes dois estafermos, pelo que se vê, (ainda) não conseguiram levar adiante os seus (deles) desígnios — até porque entretanto surgiu o partido IL (Iniciativa Liberal) que é um partido Globo-Homo por excelência, o que retirou espaço ao projecto do “CDS Globo-Homo”.

Entretanto, o submarino Adolfo Mesquita Nunes declarou que iria votar agora no partido IL (Iniciativa Liberal) “Globo-Homo” — o que me deu razão, desde 2012! As pessoas normais têm que perceber uma coisa: estes grandes paneleiros pensam a muito longo prazo.

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A sociedade que os liberais Globo-Homo pretendem para Portugal é a que é espelhada nesta notícia do jornal britânico “The Guardian”: Trabalhadores imigrantes do sul da Ásia recebem menos de um salário mínimo para apanhar morangos em Portugal.

É este o Portugal pretendido pelos liberais Globo-Homo do partido IL (Iniciativa Liberal).

Por isso é que os jornais, em geral, e o Observador em particular, estão constantemente a dizer que “falta mão-de-obra em Portugal”: de facto, é verdade: falta mão-de-obra a ganhar menos do salário mínimo português!

Por isso é que esses criminosos (em conluio com o Partido Socialista, PAN – Pessoas-Animais-Natureza e Bloco de Esquerda, mas por razões relacionadas com a intenção de formação de formação de uma nova classe social de miseráveis) pretendem abrir as fronteiras à imigração massiva.

Terça-feira, 7 Abril 2020

O momento “Bruno de Carvalho” de André Ventura

Filed under: André Ventura — O. Braga @ 11:13 am
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Sábado, 12 Outubro 2019

O partido CHEGA não é de “extrema-direita”

Filed under: Política — O. Braga @ 9:45 pm
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Eu estive hoje a ler (na diagonal) o programa do CHEGA, e não me parece que esse partido seja de “extrema-direita” — sem dúvida que é um partido de Direita que defende a liberdade, embora sem ser “libertário” como é o caso do partido IL (Iniciativa Liberal): é esta a principal diferença (mas não é a única) entre o CHEGA e o IL (Iniciativa Liberal).

O problema é o de que o rótulo de “extrema-direita” é hoje discricionário e irracionalmente utilizado — a começar pela irracionalidade dos “jornalistas” que está hoje na moda.

Ademais, o CHEGA é um partido declaradamente republicano, o que me leva a ter alguma dificuldade em votar nesse partido: o CHEGA poderia deixar ficar a questão da “república” em aberto (ou passar por cima do assunto “em voo de águia”), mas optou por se declarar marcadamente um partido republicano (a não ser que a “IV república” possa vir a ser uma monarquia).

Em muitas coisas estou de acordo com o CHEGA — por exemplo, a instituição de uma taxa única de IRS, como existe (por exemplo) na Irlanda ou na Hungria (ver no Google: “curva de Laffer”); e estou de acordo com a eliminação do imposto sucessório (é um abuso do Estado).

Já não concordo com a proposta do partido CHEGA em aprovar uma espécie de “lei do morgadio”, através da qual um pai poderia deserdar discricionariamente um filho ou filhos.

A minha discordância tem menos a ver com o conceito positivista e moderno de “igualdade”, do que com o Direito Natural (Jusnaturalismo, e a consideração dos princípios metajurídicos do Direito Positivo): quem traz os seus próprios filhos ao mundo não deve tratar como “filhos” uns, e como “enteados” outros. Ademais, a lei actual já permite, de certo modo comedido e excepcional, dar uma fatia maior da herança a um determinado filho ou filhos, embora sem deserdar totalmente os outros. Aliás, o próprio programa do CHEGA afirma o seguinte: “Todos os homens deverão ser iguais em Dignidade”; ora, não vejo como um pai que deserda os seus filhos os trate com semelhante dignidade natural e existencial.

O partido CHEGA é a favor da participação de Portugal na União Europeia — mais uma razão para não o classificar de “extrema-direita”; um partido de extrema-direita (por exemplo, o de Marine Le Pen, em França) é um partido soberanista e avesso a qualquer tipo de construção de um leviatão europeu.

O André Ventura, como advogado que é, tentou contornar o problema da participação de Portugal na União Europeia com a distinção (artificial) entre os conceitos de “Euro-integração”, por um lado, e “Euro-diluição”, por outro lado. Trata-se de uma distinção engenhosa entre conceitos indistintos. Naturalmente que esses dois conceitos são deixados (pelo CHEGA) sem as respectivas definições (como convém).

O “princípio do interesse geral”, segundo o CHEGA, parece-me rosseauniano (soa a "Vontade Geral" de Rousseau); neste caso, o “interesse geral” parece-me discricionário porque depende do critério (aleatório) das elites, muitas vezes no exercício da política em modo de “acto gratuito”. É preciso ter cuidado com o conceito de “interesse geral”, que só pode ser realmente legítimo em uma democracia participativa  (por exemplo, a Suíça).

Não concordo com a total privatização da TAP (Transportes Aéreos “da Portela”), por exemplo, proposta pelo André Ventura. A privatização dos transportes urbanos pode rapidamente conduzir a uma “africanização” dos transportes públicos (terceiro-mundo) em Portugal — nem na Suíça super-capitalista os transportes urbanos são privados! Não concordo com o CHEGA! Por exemplo, em Inglaterra, a rede de privatizada de ferrovia nacional (falo por experiência própria) coloca o serviço de ferrovia intercidades muito abaixo da qualidade portuguesa (que já é baixa).

Com excepção das considerações supracitadas, estou genericamente de acordo com o CHEGA.

O partido CHEGA é considerado de “extrema-direita” pela Esquerda (Esquerda que inclui o PSD de Rui Rio e o CDS de Assunção Cristas) porque defende a primazia da protecção do Estado em relação ao direito (natural) à vida, à família natural (e à protecção do casamento enquanto instituição que se caracteriza pela aliança entre a mulher e o homem — aliança entre os dois sexos — com a sucessão das gerações).

Qualquer indivíduo ou grupo de pessoas que critique, por exemplo, o aborto pago pelo Estado (com o dinheiro de todos nós) é hoje considerado de “extrema-direita”.

Segunda-feira, 7 Outubro 2019

Estamos a assistir ao estertor do Partido Social Democrata em câmera-lenta

Filed under: José Pacheco Pereira,partido social-democrata,PSD,Rui Rio — O. Braga @ 9:19 pm
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“O PS ganhou, tranquilizando todos os velhinhos do país e o Dr. Rui Rio. Basta ouvir o seu discurso de viúva alegre, ontem à noite, para perceber o alívio”.

Pedro Picoito


JPP-ZAROLHOSem dúvida.

O Partido Socialista ganhou as eleições, e o Rui Rio ficou tranquilo e o José Pacheco Pereira muito feliz porque o PSD é (alegadamente) “um partido de esquerda”.

A missão de Rui Rio — e do actual ideólogo oficial do PSD (José Pacheco Pereira) — é a de desmantelar o Partido Social Democrata.

Se Rui Rio continuar no PSD por muito tempo — e oxalá continue! Quem nos dera! — o IL (Iniciativa Liberal) e o CHEGA irão sugar aquele partido até ao tutano.

Iremos assistir à parasitação do PSD, por parte do IL (Iniciativa Liberal) e do CHEGA; quando os militantes do PSD se derem conta, o “PSD de Esquerda” (o do José Pacheco Pereira) e “recentrado” (o do Rui Rio) será um mero partido satélite do Partido Socialista.

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