perspectivas

Quinta-feira, 22 Dezembro 2016

Parece que o Paulo Rangel vai emigrar de vez

Filed under: Esta gente vota — O. Braga @ 12:26 pm
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“Cheguei à televisão e desanquei-o só pela razão de que em virtude da situação de conflito de interesses em que se encontrava, se pôs e à sua sociedade de advogados no caminho de uma obra que estou a fazer.

Convidei-o para ir lá rebater as minhas afirmações, mas como é um cobarde nem deu sinais. Pois este parolo, teve o desplante de me pôr um processo em tribunal porque eu lhe ofendi a honra – que é uma coisa que eu só sou capaz de ofender a quem a tem – ao mesmo tempo que, com pezinhos de lã, se demitia de director da sociedade de advogados, reconhecendo a verdade das minhas afirmações.”

Pedro Arroja : A Casta

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Sexta-feira, 22 Julho 2016

O Islão não consegue ver a luz do progresso e da civilização ocidental

Filed under: A vida custa,Esta gente vota — O. Braga @ 2:17 pm
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Quando leio este texto do Paulo Rangel, quase acredito que David Hume tinha razão:

“Ora, se olharmos para a tríade dos três grandes atentados ocorridos em França – Charlie Hebdo (Paris, 2015), Bataclan (Paris, 2015) e Promenade des Anglais (Nice, 2016), também neles encontramos um padrão, mas desta feita com um escopo simbólico, com uma busca de sentido.

Começando pelo hediondo atropelamento de Nice, visa-se aí os valores da República Francesa. A escolha do 14 de Julho e do seu significado – a trilogia liberdade, igualdade, fraternidade e a implantação da laicidade – não podia ser mais reveladora.”

David Hume dizia que os nexos causais relativas a verdades de facto (em contraponto às verdades de razão, que são certezas) são apenas produto de crenças (o hábito), ou de fé. O Paulo Rangel atribui a causa do atropelamento de Nice ao dia 14 de Julho; Hume diria que o atropelamento colectivo aconteceu porque estavam reunidas as condições para que tal acontecesse: uma grande aglomeração de pessoas que viam o fogo de artifício; o facto de ser 14 de Julho é acidental. Acontece que o Paulo Rangel tem o hábito de ver nexos causais políticos em tudo, assim como João César das Neves vê economia em tudo o que mexe.

“Estes três episódios fatídicos ocorridos em França não são, por isso, manifestações de uma simples cultura de “morte”, destinada a amedrontar e a cercear os passos às comunidades de vida ocidentais.

Eles pretendem também passar uma “ideologia” alternativa, prenhe de valores de severidade, de contenção, de austeridade e de recato nos estilos de vida pessoal, familiar, comunitária e pública. Apelam ao desprendimento do prazer e do lazer, ao total aniquilamento do indivíduo e à sua fusão nos corpos e agregados sociais, à concentração no divino e no religioso – execrando o profano, o laico, o dessacralizado. O sentido destes atentados é, por isso, sem surpresa, um sentido essencialmente religioso – mesmo quando os seus autores não tinham vidas nem historiais conformes ao Corão.”

gay pride Chicago02Diz o Paulo Rangel que os atentados islâmicos “apelam ao desprendimento do prazer e do lazer”; talvez ele tenha razão; por exemplo, as paradas gay e as manifestações públicas das FEMEN são hoje dois tipos de “prazer e lazer” que a cultura ocidental tem para oferecer ao mundo islâmico. E é frustrante que o Islão se recuse a ver a luz da civilização e do progresso.

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Segunda-feira, 15 Fevereiro 2016

Paulo Rangel faz uma confusão entre Estado, por um lado, e política, por outro lado

 

A leitura deste artigo do Pedro Arroja levou-me a este artigo no jornal Púbico:

“Ao PÚBLICO, Paulo Rangel explica as razões que o levaram a escrever este ensaio, que procura demonstrar que a separação entre a religião e a política tem a sua origem no Cristianismo”.

Paulo Rangel, Jesus Cristo e a política

Parece-me que o Rangel confunde Estado e política.

De facto, o Cristianismo separou a religião e o Estado, mas Jesus Cristo nunca separou a política e a religião. Quando Jesus Cristo diz que “dai a César o que é de César, e a Deus o que é de Deus”, “César” simbolizava o Estado imperial romano; e aqui, Jesus Cristo marca uma linha divisória entre o Estado e a religião.

Por outro lado, Paulo Rangel não considera as ideologias políticas como formas modernas de religiosidade (as “religiões políticas imanentes”, segundo a terminologia de Eric Voegelin).

Separar a política e a religião — seja esta qual for — é uma impossibilidade objectiva.

Segunda-feira, 4 Janeiro 2016

Paulo Rangel pensa que a soberania é incompatível com a democracia

Filed under: Política,Portugal — O. Braga @ 9:40 am
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paulo-rangel-400O jornal Púbico é o porta-voz do regime; por isso, está falido (anfibologia). E é nesse jornal que o Paulo Rangel e o Rui Tavares (les bons esprits se rencontrent) defendem a ideia segundo a qual a soberania de um país é incompatível com a democracia.

Rangel acha que “isto não pode passar sem uma posição clara da UE”, mas advoga prudência, já que “uma reacção muito forte, que os faça perder a face, pode ter efeitos contraproducentes e contribuir para extremar uma retórica soberanista que depois se torne incontrolável”. E lembra que a estratégia mais “suave” usada com a Hungria “foi bastante eficaz e levou a que muitas leis fossem revertidas”.

O alvo de Paulo Rangel é o novo governo soberanista da Polónia. Parece que, para o Paulo Rangel, soberanismo é sinónimo de “faxismo”; só o centralismo burocrático de Bruxelas não é faxista; quem for contra a governação não eleita da União Europeia, é faxista; quando um governo qualquer se mostra submisso à construção do leviatão europeu, então pode cometer irregularidades contra o Estado de Direito que daí não vem mal ao mundo…

Durante oito anos, o governo polaco anterior violou sistematicamente a liberdade de imprensa (ler artigo); mas nunca se ouviu o Paulo Rangel brandir qualquer narrativa contra a violação do Estado de Direito na Polónia. O que causa azia ao Paulo Rangel é o soberanismo: tudo o que ameace retirar-lhe as prebendas e a vida de sibarita europeísta, é faxista.

Quarta-feira, 21 Dezembro 2011

“Emigre você, sr. primeiro-ministro.”

Filed under: Passos Coelho,Pernalonga — O. Braga @ 9:07 pm
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“Bastaram 24 horas para uma carta publicada no Facebook e dirigida ao primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, se transformar num fenómeno viral na internet. Myriam Zaluar, investigadora com um ordenado fixo de 405 euros e apenas durante sete meses por ano, fez 42 anos no dia em que resolveu responder, por carta, ao apelo de emigração de Passos Coelho.”

via “Emigre você, sr. primeiro-ministro.” Como uma carta a Passos Coelho se tornou viral na internet | iOnline.

Sexta-feira, 26 Março 2010

Talvez seja hoje o primeiro dia do novo PPD

Filed under: Política — O. Braga @ 6:46 am
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Entre Passos Coelho e Paulo Rangel, não tenho opinião. Se fosse militante do PSD, e entre estes dois, optaria pela abstenção. (more…)

Segunda-feira, 22 Março 2010

Paulo Rangel diz que no seu “entendimento jurídico, os animais não têm direitos”

Paulo Rangel diz que no seu “entendimento jurídico, os animais não têm direitos.”

O entendimento jurídico de Paulo Rangel é irrelevante porque o direito positivo consagra uma coisa hoje e amanhã pode consagrar outra coisa mesmo totalmente diferente; o direito positivo moderno passou a ser a causa de si próprio, de uma forma cada vez mais arbitrária e reduzindo muitas vezes a norma ao facto (naquilo a que se chama o “acomodar” todas as situações ― mesmo as mais abstrusas ― ao direito). A lei do “casamento” gay ― que Paulo Rangel defende tal como está ― é um exemplo de como o direito positivo reduz a norma ao facto. Ora a filosofia já há muito tempo que segue a evidência de G. E. Moore de acordo com a qual não é possível deduzir valores e normas dos factos. Quem faz isso ocorre num “sofisma naturalista”.
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Segunda-feira, 8 Março 2010

Aguiar Branco é o único candidato válido à presidência do PSD

A ruptura com o movimento revolucionário não pode ser feita com os mesmos métodos utilizados pelo movimento revolucionário, assim como a ruptura com a violência não pode ser feita utilizando a violência. Assim como a violência gera violência, a aplicação dos métodos próprios da mente revolucionária desemboca na justificação dos métodos revolucionários como meios legítimos de acção política. Em política, não se aplica a frase segundo a qual “se deve tratar a doença do cão com o pêlo do mesmo cão”, a não ser que que se queira apenas substituir uma maleita política por outra. E neste caso, maleita por maleita, a ordem dos factores torna-se arbitrária (ou rotativa; tanto faz votar num como no outro).
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Quinta-feira, 11 Fevereiro 2010

Paulo Rangel não me convence

Filed under: Política,politicamente correcto — O. Braga @ 9:20 am
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« Para Paulo Rangel, a igreja tem de mudar o discurso sobre a ordenação das mulheres, o casamento dos padres, os homossexuais, os anticoncepcionais e o divórcio. »

Jornal “i”

Em suma e em termos práticos, Paulo Rangel defende uma espécie de Nova Teologia de Bonhoeffer aplicada à ICAR que determinaria a sua morte lenta (como aconteceu com a Igreja Anglicana e as igrejas reformistas e protestantes no norte da Europa). A minha opinião sobre a liderança do PSD está aqui.

Quarta-feira, 3 Junho 2009

Todo o político federalista é um traidor à Nação Portuguesa

O que é o Tratado de Lisboa?

european-union
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Quarta-feira, 20 Maio 2009

Não voto em Paulo Rangel

Não voto no PSD [Paulo Rangel] para as eleições europeias; todos os cristãos e/ou pessoas crentes em qualquer religião (muçulmanos, católicos, protestantes, etc.) não deveriam votar num candidato que defende o “casamento” gay e o aborto. Existem alternativas ao voto.

A ler:


Email me (espectivas@nullgmail.com)

Quinta-feira, 30 Outubro 2008

As Bestas ao ataque

Leio a polémica entre o deputado do PSD Paulo Rangel e os animais da Animal.

Esta gente é perigosa. Comparar os direitos humanos aos direitos dos animais é uma total irracionalidade. O que move as bestas da Animal é a mesma estupidez que levou os marxistas culturais espanhóis a equiparem os direitos dos macacos aos direitos humanos. Ver

Uma coisa é gostar dos animais, respeitá-los e cuidar deles. Outra coisa é equiparar a realidade ontológica do ser humano à de um animal irracional. Contudo, a verdade é que estamos aqui a discutir o Absurdo; o politicamente correcto consegue que discutamos o total absurdo!