Durão Barroso, Maria Luís Albuquerque (ex-ministra das Finanças de Passos Coelho) e Carlos Gomes da Silva (CEO da GALP ENERGIA).
Durão Barroso, Maria Luís Albuquerque (ex-ministra das Finanças de Passos Coelho) e Carlos Gomes da Silva (CEO da GALP ENERGIA).
“¿Como é que, algures pelo caminho dos últimos anos, perdemos a independência?
¿Como é que permitimos, todos, povo e governantes, o que se está a passar?
E não me venham com a dívida. A dívida ajuda e muito, mas não é a questão central. A questão central é que ao abdicarmos de soberania, abdicamos também de democracia.
E estamos agora governados por uma burocracia anónima, sem legitimidade eleitoral, que responde aos seus donos e nós não somos donos de nada. Nem sequer de nós próprios”.
José Pacheco Pereira faz perguntas mas sabe as respostas. Ou, se não sabe, deveria saber.
Antes de mais, há que perguntar:
Portanto, existem os “donos”, os capatazes (ou “Kapos”), e os aspirantes a Kapos. E o povo português faz parte da massa do Konzentrationslager. Os aspirantes a Kapos querem ser os futuros capatazes, independentemente da ideologia política que adoptam neste momento. Um Kapo foi Passos Coelho e é António Costa, por exemplo. E podem ser Catarina Martins ou Rui Tavares, no futuro: o que interessa ao Kapo é o Poder apenas pelo Poder (a política enquanto mero meio para atingir quaisquer fins inconfessos), e os “donos” sabem disso.
Por detrás da organização do Konzentrationslager existe uma hierarquia determinada por forças não democráticas que actuam decisiva- e ilegitimamente na sociedade — por exemplo, o grupo de Bilderberg do Pinto Balsemão que o José Pacheco Pereira tanto respeita, ou a maçonaria internacional a quem o José Pacheco Pereira tanto dá loas.
Os “donos” controlam o sistema hierárquico do Konzentrationslager, e nomeiam os Kapos.
Na sua condição de Kapo, este não toma partido pela massa do Konzentrationslager. O Kapo procura o compromisso com o povo que sirva os interesses dos “donos”. O Kapo é um capataz, e no Konzentrationslager não pode existir soberania que não lhe seja exterior. A soberania existe, de facto, mas está fora do Konzentrationslager.
Portanto, o problema de Portugal é o das elites que não existem enquanto tal. Portugal não tem elites: em vez disso, tem Kapos de Konzentrationslager.
Paulo Portas, o Tó-Zero, e o inarrável e epidémico “bolsa-na-mão”. Vamos ter um governo de coligação Partido Socialista / CDS/PP.
Angela Merkel diz que os Untermenschen não têm direito a salário mínimo.
Há cerca de três anos que falo aqui em sinificação da periferia europeia. Provavelmente, muitos leitores não terão prestado a necessária atenção ao conceito de sinificação — que não é novidade e tem sido defendido desde a década de 1970 por gente como Henry Kissinger. A sinificação não se aplica apenas e só à Europa, mas também à América Latina, o que justifica a cumplicidade de uma certa elite plutocrática na manutenção de regimes totalitários como os de Cuba.
Na Europa, o conceito de sinificação foi congeminado através do conhecido Straßburger Rotes Haus Bericht e pelos herdeiros ideológicos do nazismo logo a seguir à II Guerra Mundial que se reuniram na cidade holandesa de Bilderberg.
A sinificação da periferia da Europa já não pode ser hoje racionalmente considerada como uma teoria da conspiração: trata-se de um fenómeno político real que pode ser confirmado por factos.
A falácia de Angela Merkel consiste em pretender dizer que na Alemanha não existe salário mínimo, quando o que se passa na realidade é que existe, de facto, salário mínimo por cada sector de actividade — o que vai dar no mesmo. E em nenhum sector de actividade da economia alemã, o salário mínimo é igual ou sequer aproximado do salário mínimo português que é de 485 Euros mensais bruto (antes de impostos)! Na Alemanha, nenhum sector de actividade económica tem um salário mínimo inferior a 1500 Euros mensais.
O que Angela Merkel pretende dizer é que se Portugal adoptasse o sistema alemão de salários mínimos sectoriais, haveria sectores de actividade económica em Portugal que passariam a ter salários mínimos inferiores a 485 Euros mensais — o que não resolveria o problema do desemprego, por um lado, e por outro lado atiraria o nosso país para uma condição real de sinificação.
O problema é que Angela Merkel pensa mesmo que, não só é possível como é até legítimo, que um cidadão inserido numa economia da zona Euro viva com menos do que 485 Euros mensais…! Angela Merkel parte de uma concepção de Untermenschen aplicada aos cidadãos europeus de uma periferia europeia que tem como centro a própria Alemanha.
A única forma de combater a sinificação da periferia europeia é através de uma via política que conduza à excentricidade da Alemanha (retirar-lhe o estatuto de centro político da Europa). E isso só é possível por intermédio de uma aliança estratégica entre países como Inglaterra, Portugal, Espanha, Irlanda, Itália e França, entre outros, que recoloque o estatuto da Alemanha como país vencido na II Guerra Mundial. Nesta fase, dos Estados Unidos e da Rússia não podemos esperar nada.
A velha e já póstuma Comunidade Europeia foi feita pelos fundadores exactamente para não ser aquilo que é hoje, foi feita para garantir a paz através da partilha de recursos, da coesão e da igualdade das nações.
via ABRUPTO.
Eu não sei bem se estou de acordo com a ideia ou ideias deste verbete de José Pacheco Pereira — porque a confusão ideológica reina de tal forma que podemos estar de acordo sem que aparentemente estejamos de acordo.
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Nem de propósito, leio esta notícia: Internet: reunião na ONU pode mudar radicalmente a rede. A ONU, que é um organismo anónimo e anódino e digno de “1984” de Orwell, prepara-se para controlar a Internet, temendo-se a censura organizada.
“Se a população portuguesa fosse metade da que existe actualmente, não teríamos problemas económicos nem de défice.” — Francisco Pinto de Balsemão
Esta frase foi proferida por Balsemão num programa de televisão (SICn).
O que é que leva, do ponto de vista objectivo e científico, alguém com a responsabilidade de Balsemão (o representante em Portugal do grupo de Bilderberg) a afirmar uma coisa destas? Façamos uma comparação com países europeus de uma dimensão semelhante à de Portugal:
Portugal : 92,090 Km2 de área — 10,781,459 habitantes = 117.07 habitantes por km2
Áustria : 82,445 km2 de área — 8,219,743 habitantes = 99.7 habitantes por km2
Holanda: 33,893 Km2 de área – 16,730,632 habitantes = 493.63 habitantes por km2
Bélgica : 30,278 Km2 de área – 10,438,353 habitantes = 344.75 habitantes por km2
Ora, à excepção de Portugal, nenhum dos outros países supracitados têm os problemas económicos e o défice de Portugal. Reportemo-nos aos dados dos défices de 2010, que são os que tenho disponíveis:
Portugal: 9,8% do PIB // Áustria : 4,5% do PIB // Holanda : 5,1% do PIB // Bélgica : 3,8% do PIB
Portanto, a tese da relação negativa entre a população e a economia não pode ser sustentada. O problema é outro: o das elites. Portugal não tem as elites que os outros três países têm. E Pinto Balsemão faz parte da nossa desgraçada elite.
O que faz falta é abater, que nem cães raivosos, grande parte da elite que temos, incluindo o Francisco Pinto Balsemão.
O que é espantoso, na nossa época, é a forma como o sincretismo político e ideológico que é uma característica fundamental da maçonaria especulativa de todos os tempos, consegue fazer alianças fundamentais, aparentemente tão improváveis, como a que se desenha entre a plutocracia internacional — que controla a maçonaria global — e a esquerda radical e neognóstica de algumas nações.
“Todo o grande partido político de oposição, ou seja, todo o partido de oposição que adquire vulto bastante para subverter um regime ou parte dele, se forma com a congregação de três elementos distintos, e não está completo, nem apto para efectuar o intuito, em torno do qual se gerou, senão quando efectivamente congrega todos esses elementos.
Esses três elementos são: (1) um pequeno grupo de idealistas, cujas ideias se infiltram abstractamente por vária gente inactiva; (2) um grupo maior de homens de acção, atraídos pelos elementos activos e combativos do partido, e já distante psiquicamente de todo o idealismo propriamente dito; (3) um grupo máximo de indivíduos violentos e indisciplinados, uns sinceros, outros meio sinceros, outros ainda pseudo-sinceros, que, por sua própria natureza de indisciplinados e violentos, ou desadaptados do meio, naturalmente se agregam a toda a fórmula política que está numa oposição extrema.
Quando o regime ou fórmula, que assim se tornou partido, conquistar o poder, desaparecem os idealistas, pelo menos na sua acção, que acabou historicamente com a realização; assumem o poder os homens práticos, os anónimos derivados dos idealistas e os maus elementos. Agregam-se, formando com estes últimos um pacto instintivo, os que querem comer do regime. Tal é a história de todas as revoluções; por alto que seja o ideal de onde se despenharam, vêm sempre ter ao mesmo vale da sordidez humana.
Forma-se uma ditadura de inferiores. Um período revolucionário é sempre uma ditadura de inferiores.” — Fernando Pessoa
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Aqui. De Portugal temos o socialista e agora Presidente do BANIF, Luís Amado; o eterno bilderberger Bolsa-na-mão; e Jorge Moreira da Silva [o menino querido do Pernalonga do PSD].