No seguimento deste postal, penso que é conveniente adicionar-lhe algumas ideias.
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Sexta-feira, 22 Abril 2011
Sexta-feira, 10 Dezembro 2010
Entrevista ao bioquímico “herético” Michael Behe
Podem ouvir aqui (em inglês) uma entrevista dada a uma rádio inglesa por Michael Behe, o bioquímico herético, autor dos livros a “Caixa Negra de Darwin” e “Edge of Evolution” — este último, penso que ainda não traduzido em Portugal. A entrevista inclui um confronto com um outro bioquímico, Keith Fox, que segue a linha tradicional darwinista.

Para as pessoas do século XX, foi um choque quando descobriram, através das observações da ciência, que os mecanismos da vida não podem ser atribuídos à selecção natural e que, por isso, foram desenhados. Porém, devemos saber lidar com o nosso choque e prosseguir com as nossas vidas.»
— Michael Behe
Quarta-feira, 11 Agosto 2010
Filosofia quântica para todos
Recebi o seguinte email:
Tenho seguido o seu blogue quase diariamente, com particular interesse nas questões da física quântica, relacionando com a existência de Deus.
Para um leigo na matéria como Eu, habituado à física clássica, é particularmente difícil assimilar os conceitos de incerteza, não-localidade e dualidade partícula-onda.
a) Com é que é possível concluir que na escala microscópica não é possível determinar a posição da partícula quando na escala macroscópica podemos determinar a posição de um objecto.
b) Como é possível concluir pela não localidade espaço-tempo das partículas, quando, no plano macroscópico, a matéria é matéria porque está individualizada no espaço-tempo.
Se toda a matéria é constituída por partículas, como é que se articula a física clássica com a física quântica. Parece que há um intervalo, um salto de lógica que não está explicado ou que para mim é de difícil assimilação.
Serve isto para lhe pedir que me recomende leitura acessível e de introdução sobre estes assuntos, deixando nota que sou de facto ignorante na matéria, mas cheiro de curiosidade em perceber a razão de ser das coisas.
Domingo, 18 Julho 2010
As origens da força da gravidade segundo o físico Erik P. Verlinde
Podem fazer aqui o download em ficheiro PDF de um ensaio do físico holandês Erik P. Verlinde. Antes de falar sobre o ensaio, gostaria de mencionar aqui a obra do filósofo francês de origem polaca, Émile Meyerson (1859 – 1933), nomeadamente o livro “Identity and Reality” que, à falta de edição em papel, pode ser lido aqui.
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Sexta-feira, 2 Julho 2010
Sobre o Ser e o Não-ser
É que do Nada não pode surgir alguma coisa a não ser que o Nada seja tratado como sendo alguma coisa. A criação a partir do Nada, quer seja por Deus quer seja pelo Acaso dos ateus materialistas, levanta uma contradição lógica, pois o Nada para “ser” Nada não pode ser “alguma coisa” e do verdadeiro Nada nada sai ou se produz ou se cria. O Nada é a ausência e a impossibilidade da Existência. Deste modo, é filosoficamente sedutor ver o Mundo como derivado da substância do próprio Deus, conquanto ele não seja Deus. »
Para resolver este problema, temos que invocar Parménides e Platão. Para o primeiro (no poema “Da Natureza”), “O Ser é, e o Não-ser não é”. Isto parece tautológico, mas não é. Se o Ser é a única coisa que pode ser pensada e dita, ele (o Ser) existe em contraposição ao Não-ser. O mesmo salienta Platão (no “Sofista”): é preciso que exista o Não-ser se quisermos conceber a existência do Ser — isto é, se quisermos pensar, falar, etc.. Para Platão, dizer o que é uma coisa, é dizer o que ela não é.
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Sábado, 29 Maio 2010
Solipsismo
Eu escrevi isto e alguém me chamou à atenção para isto. Antes de mais, vamos definir um “palavrão”: solipsismo.
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Terça-feira, 18 Maio 2010
O nominalismo e os universais
A Querela dos Universais, que se arrastou desde a antiga Grécia até ao modernismo, está essencialmente ligada à ausência de uma noção de “consciência” na História da Filosofia até depois de Descartes. Na proposição de Sócrates “conhece-te a ti mesmo” podemos notar uma alusão à consciência, mas de uma forma que não é suficientemente clara e inequívoca. Santo Agostinho teve também alguns conceitos de que podemos extrapolar a noção de consciência, mas só depois de Descartes esta foi plenamente desenvolvida.
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Terça-feira, 11 Maio 2010
A menina que parou no tempo
Brooke Greenberg é uma menina de 17 anos (à esquerda, na foto, na companhia da sua irmã Carly, com 13 anos e à direita). Com 17 anos, estaria perto da maioridade mas ainda gatinha e não fala, ou seja, tem a idade real de 1 ano. Ver a notícia no Times. Os cientistas não têm certezas sobre a causa do não-envelhecimento de Brooke, atribuindo possíveis e hipotéticas causas à estrutura do ADN; de facto, Brooke manteve-se 17 anos com idade de 1 ano, e com um envelhecimento seja extremamente lento. Ela parou no tempo.
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Sábado, 8 Maio 2010
Plotino e quântica (2)
Hoje, uma pessoa ignorante é aquela que acredita que o mundo é só conforme o que percepciona através dos sentidos. Com o advento do positivismo, a crença de que a realidade se limitava à Matéria e ao mundo sensível ganhou a exclusividade do bom-senso intelectual e elitista, enquanto que as massas, em geral, continuaram a respeitar os conceitos oriundos da filosofia cristã. Hoje, é essa elite positivista que está em causa e podemos afirmar com toda a certeza que ela é ignorante.
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Sexta-feira, 7 Maio 2010
Plotino e a quântica (1)
Seria interessante que alguém tivesse tempo, arte e engenho para escrever um opúsculo com uma teoria comparada entre Plotino e a quântica, não confundindo, porém, Plotino com a escolástica neoplatónica. Esta assumiu nuances pagãs e gnósticas através de um discípulo de Plotino, o judeu Porfírio que, como grande parte dos judeus, mudou de nome (o seu nome verdadeiro era Malco). Portanto, o objecto da análise comparativa seria Plotino e a sua filosofia, e não o neoplatonismo em geral. A análise comprada entre as duas teorias (Plotino e quântica) não é puramente especulativa porque existe uma identidade de conceitos tão grande entre elas que surpreende com perplexidade um observador minimamente atento.
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Terça-feira, 4 Maio 2010
Quinta-feira, 29 Abril 2010
O canivete de Ockham ou o corta-unhas de Occam
William Ockham, ou Guilherme de Occam, é daquelas personagens históricas — à semelhança do que aconteceu com a saga de Galileu contada e adulterada a cada recontagem — utilizadas por uma certa cultura que se diz “científica” para a sua auto-legitimação lógica. Existem outras personagens heróicas e mitológicas do Positivismo, por exemplo a de Giordano Bruno: são as que o naturalismo ateu, que evoluiu essencialmente do gnosticismo cristão, considera ser os seus heróis e/ou mártires históricos.
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