¿Alguém se lembra da figura de cartune brasileira do “amigo-da-onça”? Reencarnou no ministro da saúde Manuel Pizarro.
“Ao contrário do que acontece em outros países europeus, o Governo, numa atitude de grande equilíbrio, entendeu não proibir o fumo do tabaco nas esplanadas abertas.”
Aqui, a “lógica” do amigo-da-onça é a seguinte: «nós somos uns filhos-de-puta, mas até somos menos filhos-de-puta do que os outros».
«Após esta resposta, o ministro da Saúde foi interrogado sobre a lógica de o Estado estar a limitar a venda de um produto que é legal.
“Estamos a referir cafés e restaurantes. Não faz muito sentido que, sendo proibido fumar em cafés e restaurantes, seja permitido vender tabaco nesses estabelecimentos. Há uma contradição na mensagem que se transmite às pessoas”, alegou o amigo-da-onça.»
Seguindo a “lógica” do amigo-da-onça, dentro do espaço fechado das tabacarias é, por lei, proibido fumar, e por isso também deveria ser proibido vender tabaco dentro das tabacarias.
De acordo com o amigo-da-onça:
“está sim em causa saber se é desejável que a organização das nossas comunidades e do nosso sistema social encoraje o tabagismo em vez de favorecer a saúde pública, tendo em vista que as novas gerações não sejam atingidas pela adição ao tabaco”.
O partido do amigo-da-onça, e ele próprio, defendem a legalidade do transgenderismo em crianças pré-pubescentes; mas o amigo-da-onça está é preocupado com a relação das novas gerações com o tabagismo.
Simultaneamente, o amigo-da-onça defende a legalização do fumo da Cannabis e drogas derivadas: um jovem português pode-se injectar com heroína legalmente e em “salas de chuto” (lei do Partido Socialista e Bloco de Esquerda) com o apoio do Estado, mas a presença de uma máquina de venda de tabaco em cafés e restaurantes é, segundo o amigo-da-onça, um grande perigo de “adição”.
Não nos esqueçamos de onde veio Manuel Pizarro: na década de 1980, foi vereador comunista na Câmara Municipal do Porto. Só um comunista pode ser um amigo-da-onça.
Adenda: eu não sou fumador.