perspectivas

Terça-feira, 28 Maio 2013

O lóbi político gay e o jornalismo apedeuta

«Não há nenhum valor democrático que possa ser invocado no sentido de inviabilizar a adopção de crianças por casais homossexuais», diz o presidente da Ilga Portugal, Paulo Côrte-Real, numa notícia do JN. (respigado aqui ).

São frases destas que fazem as parangonas dos jornais publicados por jornalistas apedeutas.

Desde logo, nunca vi um casal de burros machos, ou fêmeas. Já vi um casal de um burra e um burro, mas o povo diz que dois burros, machos ou fêmeas, quando estão juntos fazem um par.

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Um casal de um coelho e uma galinha

Mas agora dizem que dois burros juntos, só porque um monta o outro, formam um “casal”. O critério da definição de “casal” passa agora a existir apenas em função da montada sexual: se um burro montar um cão, passa então a existir um “casal” composto por um burro e por um cão. Se um adulto montar uma criança, passa a existir um “casal” entre os dois. É tudo uma questão de existir montada e montura.

É “moderno” dizer que um “casal” só tem significado se alguém montar ou for montado. Se dois ou três indivíduos se montarem entre si, passa a existir um casal de dois ou três. Podemos até conceber um casal composto por 10 ou 20 indivíduos que se montam aleatoriamente.

Quando nós dizíamos, em tempos de inocência cultural, a alguém com um filho e uma filha, “que lindo casal!”, este conceito de “casal” já não se aplica hoje e está desactualizado, porque as crianças ainda não se montam umas às outras. “Casal” já não significa apenas a complementaridade ou a diferença entre os dois sexos: implica necessariamente a montada sexual; ou seja, sem sexo já não existe “casal”.

Vemos um homem e uma mulher juntos. E pergunta-se: montam-se? Não! Então não são um casal, mas antes um par de indivíduos. É o reviralho completo.

E o que é um “valor democrático”?

O valor é uma noção que implica a passagem do desejo (humano) para a moral que, por sua vez, depende sempre de uma ética universal (o que não significa “ética unânime” ou “unanimista”. Uma ética unânime é uma ética totalitária porque é imposta através da força bruta do Estado).

Toda a moral depende dos valores universais da ética que são também fundamentados racionalmente, valores esses que existem por si mesmos e independentes de qualquer utilidade – por exemplo, o valor da justiça existe por si mesmo e não necessita de qualquer utilidade prática para ser concebido e fundamentado.

Portanto, os valores não necessitam de qualquer utilidade prática para serem concebidos e fundamentados racionalmente. E os valores têm que ser universais, seja num regime democrático ou não. Neste sentido, o conceito de “valor democrático” é tautológico – é semelhante a dizer-se, por exemplo, “a democracia é democrática”. “Valor democrático” é uma redundância, porque não existe valor universal sem ser democrático (no sentido de ser maioritário no povo).

Pode-se defender, ao invés, a ideia segundo a qual “numa democracia não existem valores universais”, e por isso a adopção de crianças por pares de homossexuais segue (alegadamente) uma “ética democrática”. Mas isso seria um contra-senso, porque implicaria a negação da própria democracia: se não existe uma ética universal em uma sociedade democrática – com valores que existem por si mesmos -; se cada um tem a sua ética divorciada de uma ética universal, a justiça passa a ser arbitrária e sujeita à discricionariedade de uma “elite” de déspotas auto-iluminados. E é este despotismo iluminado que é defendido pelo lóbi gay.

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