O termo “sexo” refere-se às diferenças biologicamente determinadas, enquanto o termo “género” refere-se às diferenças nos papéis e relações sociais entre homens e mulheres.
Os papéis do género são aprendidos através da socialização e variam amplamente no seio e entre as culturas; os papéis de género são também afectados pela idade, classe, raça, etnicidade e religião, bem como pelos ambientes geográficos, económicos e políticos. Uma vez que muitas línguas locais não possuem a palavra género, os tradutores podem ter de considerar outras alternativas para distinguir entre esses conceitos.
O termo “género” não deveria ser aplicado nestas circunstâncias, tanto do ponto de vista etimológico como lógico/filosófico.
― Aristóteles (Metafísica, 5, XXVIII)
O “género” é humano, e não se refere a papéis sociais dos humanos. Se o género é humano, não faz sentido que existam dois géneros humanos: existe apenas um género humano, que engloba o homem e a mulher. As diferenças entre o homem e a mulher não tem a ver com o “género”, mas com a “relação”:
― Aristóteles (ibidem, 5, XV)
O homem e a mulher são idênticos porque a sua essência é a mesma; são semelhantes porque têm a mesma qualidade; mas não são iguais porque existem diferenças quantitativas inerentes ao ser em acto (e não ao ser em potência, porque a essência é una nos dois sexos).
Portanto, em vez de falarmos em “género”, devemos falar simplesmente em “papéis sociais” que podem ser permutáveis (ou comuns) entre os dois sexos, dependendo das culturas ao longo da História. Não assimilem a linguagem politicamente correcta!
Nota: uma das causas da extinção do Homem de Neanderthal foi a inexistência de papéis sociais distintos (divisão do trabalho) entre os dois sexos, o que contribuiu para a endémica má nutrição do Neanderthal. Os papéis sociais, e nomeadamente a divisão do trabalho entre homem e mulher, foram os grandes responsáveis pelo sucesso do género humano.
«Não assimilem a linguagem politicamente correcta!»
Excelente artigo.
Vou difundir.
Obrigada amigo
Beijos
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Comentar por Ashera — Quinta-feira, 25 Fevereiro 2010 @ 5:30 pm |
http://hu-ma-no.blogspot.com
gosto da sua página. Parabéns.
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Comentar por humano — Quinta-feira, 4 Março 2010 @ 11:49 pm |
[…] conta, hoje, deste postal que se refere a estes dois meus […]
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Pingback por A força da lógica, ou “a razão, mesmo vencida, não deixa de ser razão” « perspectivas — Terça-feira, 10 Janeiro 2012 @ 6:38 pm |