perspectivas

Quinta-feira, 6 Maio 2010

Rockefeller financia o radicalismo político ecologista

O movimento ecologista Greenpeace é financiado pela grande plutocracia internacional ligada ao negócio do petróleo, ou seja, aparentemente, a Greenpeace combate o alegado aquecimento global alegadamente devido ao CO2, ao mesmo tempo que recebe dinheiro dos que alegadamente poluem o ambiente com o negócio dos petro-dólares. Tudo, alegadamente.

O Bom Selvagem, de Rousseau

Imaginem um patrão a financiar a comissão de trabalhadores na luta contra o patrão. Faz sentido? Faz sentido se o patrão for masoquista; há malucos para tudo. Ou imaginem o Balsemão, dono da SIC e militante nº 1 do PPD/PSD, a privilegiar em tempo de antena o Bloco de Esquerda; houve um tempo em que isso aconteceu, nomeadamente quando foi a campanha do aborto e mais recentemente no apoio declarado da SIC ao “casamento” gay. Faz sentido? Faz, sim senhor.

O mais importante para Rockefeller (que fundou a Exxon Mobil e está fortemente ligado à Banca, ao grupo de Bilderberg e à Trilateral), para Ted Turner (que é dono de metade dos me®dia americanos), Charles Stewart Mott (dono da General Motors), e muitos outros que financiam a Greenpeace, dizia, o mais importante não é a luta da organização mas a mundividência e a cultura que os radicais ecologistas em geral e a Greenpeace em particular, transmitem, através dos me®dia, aos povos do ocidente e do mundo.

Fernando Pessoa chamou a este tipo moderno de plutocracia “o grupo dos trezentos”: « Não é do judaísmo, em conjunto, que os 300 se servem: servem-se tão somente do baixo judaísmo, do mesmo modo como se servem da decadência europeia; e, (se) se servem mais fortemente do baixo judaísmo que dos degenerados da Europa, é que o Judaísmo é uma organização universal, e a decadência da Europa é um conjunto amorfo (de indivíduos). Assim como o judaísmo se infiltrou na Maçonaria, para poder, por ela, operar na sombra, assim os 300 se servem do judaísmo, para poder, por ele, e por o que ele move, operar na treva. »

Porém, desde o tempo de Fernando Pessoa para cá, o Grupo dos 300 tornou-se mais sofisticado. O Grupo já não se serve do judaísmo e mudou de estratégia; vemos até muitos dos seus membros a financiar os opositores de Israel. O novo Grupo dos 300 financia e apoia a ideologia naturalista, panteísta/ateísta, que tem uma visão determinística/gnóstica do mundo. A origem desta ideologia é estóica — a dos gregos, e já não tanto a dos estóicos do mundo romano; aliás, não há mais nada de novo à face do mundo das ideias depois da Antiguidade Grega.

O conceito de virtude estóica foi desvirtuado e vira-se agora contra o Homem. A visão estóica e determinística do universo impõe que não exista a liberdade. A liberdade só pode existir circunstancialmente, para acabar com a liberdade; a liberdade é como a espora do escorpião: é um instrumento de auto-liquidação e niilismo. A liberdade só é admissível dentro de uma cultura niilista que tem por fim eliminar a liberdade; através dessa cultura niilista, o Homem aceita humildemente que a liberdade lhe seja retirada em nome de uma visão determinística da realidade. E quando a liberdade se vai tornando rarefeita, aumenta o Poder do Grupo dos 300, e os actuais mentores do radicalismo gnóstico (político/ecológico/naturalista/progressista) serão os caciques locais e nacionais do mundo de amanhã. Uma mão lava a outra; os financiados e financiadores partilham da mesma mundividência. Não existe absolutamente nenhuma contradição entre eles.

3 comentários »

  1. Agora vem a verdade ao de cima e percebe-se o sentido da actuação dos greenpeaces e dos pseudo-ecologistas, nomeadamente na luta contra as barragens e outros projectos.

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    Comentar por Henrique — Sexta-feira, 7 Maio 2010 @ 9:12 am | Responder

  2. […] Perspectivas 0 Gostei disto! Share and […]

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    Pingback por ECOLOGISTAS E SEUS PATRÕES! – hora absurda 7 — Sexta-feira, 7 Maio 2010 @ 9:16 am | Responder

  3. É engraçado, nunca tinha pensado nesse assunto dessa perspectiva. Ao mesmo tempo que vociferam e se mostram muito preocupados com o ambiente, recebem dinheiro dos maiores poluidores, eis aqui o paradoxo dos paradoxos.
    E depois ainda dizem que há teorias da conspiração…

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    Comentar por Skedsen — Sexta-feira, 14 Maio 2010 @ 12:48 am | Responder


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