perspectivas

Terça-feira, 4 Agosto 2009

Contra a homofilia gayzista totalitária e niilista

Para se entender este postal será necessário ler estoutro. A coisa começou por ali.

Como se sabe, o substantivo adjectivante “gayzismo” não é da minha lavra; foi criado pelos nossos amigos brasileiros ― foi do Brasil que surgiu o termo. O seu a seu dono. Portanto, a a assunção do escriba deste postal está errada. Vou abster-me de apodar o dito escriba de “gajo” (como fez em relação a mim), porque não tenho a certeza daquilo que é; quando não temos a certeza se uma pessoa — que pode ser um “gajo” — o é realmente, não devemos tomar o certo pela aparência.

Eu não construí “uma genealogia do pensamento filosófico que parte de Hegel”, coisa nenhuma. Constatei factos que o escriba gayzista ignora.

Hegel era um idealista, e eu não sou. Tão pouco tenho simpatia particular por Hegel. O idealismo identifica estritamente o Eu (humano) com a substância de Deus, coisa que eu não tenho a veleidade de fazer. Quem se baseia em Hegel e na sua dialéctica, é quem me chama de “reaccionário”. Ora, uma das virtudes da mecânica quântica foi ter literalmente destruído o positivismo e o idealismo de uma assentada. Hegel só se aplica no macrocosmos, e mesmo assim, em determinadas condições. Portanto, o conceito dialéctico de “reaccionarismo” e “progressismo” é arcaico; a evolução inexorável no sentido do progresso dos “amanhãs que cantam” é uma estória mal contada ― também existe involução ou má-adaptação. A evolução deixou de ser um caminho irreversível para a felicidade: também pode trazer consigo a inadaptação e a infelicidade humanas.

Vou ter que assumir aqui uma posição de esclarecimento ideológico, porque parece que o escriba gayzista ou não percebeu ou não quis perceber. O gayzismo nasce directamente da Escola de Frankfurt, ou seja, da Utopia Negativa, e foi levado para os Estados Unidos (nomeadamente) por membros dessa escola como Adorno, Marcuse e Wilhelm Reich (entre outros). Na base da Escola de Frankfurt e da Utopia Negativa está o chamado “marxismo cultural”, que evoluiu ― com a sociedade de consumo ― para o chamado “politicamente correcto”. Tudo isto está na Wikipédia: basta procurar.
Contudo, o gayzismo é apenas uma pequeníssima parte da subversão marxista. Diria mesmo que os gayzistas são “carne para canhão” nas mãos dos marxistas. Hoje vemos a esquerda marxista europeia a defender os direitos dos homossexuais quando vemos, simultaneamente, os homossexuais a serem perseguidos e presos em regimes marxistas como Cuba, China e Coreia do Norte. Portanto, a ideia de que existe um meu “sistema filosófico ” à volta do gayzismo só pode vir de alguém que não consegue compreender o que escrevo, ou porque não tenha capacidade para isso ou por inabilidade minha na explicação.

Absurdo com pernas

Absurdo com pernas

O escriba confunde propositadamente “gay” com “homossexual”. Trata-se de desonestidade intelectual ou pura ignorância. Ao longo da História existiram homossexuais; os gays surgiram no século XX e têm uma agenda política sue generis como expliquei aqui. Homossexuais sempre existiram em pequena minoria, mas nunca se organizaram politicamente; Marco Aurélio era bissexual, e não gay. Ser gay é fazer parte de uma cultura urbana e contemporânea que se auto-diferencia da sociedade; ser homossexual faz parte da condição humana. Há que distinguir as duas coisas.

francisco-louca

A ideia, de que me atribui o escriba, segundo a qual “o pensamento contemporâneo é gayzista”, é ridículo. O que eu sempre escrevi aqui é que o pensamento contemporâneo é marcado pelo marxismo nas suas diferentes formas (que inclui a Utopia Negativa e o desconstrutivismo em que se escora o feminismo actual que é diferente do feminismo do século XX até à década de 70), e nem sequer podemos chamar a esse pensamento contemporâneo de “filosófico” ― seria insultar a filosofia e os seus maiores vultos ao longo da História. Marx foi um antropólogo, e se não fora Engels, a pobreza do seu pensamento seria ainda maior do que é.

O que vai contra “a ordem natural das coisas” é o resultado da evolução do gnosticismo a partir de Marx. Repito: o gayzismo é apenas um parente pobre ― e passível de ser ferozmente reprimido quando instituído um regime marxista na nossa sociedade ― da evolução do pensamento gnóstico até aos nossos dias.

O escriba confunde Hegel com Marx, quando a única coisa que existe em comum entre os dois é a dialéctica do primeiro que foi adoptada pelo segundo através da Esquerda Hegeliana e de Feuerbach. O conceito de “acção sem necessidade de razão” é de Marx, e não tem nada a ver com Hegel. Pelo contrário: em Hegel existe o primado da Razão a tal ponto que se confunde com a própria realidade. Penso que o escriba escolheu mal o “terreno” para se degladiar comigo: já vi professores universitários de filosofia a titubearem em diálogo comigo (tenho uma irmã que é professora catedrática de filosofia; de vez em quando, ela “engasga-se” nos nossos diálogos). Má escolha.

A ideia de que é possível mudar a essência humana ― transformar o ser humano num ser perfeito e construir o paraíso na Terra ― é de facto uma corruptela do gnosticismo adoptada por Marx. O resultado está à vista em todo o mundo; não é necessário perder muito tempo com este assunto. Voltar ao marxismo para se pretender aplicar a agenda política gay é no mínimo um contra-senso. Sendo o marxismo uma teoria positivista e alegadamente “científica”, tem à partida o próprio cientismo contra a homossexualidade ― uma visão evolucionária da homossexualidade pode trazer dissabores a muitos gays.

O que o escriba gayzista não quer reconhecer é o facto de que o que me move não é uma guerra aos homossexuais, mas uma guerra ideológica contra todas as formas assumidas da estratégia política marxista cultural ― de que o gayzismo faz parte. Não me move nada contra o homossexual como pessoa: move-me tudo contra uma determinada agenda política niilista que pretende minar a nossa sociedade a partir do seu âmago mais profundo: a família. A ideia da “insegurança sexual” e a ideia de que “todas as pessoas são gays mas algumas não saíram do armário”, são argumentos que fazem parte de um mecanismo ideológico de defesa gayzista, como expliquei aqui. De resto, aconselho o leitor deste postal a ler os quatro links em rodapé.

O gayzista que escreve é estúpido quando diz que eu defendo “a matança de homossexuais”. Estúpido e desonesto. Ademais, um panasca é um panasca, assim como eu sou um “gajo” homófobo e com orgulho. De resto, a única coerência entre o princípio de identidade e um panasca é a de que um panasca é panasca: tudo o resto é contradição.

Quanto à APA (Associação Americana de Psiquiatria): a APA e as suas incoerências mereceriam um postal inteiro. O DSM IV TR de 2000 pretendeu retirar a pedofilia do rol das parafilias, mas as pressões políticas impediram que isso acontecesse. Lá virá o dia em que a APA vai dizer que enrabar meninos dá saúde e faz crescer.
Mesmo assim, a bestialidade (sexo com animais) já não é considerada pela APA (no DSM IV TR) como uma parafilia, assim com a necrofilia (sexo com pessoas mortas) já não consta no DSM IV TR de 2000 como um distúrbio mental ― e o mesmo aconteceu com a homossexualidade em 1973. Portanto, e segundo a APA, da mesma forma que fazer sexo com um cão não é doença mental, “montar” uma pessoa morta numa capela funerária também já não é sinal de doença mental, e o acto homossexual também não. Por conseguinte, não me venham com o “argumento APA” porque é tão confrangedor que insulta a nossa inteligência.

Para finalizar, as dez razões para recusar o “casamento” gay:

  1. Não passa a ser casamento só porque lhe chamamos “casamento”;
  2. Viola a lei natural;
  3. Recusa sempre um pai e uma mãe às crianças;
  4. Valida e promove o estilo de vida gay;
  5. Transforma uma enormidade moral num direito civil;
  6. Não cria uma família mas apenas e invariavelmente uma união estéril;
  7. Derrota o sentido nobre da sociedade e do Estado em beneficiar o casamento como instituição;
  8. Impõe a sua aceitação a toda a sociedade de forma compulsória e totalitária;
  9. Culmina a “revolução sexual” tal qual entendida pelo marxismo cultural;
  10. Ofende a Deus e vai contra a ordem universal estabelecida por Ele.


A ler:


Email me (espectivas@nullgmail.com)

Nota: este postal foi revisto e alguns termos foram substituídos, tendo em conta a “pressa” com que foi escrito.