perspectivas

Quinta-feira, 9 Outubro 2008

Expliquem-me como se eu fosse muito burro

Filed under: Política,Sociedade — O. Braga @ 7:57 pm
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Vamos lá ver: este cartaz é racista; podemos ver a diferença na cor das ovelhas e um incentivo à violência racista. O PNR continua a “meter o pé na argola”, porque combater o excesso de imigração não é necessariamente sinónimo de defesa do racismo. O PNR perde assim alguma razão que possa ter e presta um péssimo serviço ao nacionalismo português.

Agora o que me espanta é que um indivíduo que defende um sistema político totalitário ― como o Sá Fernandes do Bloco ou outro qualquer do PCP ― venha dar lições de moral a quem quer que seja. Esta escumalha não se dá contra de que se o cartaz do PNR foi bem retirado, os cartazes do PCP e do Bloco de Esquerda também deveriam ser proibidos, porque estes partidos têm nos seus programas e ideários a luta pelo fim da democracia representativa e a instauração de uma ditadura.

Se eu não tiver razão, expliquem-me como se eu fosse muito burro…

5 comentários »

  1. Ora bem.

    A frase “Imigração não” é racista se for dita pelo Pinto Coelho, por mim ou por si.

    Mas se for dita, ou melhor, por em prática, por um “esquerdista” como fez hoje o sapateiro espanhol é …….

    Defender o povo trabalhador desempregado.

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    Comentar por Luís Bonifácio — Quinta-feira, 9 Outubro 2008 @ 11:05 pm | Responder

  2. Devemos ver o cartaz como um todo. Dizer “não” à imigração não é sinónimo automático de “racismo”, até porque os imigrantes são de variadíssima origem étnica (incluindo brancos de leste). O problema é a mensagem integral que o cartaz passa e que não tem nada a ver com nada.

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    Comentar por O. Braga — Quinta-feira, 9 Outubro 2008 @ 11:17 pm | Responder

  3. (comentário modificado pelo autor do blogue)

    Por acaso acho que, embora xenófobo, o cartaz não pode ser considerado racista. A expressão “ovelha negra” sempre foi (e é) muito utilizada em Portugal e nunca com intenções racistas. Discordo profundamente da mensagem do cartaz, no entanto, acho abominável o abuso de poder do Zé.
    Abraço
    Ricardo Duarte

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    Comentar por Ricardo Duarte — Sexta-feira, 10 Outubro 2008 @ 10:57 am | Responder

  4. Concordo, não se pode proibir uns e permitir outros, se é esse o caso.

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    Comentar por Henrique — Sábado, 11 Outubro 2008 @ 1:40 pm | Responder

  5. Este cartaz não tem nada de racismo.
    Há sectores em Portugal que vêm racismo e xenofia em tudo o que não seja de acordo com o ideário do sistema político vigente e são chavões que foram inventados precisamente para isso, ou seja, para atacar adversários políticos.
    As cores branca e negra pretendem apenas transmitir, respectivamente, as ideias de transparência e normalidade (a cor branca) e os males de que enferma a sociedade (a cor negra).
    Na cultura portuguesa a cor negra está associada a tudo o que não corra bem, a tudo o que prejudica ou é negativo ( diz-se muitas vezes «coisa está preta ou está negra»).
    Repare-se que os imigrantes não são só originários de África.
    Porque razão o cartaz ao falar de imigração havia de se referir apenas aos imigrantes africanos? Não faz nenhum sentido, o cartaz refe-se à imigração em geral, de qualquer proveniência.
    Também não considero que o cataz seja xenófobo.
    O problema da imigração não pode continuar a ser «tabu» na sociedade portuguesa. Parece que o simples facto de se falar nele, isto já é xenofobia.
    Isto tem de acabar!
    A imigração é um assunto como outro qualquer que pode e deve ser discutido e cada um de nós tem o direito de o discutit e emitir a sua opinião.
    O PNR, como força política que é, tem todo o direito de expressar a sua opinião e por muito que alguém discorde dela, esta opinião tem de ser respeitada.
    É uma opinião como qualquer outra.
    Estamos ou não estamos num país livre e democrático em que há liberdade de expressão e pensamento?
    Parece que não estamos, pois apenas alguns podem dizer o que querem e nada lhes acontece ( em Portugal a mensagem é ou não considerada xenófoba, conforme a boca donde sai ) e outros não.
    A atitude de Sá Fernandes foi um acto ilegal, radical e profundamente anti-democrático, inadmissível num país que se diz «livre».

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    Comentar por A. Bernardo — Domingo, 12 Outubro 2008 @ 1:08 am | Responder


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