A actual deriva neoliberal do governo do PSD do Pernalonga está a hipotecar o futuro de Portugal, dos nossos filhos e netos, aos interesses exclusivos estrangeiros. Por exemplo, num país periférico europeu, como é o caso de Portugal, a privatização de algumas empresas — privatização que se traduz, na prática e em alguns casos, da mudança do monopólio do Estado para um monopólio privado —, como por exemplo, a REN, a TAP ou as Águas de Portugal, constituem em si mesmas uma manifestação de uma ideologia política que relega para segundo plano a realidade da vida concreta do povo português.
A política do actual governo é totalmente assimétrica, ou seja: tudo para um lado (para os interesses da estranja) e nada para outro lado (para os interesses de Portugal), o que significa que a adesão de Portugal ao Euro, por exemplo, parece ter sido um logro devidamente planeado e delineado para se chegar ao estado a que chegamos. Ou seja: o actual descalabro económico e financeiro português foi meticulosamente planeado pela classe política portuguesa em geral, com o patrocínio dos países do directório da União Europeia.
Por exemplo, a recente visita privada de José Sócrates a Merkel, imediatamente antes da chanceler alemã receber oficialmente o próprio primeiro-ministro de Portugal, Passos Coelho, revela, sem qualquer espécie de dúvida, que existe uma concertação entre os vários partidos políticos portugueses no sentido da prossecução da actual política de total aniquilação da soberania portuguesa e da sua total submissão incondicional, de uma forma assimétrica e sem quaisquer reservas, aos interesses estrangeiros.
Não se trata aqui de permuta ou de partilha de soberanias: trata-se da exigência da total aniquilação da soberania portuguesa e sem qualquer contrapartida de relevo.
Por isso, existe a necessidade da criação de um partido político credível a nível da opinião pública, que defenda alguns valores conservadores e nacionais — partido esse que não existe: o PNR não tem sido esse partido político necessário e maturado, na medida em que se concentrou no acessório e esqueceu o essencial.
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