perspectivas

Segunda-feira, 10 Março 2014

Um burro com lentes académicas

 

Refiro-me ao Professor José Morais:

“Não se descobre aquilo que teve de ser inventado e, em particular, não se descobre individualmente o que a humanidade levou muito tempo a inventar (…) também não se aprende espontaneamente o que teve de ser inventado. Aprende-se sendo ensinado e tanto melhor quanto se é bem ensinado.”

¿O que é que o Homem “inventou” que não fosse possível ser “inventado”? Será que a humanidade inventou, por exemplo, os números primos? Será que o Professor José Morais sabia realmente o que são (e o que significam!) os números naturais?

Não me admira que o Professor Morais seja um burro com lentes académicas; o que me surpreende é que a Helena Damião o siga cegamente. Ou talvez não.

Não se inventa aquilo que teve de ser descoberto e, em particular, não se inventa individualmente o que a humanidade levou muito tempo a descobrir (…); também não se aprende espontaneamente o que teve que ser descoberto. Aprende-se sendo ensinado e tanto melhor quanto se é bem ensinado.

Nós inventamos aquilo que é subjectivo (nas artes), e descobrimos aquilo que é objectivo (nas ciências). Pode acontecer que a arte esteja ao serviço da ciência. Mas mesmo aquilo que é subjectivo faz parte de um processo de descoberta.

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