Nós por cá, todos bem

Ontem vi o programa da Fatinha sobre o futebol nacional. No painel, estavam os representantes dos clubes da segunda circular, mas havia um lugar vago ao lado deles; não percebo porque é que um representante do Belenenses (ou o Estrela da Amadora, ou mesmo o Vitória de Setúbal) não foi convidado para programa. Coisas da Fatinha…

Naturalmente que num programa sobre futebol, a Fatinha foi buscar o Otário Machado, para que este pudesse criticar os manos Oliveira e o Papa. Se os manos Oliveira fossem de Palmela ou da margem sul, não havia perigo. Se os manos Oliveira tivessem enriquecido com o negócio de contrabando de pneus, mas fosse “cá da gente”, estaria tudo bem. O problema dos manos Oliveira é que são da terra das albardas (Penafiel) e pior do que isso, de burros não têm nada; pelo que se vê, os penafidelenses sempre fizeram as albardas para oferecer também a alguns palmelenses (abre os olhos, mula! Levanta-me esse focinho, e fareja!).

Diz o Otário Machado que “o problema é de quem tem o dinheiro e que manipula o futebol”; o que ele quereria dizer é que o problema de quem tem o dinheiro é que é gente galega; aqui é que está o problema da Mouraria, no futebol como em tudo neste país.
Mas o pior está para vir: acabou o programa da Fatinha e começa um filme de Paulo Branco, com Alexandra Lencastre; desligo a TV, porque um mal nunca vem só; e o dinheiro para este filme que ninguém vê não veio dos manos Oliveira, com toda a certeza. Gente fina é outra coisa, mas nós por cá, todos bem: primeiro lugar, melhor equipa, clube mais rentável. Que se lixe a inveja.