«Tenho pouco jeito para o desenho e não gosto de generalizações. Evito dedicar-me a ambas as actividades pela mesma razão: a forte possibilidade de falsear a realidade. No entanto, o tempo que tenho passado na polémica acerca do Acordo Ortográfico tem-me permitido reunir alguns traços que, com maior ou menor frequência, surgem no retrato daqueles que defendem o Acordo.
O primeiro aspecto a considerar reside no facto de que raramente um acordista cita o Acordo, tentando demonstrar a sua validade. Na maior parte dos casos, fica-se com a estranha impressão de que o acordista não terá, sequer, lido o Acordo. Noutros casos, o acordista acaba por reconhecer a existência de incongruências, mas prefere desvalorizá-las, com o argumento de que qualquer acordo é melhor do que a inexistência de um acordo.»
AVISO: os comentários escritos segundo o AO serão corrigidos para português.