Para o leitor menos familiarizado com estas coisas, a necrofilia é a prática de acto sexual com pessoas mortas. ¿Haverá alguma coisa mais progressista do que fornicar uma mulher morta? Se o Bloco de Esquerda e o João Semedo sabem disto, vamos ter mais uma causa fracturante no paralamento.
O Direito romano introduziu o conceito de “excentricidade da relação jurídica”, que significa a impossibilidade de que, em uma mesma relação, coincidisse a posição do sujeito com a do objecto, ou seja, a “utilidade da coisa” (res utilitas) impunha-se como condição fundamental do direito. Neste sentido, o cadáver humano (mortuus homo) era considerado como impossível de identificar como objecto jurídico, porque era considerado absolutamente inutilizável e totalmente privado de utilidade (utilitas).
Mas o progresso e a evolução tornaram ridículo o fundamento romano do Direito. O argumento progressista, de Esquerda ou liberal, é o de que “a lei não deve moralizar”, e que “o indivíduo tem o direito de decidir sobre o seu corpo, mesmo depois da morte”.
Portanto, uma mulher, por exemplo, pode pedir a eutanásia reclamada pelos progressistas, embalsamar o corpo, e permitir assim que o amante continue a fornicá-la para além da morte. É o que se chama “ressurreição progressista do corpo” — em contraponto à velha e caduca ideia de ressurreição cristã.
Além disso, a necrofilia dá toda a garantia de que a mulher não engravida, o que contribui activamente para apagar a pegada ecológica e para restringir o Aquecimento Global. A eutanásia, a necrofilia, o aborto e a homossexualidade garantem o futuro da humanidade.
Adenda: vemos aqui uma imagem do artigo original, uma vez que o artigo poderá ser eliminado pelo jornal.
[…] O progresso é imparável: a Suécia prepara-se para legalizar a necrofilia […]
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Pingback por a Europa bateu no fundo | o regresso da primavera — Quarta-feira, 24 Fevereiro 2016 @ 1:09 pm |
Mas, a necrofilia não é sexista? Afinal, só os homens a podem praticar em cadáveres de mulher; mulheres, não a podem praticar em cadáveres de homens, porque… bem… o cadáver não pode ter um ereção (a não ser por alguma técnica que eu desconheça). Se bem que isso não é tão relevante para os gays. Mas, por isso mesmo, a necrofilia, por ser – a princípio – excludente da mulher hétero, deveria ser combatida pelas feministas!
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Comentar por Paulo De Tarso — Quarta-feira, 24 Fevereiro 2016 @ 9:28 pm |
Eu não apostaria nisto, Sr. Paulo de Tarso, o sexo (a relação sexual) para os esquerdistas não se restringe aos órgãos sexuais; a podolatria (a tara por pés), por exemplo, é considerada uma modalidade sexual, por enquanto predominantemente machista, mas pode ser cooptada pelos “iluminados” para torna-se tão popular quanto o Big Mac. A necessidade desta gente determina o que é lindo e prazeroso para o vulgo.
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Comentar por Giovani Marinho — Quinta-feira, 25 Fevereiro 2016 @ 2:51 am |
[…] seguir vem o resto: ¿existem criaturas que praticam a necrofilia? Então que necrofilia deve ser despenalizada e até regulada por uma norma. O mesmo se aplica à pedofilia e à zoofilia. Necrofilia, zoofilia e pedofilia, afinal, não […]
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Pingback por Vamos ter que legalizar o homicídio | perspectivas — Segunda-feira, 29 Fevereiro 2016 @ 9:27 am |