Vemos aqui ao lado um letreiro de uma corrida de cavalos, onde constam as probabilidades calculadas para a vitória dos cavalos em uma prova.
Verificamos que, para o cavalo nº 1, a probabilidade (calculada de vitória) é de 8-5 (“é de 8 para 5”, em linguagem do senso-comum), o que significa que é 5:8 em linguagem matemática e estatística.
Para todos os outros cavalos — nº 2=7; nº 3=2; nº4=3; nº5=8; nº 6=7 —, o número da probabilidade não é fraccionado, mas antes é inteiro. Assim, por exemplo, a probabilidade de vitória do cavalo nº 2 é de “7 para 1” (em linguagem do senso-comum), ou seja, de 1:7 em linguagem estatística.
Quando a probabilidade é um número inteiro, como acontece com o cavalo nº2, o senso-comum diz o seguinte:
“a probabilidade do cavalo nº2 ganhar a corrida é de 7”.
Quando a probabilidade é um número fraccionado (porque se aproxima da probabilidade 1:1, mas não chega a certeza), como acontece com a probabilidade do cavalo nº 1 (8 para 5), então o senso-comum diz:
“a probabilidade do cavalo nº 1 ganhar a corrida é de 8 para 5 (eight to five)”
Seguindo o senso-comum, se eu digo que uma determinada probabilidade é de 10^40, está subentendido que é de 1:10^40. Ver nisto um erro é preciosismo ou má-fé.
Chamemos os bois pelo nome: é má-fé pura e simples.
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Comentar por Inspector Jaap — Sexta-feira, 22 Junho 2012 @ 4:19 pm |