A problemática da paneleiragem

Caro Bic Laranja:

Existe uma diferença entre um paneleiro, por um lado, e um grande paneleiro, por outro lado. Um paneleiro é uma pessoa do sexo masculino que, pelos caminhos ínvios da vida e por deficiência na qualidade da sua criação, sofreu um progressivo encorrilhamento biológico do hipotálamo — mas que faz a sua vidinha sem chatear outrem.
Em contraponto, um grande paneleiro é alguém que faz das regras da iniquidade [que é o oposto da equidade] um Guia da Boa Moral e dos Bons Costumes, e que transforma o vício em virtude compulsória e universal, e em comportamento celebrável e obrigatoriamente extensível a todos os membros da sociedade. O grande paneleiro é o activista político gay, ou gayzista; e é este último que é o objecto de algumas crónicas deste blogue.

Portanto, “gayzismo” é sinónimo de paneleiragem no sentido da aglomeração política de grandes paneleiros que se juntam para celebrar o seu estilo de vida, ao mesmo tempo que pretendem impôr à sociedade uma lógica política de orgia sodómica. O grande paneleiro é aquele que faz do seu vício sodómico sua própria identidade ontológica [não tem outra identidade], transformando a sua parafilia no único e exclusivo significado da sua existência; e na medida em que a sua parafilia é a sua própria identidade, pretende torná-la universal impondo-a a toda a sociedade [mesmo que utilize uma retórica de negação desse desiderato].

Para além de “fanchono”, existem outros substantivos adjectivantes que são sinónimos de paneleiro: por exemplo, “guei”, “viado”, “frozô”, “abafa-palhinhas”, “roto”, “bicha”, “bichona”, “invertido”, “panasca”, “Amélia”, etc. E a razão porque existem estes qualificativos, é simples: como dizia Lenine, “os factos são teimosos”; não é por os censores do Cachimbo de Magritte, por exemplo, afiarem o seu lápis azul que os fanchonos deixam de existir.