Instagram removed my picture of me and my MAGA hat on. WTF? pic.twitter.com/5Lo4Jjeeb0
— Kathy Zhu (@PoliticalKathy) March 16, 2018
Sexta-feira, 16 Março 2018
A censura por delito de opinião já é praticada sem vergonha por parte dos globalistas / esquerdistas
Segunda-feira, 20 Fevereiro 2017
Uma tal Joana Pires, do Bloco de Esquerda, e a eutanásia
O Bloco de Esquerda, que é basicamente contra a propriedade privada (no sentido marxista), admite que “o direito à vida deveria ser um direito de propriedade”:
“O direito à vida deveria ser um direito de propriedade, e não como se configura hoje em dia, um direito de personalidade.”
Há aqui um problema lógico: se o meu direito à vida é um “direito de propriedade”, trata-se de um “direito esquizofrénico”, por assim dizer, porque a nossa propriedade privada é, por definição clássica, algo que nos é exterior — e é por isso que os defensores do aborto dizem que o feto é algo exterior (ou mesmo estranho) ao corpo da mulher, e que, por isso, o feto é uma propriedade (no sentido de “posse de um objecto e de poder de dispôr dele”) da mulher que pode ser alienado e abortado por ela.
Se eu me considero a mim próprio como “propriedade de mim próprio”, tenho que me colocar fora de mim próprio para me conceber a mim próprio — o que é uma impossibilidade objectiva, porque não é possível pensar a nossa não-existência:
“Houve um tempo em que eu não vivia, e chegará um tempo em que eu já não viverei”.
Na tentativa de pensar a minha não-existência, tenho que produzir uma imagem de mim próprio; como se eu fosse outra pessoa; tenho que “saltar para fora” de mim próprio — o que é uma impossibilidade objectiva: nunca posso “pensar-me a mim próprio” a partir do “exterior de mim próprio”. Se me penso a partir do exterior de mim próprio, então não me penso a mim; e se me penso a partir do interior [de mim próprio], então não posso pensar o que seria não existir.
Por isso é que o direito à minha vida — ou seja, o direito à minha existência — não pode ser um “direito de propriedade”, porque a auto-referencialidade não me permite logicamente.
Segundo Gödel, todos os sistemas auto-referenciais (como, por exemplo, o ser humano) são insondáveis. Se traduzirmos o teorema de Gödel em modo filosófico e metafísico, teremos que deduzir o facto geral de “eu ser prisioneiro de mim próprio”, não me podendo ver a partir do exterior. E se “eu sou prisioneiro de mim próprio”, não posso simultaneamente ser “propriedade de mim mesmo”.
Quando a dita senhora do Bloco de Esquerda diz que o direito à vida é um “direito de personalidade”, o que ela pretende dizer é que o direito à existência é um “direito da pessoa”. E, enquanto pessoa, ninguém lhe tira a possibilidade de suicídio. O que essa pessoa — qualquer uma pessoa — não tem o direito, é de instituir a negação do direito à vida como uma regra moralmente válida (ou seja, uma regra moral universal, porque não existem valores da ética que não sejam universais).
Finalmente: é espantoso como a Esquerda pretende fazer desaparecer, da nossa sociedade, a noção de pessoa: é o primeiro passo para uma sociedade desumanizada, como aconteceu com o nazismo e com o estalinismo. E depois, o Donald Trump é que é o mau da fita.
Quarta-feira, 22 Junho 2016
Terça-feira, 10 Maio 2016
Segunda-feira, 7 Março 2016
A tentação totalitária da nossa época
¿Como podemos compreender que o Bloco de Esquerda, que é constituído basicamente por trotskistas, seja hoje defensor radical dos “direitos do indivíduo”? ¿Como é que gente, como por exemplo o João Semedo que foi militante do Partido Comunista, defende hoje a “liberdade de consciência” do indivíduo para ter direito à eutanásia?
A resposta é simples: a expansão ilimitada do conceito de “direitos do indivíduo” está a ser utilizada para acabar com os direitos do individuo que diz defender, através de um Poder do Estado cada vez maior.
A lógica da Esquerda é seguinte:
1/ vamos invocar que o indivíduo tem direito a tudo e mais alguma coisa, em nome da sua liberdade de consciência;
2/ depois, vamos dizer só um Estado forte e totalitário pode garantir esses direitos do indivíduo;
3/ e quando a máquina de um Estado plenipotenciário estiver instalada, podemos retirar quaisquer direitos ao indivíduo sem que seja possível qualquer reacção por parte da sociedade.
É assim que raciocinam o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista (mas também do Partido Socialista de António Costa).
Vemos o caso do Canadá. A lei da eutanásia terá as seguintes características:
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morte a pedido para pessoas com doenças graves;
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morte a pedido para pessoas com deficiências;
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idem, para pessoas com doenças mentais (se é um doente mental, ¿como pode pedir a sua própria morte?)
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idem, para crianças “maduras”;
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os enfermeiros e médicos serão obrigados a executar os doentes, sem qualquer direito a objecção de consciência;
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os hospitais privados de cariz religioso (por exemplo, os hospitais católicos) serão obrigados a eutanasiar.
Ou seja, toda a sociedade é sacrificada, na sua consciência, para que alguns indivíduos tenham direito a ser eutanasiados, por um lado, e por outro lado para que o Estado adquira um maior Poder sobre a sociedade e sobre os indivíduos em geral. Em nome da liberdade do indivíduo, anula-se, a prazo, a liberdade do indivíduo através do reforço do poder do Estado.
É óbvio que o ataque da Esquerda é também contra a liberdade religiosa. A “liberdade do indivíduo” é colocada como motivo para se eliminar a liberdade dos indivíduos. Passam a existir indivíduos com mais direitos naturais que outros. Temos aqui uma nova versão da construção de uma espécie de URSS.
A perversidade e o cinismo desta estratégia política não se aplica apenas na lei da eutanásia. E os defensores de um Estado leviatão e absolutista serão sempre os guardiões das nossas consciências no futuro: nas palavras de Kant, “é o maior despotismo que pode existir”.
Quinta-feira, 3 Março 2016
As crianças não são propriedade do Estado
A vida não é um mar de rosas; mas há pessoas que pensam que pode ser um mar de rosas. ¿E como? Substituindo a responsabilidade do cidadão, literalmente, pela do Estado.
Vou aqui reproduzir as palavras de Jesus Cristo acerca das crianças:
“Se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, seria preferível que lhe suspendessem do pescoço a mó de um moinho e o lançassem nas profundezas do mar.
Ai do mundo, por causa dos escândalos! São inevitáveis, decerto, os escândalos; mas ai do homem por quem vem o escândalo”.
(S. Mateus, 18, 6 – 7)
Quem defende o controlo das crianças por parte do Estado tem uma mentalidade totalitária.
Jesus Cristo viu aquilo que a Inês Pedrosa não vê: os escândalos são inevitáveis; o que importa é reduzi-los ao mínimo, mas é impossível acabar com os escândalos. Mas a minimização dos escândalos só pode ser levada a cabo através da responsabilização do cidadão. Recordemos Kant:
“Um governo que fosse fundado sobre o princípio da benevolência para com o povo — tal o do pai para com os seus filhos, quer dizer, um governo paternal —, onde, por consequência, os sujeitos, tais filhos menores, incapazes de decidir acerca do que lhes é verdadeiramente útil ou nocivo, são obrigados a comportar-se de um modo unicamente passivo, a fim de esperar, apenas do juízo do chefe do Estado, a maneira como devem ser felizes, e unicamente da sua bondade que ele o queira igualmente — um tal governo, digo, é o maior despotismo que se pode conceber.”
O controlo das crianças por parte do Estado e desde tenra idade corresponde ao ideal totalitário espartano (que Rousseau admirava) em oposição ao ideal democrático ateniense. Isto é um facto histórico. Quem defende o controlo das crianças por parte do Estado tem uma mentalidade totalitária.
Quinta-feira, 28 Janeiro 2016
Um exemplo do totalitarismo da União Europeia: o Bloco de Esquerda e George Soros estão de acordo
Muitos “liberais” — no Insurgente, no Blasfémias, etc. — são apoiantes da União Europeia e do Euro, ou seja, vêem na União Europeia um espaço de liberdade, não só na economia como também na política. Se assim fosse, eu também seria apoiante da União Europeia e do Euro, mas a realidade conta-nos uma história diferente.
No vídeo em baixo verificamos a recente criação do Conselho Europeu da Tolerância e da Reconciliação (C.E.T.R.), sob os auspícios da União Europeia. O vídeo está em francês. O que o C.E.T.R. pretende é impôr, de forma coerciva, a tolerância aos cidadãos da União Europeia servindo-se de Directivas transformadas em leis aplicadas em todos os países.
Segundo a União Europeia e o Conselho Europeu da Tolerância e da Reconciliação (C.E.T.R.), o crime de “intolerância verbal” será comparável, em termos penais, à agressão física agravada. Por exemplo, se eu escrever, aqui no blogue, qualquer coisa contra o feminismo, poderei apanhar pena de prisão até cinco anos de cadeia.
Trata-se de uma vigilância oficial dos cidadãos e de organizações privadas — à moda da URSS e do KGB — que são consideradas “intolerantes”. O engraçado é que são esses mesmos “liberais” que dizem que a o KGB ainda existe na Rússia e que a União Europeia é um espaço de liberdade…!
Também é curioso o facto de este tipo de vigilância estatal totalitária do cidadão em nome da “tolerância”, ser defendida simultaneamente pela plutocracia internacional (Bilderberg, etc.) e pela esquerda neomarxista.
Ou seja, George Soros, Rockefeller, por um lado, e Francisco Louçã e Jerónimo de Sousa, por outro lado, estão de acordo em relação àquilo a que eu chamei “sinificação da Europa”.
Está mesmo previsto um programa de reeducação dos cidadãos prevaricadores e recalcitrantes em relação à “tolerância” — semelhante aos programas de reeducação maoístas! ¿Percebem agora por que razão o maoísta Durão Barroso é uma acérrimo apoiante da União Europeia?
O que a União Europeia e o Conselho Europeu da Tolerância e da Reconciliação (C.E.T.R.) pretendem é limitar drasticamente a liberdade de expressão e de opinião, tendo em vista a sinificação da Europa.
Segundo o intelectual liberal suíço Thomas Hürlimann:
“O que a União Europeia pretende é criar o Homem Novo, em que tudo o que é especial no ser humano deve desaparecer, ou seja, o sexo, as crenças religiosas, a cor da pele, etc..
No futuro, apenas será autorizado um estereótipo cinzento da tolerância, ou seja, uma tolerância que se declara universal mas que se inverte e que se transforma em intolerância. E quem assinala hoje esta contradição em termos, arrisca a sua reputação e, dentro de pouco tempo, arriscará mesmo a sua vida. O estereótipo da tolerância vai erradicar, sem apelo, os últimos indivíduos”.
Domingo, 27 Dezembro 2015
As obrigações deontológicas do médico nazi Josef Mengele
O médico nazi Josef Mengele entendia que as suas obrigações deontológicas tinham de ser aferidas com rigor nas estruturas competentes – os serviços do Estado alemão onde ele trabalhava, o Conselho Nacional de Ética e Deontologia Médicas do Estado Nazi, e os tribunais nazis se for caso disso.
Neste sentido, o juramento de Hipócrates foi para Mengele um mero “acto simbólico” que “nada acrescentava ao exercício da medicina no seu tempo”.
Quarta-feira, 16 Abril 2014
O Homem Novo da Esquerda
O Cristianismo, com a acção dos apóstolos de Jesus Cristo e, mais tarde, com a Patrística, anunciou o Homem Novo que era o cristão que se diferenciava dos pagãos. O que separava essencialmente o Homem Novo, ou seja, o cristão, por um lado, do pagão, por outro lado, era a ética. As éticas do cristão e do pagão eram diferentes — e isto para além de todas as considerações religiosas evidentes e das diferenças de mundividência.
Portanto, para o Cristianismo, o Homem Novo era aquele que assumia e interiorizava voluntariamente uma Nova Ética. Naturalmente que esta Nova Ética tinha uma relação estrita e directa com uma nova mundividência que, ao contrário do que parece dizer este papa (porque nunca sabemos exactamente o que ele quer dizer!), não eliminou hierarquias: antes, criou um novo tipo de hierarquia, não já baseada no poder material, mas na autoridade dos dignitários da Igreja que foi deduzida da Autoritas romana. Mas essa autoridade emanava do povo cristão: por exemplo, os bispos eram eleitos pelo povo cristão! (¿você sabia disto?).
O filósofo Mircea Eliade escreveu o seguinte no seu livro “História das Ideias Religiosas” :
“(…) a fé inabalável e a força moral dos cristãos, a sua coragem perante a tortura e a morte, a qual foi admirada mesmo pelos seus maiores adversários (…)
Para todos os desenraizados do império (romano), para as vítimas de alienação cultural e social, a Igreja era a única esperança para alcançar a identidade e encontrar ou reencontrar um sentido para a existência. Visto que não existiam quaisquer barreiras sociais, raciais ou intelectuais, qualquer pessoa podia tornar-se membro desta comunidade optimista e paradoxal, na qual um cidadão poderoso, camareiro do imperador, se prostrava diante de um bispo que tinha sido seu escravo.
Muito provavelmente, nenhuma comunidade na História, nem antes, nem depois, conheceu uma igualdade, uma caridade e um amor entre irmãos tão grandes como aqueles que foram vividos nas comunidades cristãs dos primeiros quatro séculos.”
Essa “igualdade” cristã não significava “ausência de hierarquia”. A igualdade cristã era ontológica, o que não impedia que “um cidadão poderoso, camareiro do imperador, se prostrasse diante de um bispo”.
Em contraponto, para a Esquerda, o Homem Novo parece ser o ser humano biologicamente alterado. Leio aqui o seguinte:
O “homem novo”
Um dos campos onde a ideologia do género começa a ser imposta é nas escolas. Há planos para o efeito em vários países europeus, incluindo Portugal. Mas este é apenas um aspecto. Durante a polémica sobre a introdução da teoria do género no ensino em França, é de notar que o ministro socialista, responsável por essa pasta, afirmou que “o objectivo da educação é arrancar do aluno todos os determinismos, familiar, étnico, social , intelectual…” Assim se vê que o sonho de fabricar o “homem novo” se mantém vivo. Apenas se apresenta sob outras formas.
A construção do Homem Novo da Esquerda tem pouco a ver com a Ética.
Quando o ministro socialista francês, o maçon inveterado Vincent Peillon, defendeu a ideia expressa segundo a qual “o objectivo da educação é arrancar do aluno todos os determinismos, familiar, étnico, social , intelectual…”, já não estamos a falar de ética: estamos antes a falar em separar o ser humano da sua biologia.
Para o marxismo clássico, o Homem Novo era também alguém que contrariava a natureza humana, mas nunca o marxismo clássico chegou ao ponto de negar a própria biologia. Ou seja, a Esquerda actual consegue ser ainda mais radical (no sentido de “eliminação de raízes”) do que o marxismo clássico.
Assim, o Homem Novo, para a actual Esquerda, é um conceito abstracto, é algo que não se pode encontrar de facto na realidade. Quando a Esquerda separa o ser humano, por um lado, da biologia, por outro lado, pretende fazer do ser humano uma abstracção — ou seja, algo que não existe na sociedade concreta e factual. O estatuto de “cidadania” passa a ser abstracto.
O “Homem Novo” da Esquerda não é construído a partir de uma diferenciação cultural com base em fundamentos éticos (como aconteceu com o Cristianismo), mas antes a Esquerda pretende construir esse outro Homem Novo a partir de uma transmutação biológica que consiste na recusa e negação da própria biologia humana. A recusa da biologia humana é já uma espécie de trans-humanismo: colocada face à condição humana, a Esquerda recusa-a terminantemente.
Na medida em que, para a Esquerda, a “diferença” entre os seres humanos é sinónimo de “hierarquia”, então conclui a Esquerda que “a raiz do mal está na diferença” entre os seres humanos — ao contrário do que aconteceu com o Homem Novo do Cristianismo, em que a “igualdade” entre seres humanos era (e é!, ainda) ontológica e as suas diferenças eram consideradas como características intrínsecas da condição humana.
A própria agenda política eugenista da Esquerda (abortos selectivos, etc.) tem algo a ver com a identificação ideológica da Esquerda entre “diferença”, por um lado, e “hierarquia”, por outro lado. Uma criança nascida com uma deficiência é considerada como “um atentado natural à igualdade” entre os homens. E, por isso, a Natureza tem que ser negada no seu todo: “anti-natural, felizmente”, como diz a lésbica militante Isabel Moreira.
O que está a acontecer hoje, com o conceito de “Homem Novo” da Esquerda, é uma ruptura radical com a própria realidade material e ontológica. É uma postura radicalmente anti-científica. É a recusa da realidade (a “Grande Recusa”, de Herbert Marcuse 1). O que a Esquerda está a tentar fazer é induzir a toda a sociedade uma psicose colectiva: pretende transformar o cidadão comum, em geral, em um psicótico, para melhor poder controlar a sociedade e instituir um novo tipo de totalitarismo.
Nota
1.
« Em “Eros e Civilização”, Marcuse sustenta que “a correlação freudiana repressão do instinto / trabalho socialmente útil / civilização” pode, sem se tornar absurda, ser transformada na correlação “libertação do instinto / trabalho socialmente útil / civilização”.
Pareceria, portanto que a libertação do homem não implicaria a abolição do trabalho. A “Grande Recusa” (designação inspirada no Manifesto do Surrealismo proclamado em 1924 por André Breton) consistiria no “protesto contra a repressão supérflua, na luta pela forma definitiva de liberdade — um viver sem angústia” (Ibidem, p. 121).
E a obra inteira tem como objectivo a demonstração de que a “auto-sublimação da sexualidade” destrói o primado da função genital, transforma todo o corpo em órgão erótico e o trabalho em jogo, divertimento ou espectáculo. Com o advento do puro Eros, ficaria destruída “a ordem repressiva da sexualidade procriadora” (ibidem, p. 137).
Mas não ficaria também destruída a capacidade humana de reprodução? »
Trecho retirado do Tomo XIV da “História da Filosofia”, de Nicola Abbagnano , § 865. Como podemos verificar, o conceito abstracto de “Homem Novo” da actual Esquerda é copiado literalmente do marxismo cultural ou utopia negativa.
Sexta-feira, 21 Março 2014
Na União Europeia, a democracia está moribunda
A União Europeia pretende perseguir e meter na cadeia cidadãos considerados “intolerantes”.
Contudo, o conceito de “intolerância” é arbitrário: depende do critério dos ministérios da justiça de cada país. Em princípio, o leviatão europeu pretende perseguir e prender cidadãos que alegadamente defendam “ideologias totalitárias”: trata-se do totalitarismo do leviatão europeu em exercício auto-justificativo, à moda da União Soviética. E é esta União Europeia que vem agora criticar a Rússia…!
A Igreja Católica vai ser obrigada a eliminar as epístolas de S. Paulo — nomeadamente aquelas que nos falam de “passiones ignominiae”, “usum contra naturam” et “turpitudinem operantes” (Romanos 1, 26-27) — , porque, de outra forma, os católicos vão ser metidos na prisão em razão de alegada “intolerância”. Ser católico, nesta União Europeia, já significa que se é um potencial presidiário.
Shopia Kuby, porta-voz da European Dignity Watch, diz que a nova directiva da União Europeia “revela um arquétipo mental totalitário” por parte dos dirigentes da União Europeia. Caso o documento seja adoptado pela União Europeia, diz ela que “pode levar a situações em que acusações vagas e ilegítimas são levantadas contra indivíduos ou grupos sociais”.
Quinta-feira, 13 Fevereiro 2014
O abismo moral da Europa e o Totalitarismo Jurídico
A ética de John Locke pode ser resumida em três pontos essenciais:
1/ O Criador do universo, na sua condição de criador, exerce um poder e um direito de propriedade sobre tudo o que Ele cria.
2/ Os direitos humanos não são mais do que a contrapartida daquilo que a Lei Natural — que decorre dos direitos de propriedade do Criador — impõe ou impede que se faça aos outros.
3/ O útil não é o fundamento da lei jurídica nem a razão pela qual esta obriga, mas antes é a consequência da observância da lei.
No primeiro ponto, qualquer teoria que reclame o “direito à propriedade do meu corpo” é recusada; o corpo não é meu. O aborto e suicídio são faltas, não só à luz da Lei Natural como à luz do Direito Positivo.
No segundo ponto é recusada a ideia segundo a qual os direitos humanos são aquilo que a política de cada espírito do tempo quiser que sejam, e ao sabor das modas.
O terceiro ponto defende a ideia segundo a qual a utilidade decorre do cumprimento da lei e tendo em conta os dois pontos anteriores — e não é a utilidade que fundamenta ou condiciona a feitura das leis: o que é útil é a consequência da existência de leis, mas não é aquilo que é útil que deve ser o critério fundamental de construção do Direito Positivo.
Naturalmente que haverá sempre alguém que pode dizer que “não há prova de que exista um Criador do universo”. Porém, a ausência de prova é apenas uma prova de ausência, e nada mais do que isto; este argumento não é logicamente válido. E, por outro lado, só um estúpido ou um “cientista” actual não concordará que o universo deve ter uma causa; e a essa causa convencionou-se chamar de Criador ou Deus.
Eu, que vivo no século XXI, considero que essas três premissas da ética de John Locke continuam válidas — não porque simpatize necessariamente com elas, mas porque a razão e a lógica me compelem a aceitá-las como válidas. E mesmo que haja por aí alguém que não simpatize com essas três premissas, tratar-se-á de puro gosto pessoal, mas dificilmente poderá argumentar racionalmente contra elas.
Uma coisa é aquilo que eu gosto; e outra coisa, diferente, é aquilo que o raciocínio me obriga a aceitar, mesmo que não gostemos de aceitar essa coisa. Segundo John Locke, e com razão, uma coisa é o direito como regra de acção obrigatória e que é criadora do laço do direito; mas outra coisa diferente é o direito como puro poder de uso ou usufruto. O meu corpo não é meu: apenas tenho o direito de uso ou usufruto do meu corpo.
“Pelo vínculo do direito deve entender-se o vínculo da lei natural segundo o qual todos são obrigados a pagar uma dívida natural, ou seja, a cumprir o dever natural que lhe incumbe em razão da sua natureza própria ou de sofrer a pena em caso de delito.” — John Locke, Essays on the law of nature, VI, 181, Oxford University Press, 1986
O que me espanta, até à incredulidade, é que estas três premissas de John Locke, que fundamentaram o Direito Positivo ocidental até há pouco tempo, estejam a ser colocadas em causa pelo Direito europeu. Desde logo, o Direito Positivo europeu actual coloca o útil como pressuposto da feitura das leis — por exemplo, a recolha de órgãos humanos está na base da lei da eutanásia a “pedido do cliente” da Bélgica e na Holanda. Depois, o Direito Positivo europeu defendido pelo Tribunal Europeu dos “Direitos Humanos” assenta exclusivamente em um critério de liberdade negativa do indivíduo, fazendo de conta que a liberdade positiva não existe — por exemplo, “casamento” gay, adopção de crianças por pares de invertidos, “barriga de aluguer”, procriação medicamente assistida para toda a gente, e outros “direitos” a torto e a direito.
Podemos afirmar, de uma forma objectiva e baseada em factos insofismáveis, que a Europa está em decadência acelerada. Não se trata aqui de pessimismo da minha parte. Não há um fundamento racional para o que se está a passar na Europa em matéria de Direito Positivo. Já não existe uma base lógica e racional para as leis que se fazem na Europa senão um critério de pura utilidade que torna as leis arbitrárias e dependendo apenas e só da moda de cada época.
É perfeitamente racional que possamos supôr que toda e qualquer irracionalidade traduzida em lei passa agora a ser possível na Europa: e essa irracionalidade e arbitrariedade jurídica traduz-se em um Totalitarismo Jurídico — uma nova forma de totalitarismo ou de fascismo.
Quinta-feira, 17 Outubro 2013
Um exemplo da narrativa puritana, falaciosa e totalitária da Esquerda radical
“O Ministério Público iniciou uma investigação a vários altos dirigentes políticos e económicos (é quase o mesmo) angolanos.
Apesar de alguns serem conhecidos por um enriquecimento que nem os cargos públicos que ocupam, nem fortunas de família podem explicar, e que muitos dos seus negócios passam por Portugal, ninguém sabe se estas investigações têm ou não fundamento. Isso, apenas aos magistrados responsáveis por este processo diz respeito.”
E mais adiante, escreve o radical Daniel Oliveira:
“Que não se enganem os angolanos: a razão porque o governo português pede desculpa nada tem a ver com respeito por eles ou pelo seu governo. É pura necessidade. Há um Portugal que precisa do dinheiro dos angolanos. E, movido pela necessidade, quer agradar ao seu ditador e aos que roubam ao seu povo.”
Primeiro, o Daniel Oliveira começa por dizer que “ninguém sabe se estas investigações têm ou não fundamento”, ou seja, ninguém sabe se existem indícios suficientes de crime para sustentar uma acusação.
Mas logo a seguir, o pristino marxista, vetusto totalitário e puritano Daniel Oliveira diz que os portugueses querem “agradar ao ditador” (refere-se a José Eduardo dos Santos, presidente da república de Angola, que foi eleito pelo povo angolano) “e aos que roubam o seu povo”.
Portanto, fiquei sem saber se, afinal, “as investigações” do Ministério Público português, em relação a determinados representantes da ruling class angolana residentes em Portugal, tem, ou não, fundamento — porque os dois raciocínios não podem ser colocados em conjunto sem se cair na falácia lógica da interrogação, por exemplo:
Pergunta o polícia ao cidadão detido: “¿Onde é que escondeste o dinheiro que roubaste?”. O polícia não sabe se o cidadão roubou de facto, mas sempre vai perguntando e acusando-o de um crime, e sem estar fundamentado para fazer essa acusação implícita. O marxismo é isto!