O povo é quem mais ordena! Diz não ao referendo!
Viva a democracia! Rejeita o referendo!
É preciso participação popular nas decisões políticas! Diz não ao referendo!
Chega de ditadura! Referendo, não!
Respigado aqui.
O povo é quem mais ordena! Diz não ao referendo!
Viva a democracia! Rejeita o referendo!
É preciso participação popular nas decisões políticas! Diz não ao referendo!
Chega de ditadura! Referendo, não!
Respigado aqui.
O deputado do CDS/PP, João Almeida, declarou ontem, em uma entrevista de televisão, que o povo português é estúpido e não tem capacidade para responder a um referendo acerca da adopção de crianças por parte de invertidos 1.
Recorde-se que o deputado João Almeida, que se diz de um partido de “inspiração cristã”, é a favor da eliminação da dupla linhagem hereditária (do pai e da mãe) das nossas crianças.
Eu diria que quem é estúpido, em primeiro lugar, é o deputado João Almeida, porque está num partido em relação ao qual desconhece os estatutos; em segundo lugar, é estúpida a direcção do CDS/PP porque não consegue detectar 2 o grupo de “submarinos políticos” que existem no CDS/PP e de que o deputado João Almeida faz parte. E é, de facto, estúpido quem vota no actual CDS/PP (pós-congresso). Penso que vou começar a ir mais vezes ao restaurante “Meta dos Leitões”, na Bairrada.
Enquanto o inarrável João Almeida for candidato pelo CDS/PP ao parlamento, este partido não terá o meu voto.
“Incapacitado” é o pai dele!, e assim nascem bastardos! E nada mais compreensível que um bastardo defender a proliferação dos da sua categoria.
Notas
1. não foi exactamente nestes termos, mas foi o que ele disse por outras palavras
2. talvez por causa das férias no Dubai .
Entre unir os povos da Europa, por um lado, e salvar alguns Bancos, por outro lado, a União Europeia do directório escolheu salvar alguns Bancos.
O semanário “O Diabo” de 1 de Novembro p.p., trouxe um artigo do tenente-coronel Brandão Ferreira com o título “Habilidades Políticas”, em que o autor faz uma crítica impiedosa ao argumento comummente utilizado pela classe política no sentido de não se apurarem responsabilidades criminais dos fautores do actual descalabro financeiro do Estado português.
Qual é o meu espanto, quando vejo ontem no programa da SICn, “Expresso da Meia-noite”, um comentador anaphadus neoliberalis dizer em viva voz que a responsável pela crise financeira portuguesa foi… a democracia! Ou seja, segundo o anaphadus neoliberalis, os políticos são tão culpados do descalabro financeiro do Estado quanto os cidadãos que votaram neles.
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O povo não quis o aborto num determinado referendo? Faz-se outro, e outro, e outro, até que o povo concorde em abortar à fartazana.
Esta forma de convencer o povo da sua mentecapcia é utilizada também na tentativa de modificar a opinião dos irlandeses. O povo irlandês disse “não” ao Tratado de Lisboa num referendo? Faz-se outro, e outro, quantos forem necessários, até que o povo se convença de que é estúpido.
Esta postura do Poder é uma característica da Pós-democracia. Os políticos podem ganhar o jogo, mas não convencem o povo, o que significa que estão derrotados a prazo.
Esta análise no blogue Irish Bulletin é acertada. Do que se trata, quando discutimos o Tratado de Lisboa — e para além da perda de soberania e da humilhante subordinação nacional a interesses inconfessáveis –, é de uma questão de classes sociais. O Tratado de Lisboa transporta no seu bojo uma estratégia neoliberal radical de distanciamento progressivo de rendimentos entre ricos e pobres (países do norte e do sul, do centro e da periferia), com a agravante de tentar legitimar uma crescente injustiça social através da repressão autoritarista sancionada pelos governos que delegam o seu poder na União. O fenómeno irlandês não é isolado.
Those supporting Lisbon are the political and media establishments, the rich in their strictly Anglo-Irish bubble settlements, the pension-proud elderly, the cosmopolitan and those who have excelled in climbing the ladders of the civil service. (…) In one form or another, miserable and Masonic plans for a European superstate have been rejected by the people of Holland, France and now Ireland, and yet still they plot with the cards they still hold. And let’s not be under any illusion here – while the cards they hold are backed by the pokerfaces of the media, the legal and political professions and the world of high finance, as long as right-thinking people exist in large numbers, their foothold is as flimsy as a house of those same cards.O que está em causa é a legitimação de uma elite plutocrata controlada pela maçonaria e a consolidação de uma nomenclatura social que a sustente, à custa de medidas repressoras que mantenham as classes mais baixas controladas através de uma repressão autoritária que se acentuará inexoravelmente, se o Tratado de Lisboa seguir em frente. Por isso, existe, de facto, um paralelismo entre a UE do leviatão e a ex-URSS; uma as diferenças é que o leviatão europeu ainda não está consumado nem consolidado, sendo ainda muito cedo para falarmos na brutalidade de um sistema que ainda não existe — mas os sinais estão todos lá para quem quer ver.
Sou contra uma Europa de cidadãos de primeira, de segunda e de terceira classe. Defendo a realização de uma discussão pública e a realização de um referendo. Se explicarem aos portugueses porque é, com este tratado constitucional, passam a ser cidadãos de segunda classe, o NÃO ganhará – e é disso que os nossos políticos têm medo quando querem recusar o referendo.
Prefiro ser mais pobre mas com dignidade e cabeça levantada, que um pouco menos pobre mas desprezado pela Europa do norte e considerado como cidadão de segunda classe.
Há coisas tão evidentes que nos surpreendem: o novo “quadro comunitário de apoio” (o pilim, o vil metal, a massa, o carcanhol) foi distribuído e publicamente conhecido na véspera do acordo sobre o Tratado Constitucional. Não custava nada disfarçarem a coisa um poucochinho, não é verdade?
As potências europeias, os mais ricos (Alemanha e França) compraram a adesão dos países pobres a um Tratado em que os ricos são os que dispõem e mandam. Do que se trata aqui é da compra da dignidade dos países mais pequenos.
Se mudássemos o nome do nosso Primeiro-ministro para “Presidente-do-Conselho” e mantivéssemos as suas atribuições e competências executivas, estaríamos numa situação de pura semântica política. Mudar o nome de “Ministro dos Negócios Estrangeiros” da União Europeia para “Alto-comissário dos Negócios Estrangeiros”, mantendo as mesmas atribuições e competências previstas no projecto de Constituição de Giscard d’Estaing, é a maior vigarice política a que assistimos desde que Portugal entrou para a CEE. O que se pretende agora é enganar os povos da Europa que já votaram contra a Constituição, dizendo-lhe que isto é um simples Tratado Constitucional, e não uma Constituição (outro exercício de retórica).
Os políticos que estejam contra o referendo são pouco inteligentes, porque estão a dar espaço de manobra para um populismo anti-europeu num futuro que não será longínquo (a partir de 2013).
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