perspectivas

Segunda-feira, 14 Setembro 2020

Em terra de cegos, quem tem um olho é Pacheco Pereira

O António Balbino Caldeira resume aqui (definição  / noção ) o conceito de “Pós-modernismo”: ideologia marxista pós-moderna do politicamente correcto”.


Todos os ideólogos do pós-modernismo — a começar por Derrida e acabando em Foucault — eram marxistas assumidos (embora desiludidos com a experiência soviética). Todos. Mas, no entanto, o José Pacheco Pereira diz que “o marxismo cultural não existe”.

Podemos resumir (grosso modo) a substância ideológica do pós-modernismo em três factores essenciais (segundo o marxista Derrida):

  • não há Verdade (no universo = negação da ciência);
  • não há Sentido (na vida = negação da metafísica);
  • não há Certezas (= negação de uma ética universal).

Ora, a utopia negativa (ou marxismo cultural) foi a base ideológica que fundamentou o pós-modernismo — ou seja, o marxismo cultural (ou Escola de Frankfurt) está epistemológica- e inexoravelmente ligado ao pós-modernismo.

Quando o marxista José Pacheco Pereira diz que “o marxismo cultural não existe”, ou é burro, ou convém-lhe afirmar que “o diabo não existe”. A afirmação da inexistência do diabo é muito conveniente… para o próprio diabo.

De qualquer modo, parece-me evidente que, em terra de cegos, quem tem um olho é Pacheco Pereira.

JPP-ZAROLHO

Quinta-feira, 2 Julho 2020

A revolução pequeno-burguesa no seu melhor

Filed under: marxismo,marxismo cultural — O. Braga @ 10:31 am
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Tal como aconteceu em Maio de 68 em Paris, agora nos Estados Unidos, os filhos da burguesia atiram pedras aos filhos dos proletários.

Sábado, 2 Janeiro 2010

A esquerda trabalha para o desaparecimento de Portugal

Em 223 países do mundo, Portugal ocupa o lugar 187 na taxa de fertilidade (1,49 crianças por mulher). Por exemplo, Cabo Verde ocupa o lugar 69, com uma taxa de 3,07. A taxa mundial média é de 2,58 crianças por mulher, o que significa que a taxa de fertilidade da população mundial está um pouco acima da taxa de reposição (2,1 crianças por mulher). O que acontece é que países como Portugal estão a sacrificar a sua existência no futuro para que outros países possam garantir a sua continuação histórica ― os políticos portugueses de esquerda trabalham activamente para o desaparecimento de Portugal.

Na Europa, e para além da Albânia com 70% de população islâmica e com uma taxa de 2,1 ― surge em segundo lugar a França com uma taxa de fertilidade de 1,98 mas não devemos esquecer o crescimento geométrico da população islâmica imigrante nesse país. A Irlanda católica e sem lei do aborto surge com uma taxa de 1,85 e é o terceiro país europeu com maior taxa de fertilidade por mulher. Se considerarmos a Alemanha com 1,41, ou a Itália com 1,31, a Espanha com 1,31, e a Inglaterra com 1,66, a Polónia com 1,26 ― e só para falar nos países europeus mais populosos, apercebemo-nos de que a Europa pós-modernista e pós-cristã caminha rapidamente para o seu fim.

O que determina a taxa de reposição demográfica — e para além dos incentivos estatais concretos à natalidade e maternidade — é a cultura, em grande parte propagandeada pelos me®dia; e mesmo nos países europeus governados pela direita política, a cultura já foi envenenada pelo niilismo das ideias de esquerda (marxismo cultural ou o politicamente correcto). O feminismo e o gayzismo são as armas ideológicas da esquerda neomarxista e niilista que já contaminaram a direita dita “moderada”, como é o nosso PSD.

Sexta-feira, 25 Dezembro 2009

José Rodrigues dos Santos, a peste negra e a ciência

Na entrevista dada recentemente por José Rodrigues dos Santos ao Milton (ou Nilton?) no seu programa da RTP2, JRS falou na peste negra medieval correlacionada com o alegado facto de o homem medieval recorrer às escrituras religiosas para explicar o mundo. (more…)

Domingo, 30 Agosto 2009

O Positivismo e a Razão

Chamo a vossa atenção para este texto que vale a pena ler. Contudo, não deixaria de fazer ressaltar algumas ideias do texto com as quais não estou em total acordo:
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Quinta-feira, 7 Agosto 2008

O Neomodernismo

O Neomodernismo é a teoria que diz que o relativismo (de valores, cultural, etc.) e a igualdade, são contraditórios, ou seja, é uma teoria que atravessa a garganta do Bloco de Esquerda.

Carlos Escudé

Um dos principais propagandistas do Neomodernismo é o Sr. Carlos Escudé cujos escritos poderão consultar na Internet.

Em termos gerais e simplistas podemos dizer que o “Fim-da- História” de Karl Marx marca o Modernismo; o Existencialismo marca o pós-modernismo que terminou com o “Fim-da- História” do neoliberal Fukuyama.

Com o pós-modernismo apareceu o relativismo dos valores escorado numa forma decadente do marxismo económico ― o marxismo cultural ― que caracterizaram a esquerda dos anos 60, e principalmente dos anos 70 e 80, mas também dos anos 90 do século XX.

Com o relativismo, surgiu o multiculturalismo, que é a crença de que todas as culturas são “iguais ao litro”; para o multiculturalismo, é tão boa uma cultura que respeita os direitos humanos como outra que não respeita, porque segundo o multiculturalismo (de origem marxista cultural), a culpa de uma cultura não respeitar os direitos humanos é sempre de uma outra cultura qualquer, estabelecendo sempre um nexo irracional de causa e efeito. O multiculturalismo introduziu na lógica da avaliação cultural a vitimização histórica herdada da luta de classes do marxismo antropológico.

Portanto, o Neomodernismo refuta o relativismo de valores e é adversário dos Desconstrutivismo (Derrida & Cia Lda). A desconstrução da linguagem é criticada pelos neomodernistas.

Sob o ponto de vista ético-moral, o Neomodernismo defende uma solução de compromisso entre a contemporaneidade e a herança histórico-cultural da sociedade.

O Neomodernismo é distinto do Neoliberalismo, desde logo porque o Neomodernismo defende a igualdade de direitos essenciais entre os seres humanos, enquanto que o Neoliberalismo é uma teoria pós-moderna que, como tal, se baseia na ideia nietzscheana da “Vontade de Poder” (nem que seja à custa do desgraçado). Sendo o Neoliberalismo parte do pós-modernismo, está em antagonismo com o Neomodernismo que se baseia na “Vontade da Verdade” (estes pequenos clichés ajudam a entender a coisa).

O Neomodernismo não é absolutamente defensor de um Estado laico, desde que a teocracia seja votada livremente pelo povo e não imposta pela força. Contudo, o Neomodernismo retoma o “choque de civilizações” de Huntington e critica ferozmente as teocracias islâmicas totalitárias, na forma e na essência (segregação da mulher, exclusivismo religioso, etc.)

Quinta-feira, 18 Outubro 2007

A Guerra de África

“Dois excessos: excluir a Razão, admitir apenas a Razão.” – Blaise Pascal

Vou aqui referir-me ao documentário que a RTP exibe sobre a “Guerra de África”, ou a “Guerra Colonial”, aka “Guerra do Ultramar”, aka “Guerra da Independência”, aka “Guerra de Libertação Nacional”, coordenado pelo jornalista Joaquim Furtado, relacionando-o com uma citação de Francisco Noa no seu livro “Império, Mito e Miopia” (Moçambique como invenção literária), sobre a literatura produzida em Moçambique durante a Era colonial:

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