O Neomodernismo é a teoria que diz que o relativismo (de valores, cultural, etc.) e a igualdade, são contraditórios, ou seja, é uma teoria que atravessa a garganta do Bloco de Esquerda.

Carlos Escudé
Um dos principais propagandistas do Neomodernismo é o Sr. Carlos Escudé cujos escritos poderão consultar na Internet.
Em termos gerais e simplistas podemos dizer que o “Fim-da- História” de Karl Marx marca o Modernismo; o Existencialismo marca o pós-modernismo que terminou com o “Fim-da- História” do neoliberal Fukuyama.
Com o pós-modernismo apareceu o relativismo dos valores escorado numa forma decadente do marxismo económico ― o marxismo cultural ― que caracterizaram a esquerda dos anos 60, e principalmente dos anos 70 e 80, mas também dos anos 90 do século XX.
Com o relativismo, surgiu o multiculturalismo, que é a crença de que todas as culturas são “iguais ao litro”; para o multiculturalismo, é tão boa uma cultura que respeita os direitos humanos como outra que não respeita, porque segundo o multiculturalismo (de origem marxista cultural), a culpa de uma cultura não respeitar os direitos humanos é sempre de uma outra cultura qualquer, estabelecendo sempre um nexo irracional de causa e efeito. O multiculturalismo introduziu na lógica da avaliação cultural a vitimização histórica herdada da luta de classes do marxismo antropológico.
Portanto, o Neomodernismo refuta o relativismo de valores e é adversário dos Desconstrutivismo (Derrida & Cia Lda). A desconstrução da linguagem é criticada pelos neomodernistas.
Sob o ponto de vista ético-moral, o Neomodernismo defende uma solução de compromisso entre a contemporaneidade e a herança histórico-cultural da sociedade.
O Neomodernismo é distinto do Neoliberalismo, desde logo porque o Neomodernismo defende a igualdade de direitos essenciais entre os seres humanos, enquanto que o Neoliberalismo é uma teoria pós-moderna que, como tal, se baseia na ideia nietzscheana da “Vontade de Poder” (nem que seja à custa do desgraçado). Sendo o Neoliberalismo parte do pós-modernismo, está em antagonismo com o Neomodernismo que se baseia na “Vontade da Verdade” (estes pequenos clichés ajudam a entender a coisa).
O Neomodernismo não é absolutamente defensor de um Estado laico, desde que a teocracia seja votada livremente pelo povo e não imposta pela força. Contudo, o Neomodernismo retoma o “choque de civilizações” de Huntington e critica ferozmente as teocracias islâmicas totalitárias, na forma e na essência (segregação da mulher, exclusivismo religioso, etc.)
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