perspectivas

Sábado, 19 Abril 2014

¿A Suíça é um Estado socialista?!

 

nacionalismo webNa Suíça, vai acontecer brevemente um referendo para aprovar um salário mínimo nacional 25 Euros / hora. A julgar pela ideologia neoliberal de Passos Coelho e, por exemplo, dos blogues Corta-fitas ou do Blasfémias, a Suíça é um país socialista!.

Há um fenómeno social e político que os “liberais” de pacotilha da nossa praça não compreendem: o nacionalismo.

A Suíça é nacionalista, e por isso é que restringe a imigração, controla as importações, faz aumentar a influência da classe média na economia, e mantém assim a coesão social. Aliás, o que nos valeu, nesta crise económica, foi o nacionalismo que é intrínseco ao povo português, e à revelia dos estúpidos que controlam este país.

Para a “tropa” do PSD do Pernalonga, falar-lhes em “nacionalismo” é como tentar explicar a um analfabeto o que é um soneto decassilábico.

Terça-feira, 8 Abril 2014

O P.S.D de Passos Coelho e a versão oficiosa acerca do salário mínimo

 

No tempo da URSS, o Partido Comunista dizia que esse país era o “sol do mundo”. Hoje, o Partido Social Democrata de Passos Coelho diz que a Alemanha de Angela Merkel é a “luz do universo”. Mas este Partido Social Democrata consegue ser mais merkeliano que a própria Angela Merkel — como os comunistas conseguem ser mais marxistas que o próprio Karl Marx: agora que a Alemanha já tem um salário mínimo nacional (de 8,50 Euros / Hora!), a bovinotecnia coelhista sai da lura para defender que não deve haver aumento do salário mínimo nacional. E vejamos os argumentos (o verbete foi apagado pelo seu autor, tamanho era o absurdo).

«Sátão, Aguiar da Beira, Sernancelhe, Fornos de Algodres, Paços de Ferreira, Lousada, Ourique, Góis, Mondim de Basto, Vimioso, Vila de Rei, Felgueiras, Vizela, Celorico da Beira, Boticas, Barrancos, Sousel, Vila Nova de Paiva, Cinfães, Alandroal, Fafe, São Pedro do Sul, Tábua, Vinhais, Marvão, Cabeceiras de Basto, Penamacor, Oleiros, Freixo de Espada à Cinta, Arronches, Sabugal, Ponte de Lima, Pampilhosa da Serra, Castro Daire, Mesão Frio, Almodôvar, Almeida, Sardoal, Alfândega da Fé, Moimenta da Beira, Crato, Meda, Valpaços, Armamar, Paredes de Coura, Alviázere e Santa Marta de Penaguião. São os municípios que, de acordo com números de 2011, têm diferença entre o salário mínimo nacional e a remuneração base média mensal superior a –160.

O Bloco quer um salário mínimo de 545€. Isto corresponde a um aumento superior a 12%. Nos municípios apontados significaria um aumento de desemprego verdadeiramente brutal: o efeito de um aumento de salário mínimo no município de Lisboa não é particularmente relevante para o desemprego mas, em regiões cujos salários médios estão perto do salário mínimo, significa uma destruição cega pelo centralismo socializante-controlador.»

os brioches da bovinotecnicaEste raciocínio tem diversas anormalidades, mas só me vou reter em algumas.

1/ defende a ideia segundo a qual deve existir em Portugal realidades estatutárias de cidadania conforme se vive em Lisboa ou na “província”. Ou seja, “Portugal é Lisboa e o resto é paisagem”. Deve haver um salário mínimo lisboeta e nenhum salário mínimo para a “paisagem”.

2/ defende a ideia segundo a qual uma empresa que não pode ou não quer pagar o salário mínimo deve continuar no mercado a competir com aquelas empresas que o pagam (de Lisboa ou não).

3/ defende a ideia segundo a qual um cidadão que trabalhe pode viver em Portugal com 300 Euros mensais.

4/ defende a ideia segundo a qual é legal pagar menos do que o salário mínimo.

5/ defende a ideia segundo a qual o ideal seria que uma pessoa trabalhasse sem receber qualquer salário, para que o desemprego fosse debelado. O problema da economia portuguesa está nos salários: se os portugueses ganharem menos do que os chineses, a economia salva-se.

Sábado, 22 Março 2014

A pastelaria Versalhes, os passos perdidos e os Bilderbergers

Filed under: Política,Portugal — O. Braga @ 5:52 am
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De facto, vendo bem, se o Manifesto dos 70  foi escrito na pastelaria Versalhes, então não pode ter razão.

Se o Manifesto fosse escrito, por exemplo, na pastelaria Moinho de Vento e com uns pastéis de Belém à mistura, ou no recato de um escritório de advogados — daqueles que também escreveram os contratos chorudos das PPP (Parcerias Público-privadas) ao serviço da Banca —, então talvez o Manifesto tivesse alguma razão de ser.

O dono do semanário Expresso (e representante Bilderberger em Portugal) afirmou um dia, numa entrevista na SICn (que também é dele), que “se Portugal tivesse metade da sua população actual não teria problemas económicos”. Eu vi e ouvi! ¿E não é que, por milagre, a população portuguesa tende reduzir drasticamente?! “Yo no creo en brujas, pero que las hay, ¡las hay!”

Portanto, o que se escreve no Expresso traduz, mais ou menos, a voz do dono. E quando o dono não presta, tanto faz o que se escreve no semanário Expresso como o que se escreve no jornal Avante.

O blogue “Porta da Loja” escreve escorreito sobre a área do Direito, mas em quase tudo o resto é uma nódoa. Aliás, este artigo do “Porta da Loja” poderia ter sido escrito por um blogue com o nome “Dentro da Loja”. Defender a ideia segundo a qual o Francisco Louçã, sozinho, conseguiu arrebanhar 74 docentes universitários internacionais de nomeada — não lembra ao careca! E mais grave do que a imaginação do careca é as pessoas acreditarem naquilo que se escreve no “Dentro da Loja”.

Muita gente vai chorar baba e ranho, mas o Partido Social Democrata de Passos Coelho e de Miguel Relvas tem que sair.

Este Partido Social Democrata, o de Passos Coelho, está a fazer muito mal ao país. Há que arranjar outro líder e outra linha política para o Partido Social Democrata — uma linha política que defenda os interesses nacionais. Os erros de José Sócrates foram muito graves, mas não justificam a submissão canina deste Partido Social Democrata de Passos Coelho, que consegue, assim, vender cargos internacionais, por exemplo, para o Gaspar e para o António Arnaut. E outros se seguirão.

o-grande-lider-web

Sábado, 15 Março 2014

Deputados do Partido Social Democrata que votaram a favor da adopção de crianças por pares de invertidos

 

Para memória futura:

Teresa Leal Coelho (15), Miguel Frasquilho (14), Luís Menezes (1), Francisca Almeida (5), Nuno Encarnação (13), Mónica Ferro (12), Cristóvão Norte (2), Ana Oliveira (3), Ângela Guerra (11), Paula Cardoso (9), Joana Barata Lopes (4), Pedro Pinto (8), Sérgio Azevedo (10), Odete Silva (7) e Gabriel Corte-Real Goucha (6).

Conceição Caldeira e Maria José Castelo Branco abstiveram-se.

a quinta coluna do psd

Quinta-feira, 13 Março 2014

As leis laborais bovinotécnicas e blasfemas

Filed under: Tirem-me deste filme — O. Braga @ 8:46 pm
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a sociedade ideal blasfema

Trabalho em troca de comida. E não digam que vêm daqui!

O critério bovinotécnico para a reestruturação da dívida pública portuguesa

 

O blogue Blasfémias faz depender a reestruturação da dívida pública das condições de manutenção das infraestruturas do país, quando publica esta imagem abaixo:

manifesto-70

Vejamos agora outra imagem (desta vez, da minha lavra):

a divida e as intraestruturas web

Em uma situação de infraestruturas de luxo e pedintes em massa, a lógica do blogue Blasfémias também é aplicável. Quando não são as pessoas que contam, mas antes são as infraestruturas que nos merecem atenção, por um lado, e por outro lado a cidadania transforma-se em um conceito abstracto, isso significa que Passos Coelho tem que sair, já, e a toque de caixa.

Quinta-feira, 27 Fevereiro 2014

O maçon inveterado e corrupto Luís Montenegro está contra a suspensão do Acordo Ortográfico

 

O problema do Partido Social Democrata é o da influência da maçonaria corrupta no partido. O Partido Social Democrata é hoje mais vulnerável à corrupção maçónica do que o Partido Socialista. Quando a maçonaria constitui uma força política não-democrática formidável, e simultaneamente torna-se profundamente corrupta, pode levar um país inteiro à degradação moral, cultural e civilizacional.

luis montenegro acordo ortografico

Domingo, 23 Fevereiro 2014

A palhaçada da política-espectáculo

Filed under: A vida custa,Esta gente vota — O. Braga @ 9:04 am
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Durante o fim-de-semana, as notícias nos canais de televisão por cabo não fizeram outra coisa senão directos do congresso do Partido Social Democrata. Parecia que o mundo tinha parado. Lembrei-me do asco de José Pacheco Pereira em relação ao futebol na televisão, e pensei: que venha o futebol!, em vez do absurdo de termos pelo menos três canais de notícias a transmitir ininterruptamente a política-espectáculo!

Os burros da política-espectáculo pensam que os me®dia metem a política pela cabeça dos cidadãos adentro. Mas o efeito é contrário: a indiferença. De tanto exagero só pode resultar a fuga do cidadão em relação à política. Podem transmitir 24 horas por dia durante meses a política-espectáculo do Partido Social Democrata de Passos Coelho, que quanto mais exagero, mais o tiro lhes sai pela culatra.

Existem hoje, em Portugal, duas realidades distintas uma da outra: a realidade vista pela classe política, e a realidade propriamente dita em que vive o povo real. E parece-me que estas duas realidades tendem a separar-se ainda mais. E não é a política-espectáculo que vai evitar essa tendência para o divórcio entre a classe política e o povo. A classe política ainda não percebeu que o povo português não é o mesmo de há uma dezena de anos.

Quarta-feira, 5 Fevereiro 2014

Os deputados do Partido Social Democrata no parlamento europeu votaram a favor do Relatório Lunacek

 

votos relatorio lunacekTorna-se difícil votar numa coligação entre o Partido Social Democrata e o CDS/PP para as eleições próximas para o parlamento europeu: os deputados do Partido Social Democrata votaram a favor do Relatório Lunacek, ao passo que os deputados do CDS/PP votaram contra.

Ou seja, em termos de Ética, o Partido Social Democrata e o Bloco de Esquerda, ou o Partido Socialista, por exemplo, são partidos semelhantes: a única coisa que os separa é a visão sobre a economia (o que é muito pouco, e coloca o Partido Social Democrata em um processo de dissolução, a médio/longo prazo).

O Partido Social Democrata de Passos Coelho imita o sincretismo político do Partido Socialista de José Sócrates — a tentativa de conciliar, na sua ética política, posições contraditórias e mesmo antitéticas. Mas a verdade é que não é possível defender o capitalismo sem uma visão clara do que significa a família tradicional, natural.

Nenhum cristão propriamente dito pode votar neste Partido Social Democrata sem colocar em causa princípios éticos fundamentais.

Quarta-feira, 11 Dezembro 2013

Nuno Melo contraria a Lei de O’Sullivan

 

A Direita tem que começar a aprender uma coisa: tem que ser Direita, e não deve ser Não-esquerda. Pertencer à Não-esquerda não é a mesma coisa que ser de Direita. Ser da Direita não é ceder sistematicamente ao nacional-porreirismo e submeter-se à Lei de O’Sullivan. Por causa da Lei de O’Sullivan é que a Marine Le Pen está hoje mais perto do Poder em França.

Uma Direita forte nos princípios e decidida no combate à esquerda radical (passe-se a redundância, porque qualquer movimento político influenciado pelo marxismo é sempre radical) é a melhor forma de evitar o surgimento de movimentos revolucionários de sinal oposto, como acontece hoje em França, na Grécia, na Holanda, e em outros países da Europa.

Desta feita, Nuno Melo esteve bem: diplomaticamente, mandou a Edite Estrela à bardamerda — a propósito do famigerado “Relatório Estrela” que pretendia transformar o aborto em um “direito humano” — como se o acto de abortar um ser humano potencial e com potencialidades fosse, em si mesmo, um direito.

A propósito do “Relatório Estrela”, e no seguimento de emails que enviei a deputados europeus portugueses, tanto do Partido Social Democrata como do CDS/PP, recebi algumas respostas contrastantes dos dois partidos, o que revela bem as diferenças fundamentais entre eles.

Por exemplo, um email que recebi da deputada europeia do Partido Social Democrata, Regina Bastos1, que aparentemente fundamenta o “chumbo” da do “Relatório Estrela” apenas baseando-se no princípio da subsidiariedade; e, em contraponto, um email do deputado do CDS/PP, Diogo Feio2, que fundamenta a sua decisão negativa em princípios éticos claros e fundamentais. É esta a razão por que nunca mais votarei no Partido Social Democrata: José Pacheco Pereira tem razão: o Partido Social Democrata é um partido da Não-esquerda e faz parte do nacional-porreirismo.

É preciso fazer crescer o CDS/PP para se evitar uma possível “lepenização” em Portugal.

Notas
1. Regina Bastos.pdf
2. Diogo Feio.pdf

Sexta-feira, 6 Dezembro 2013

Partido Socialista e Partido Social Democrata: especialistas em estimulação contraditória e dissonância cognitiva

 

“Sociais-democratas entregaram ontem uma proposta que prevê prisão até dois anos para maus-tratos e até seis meses para quem abandone animais de companhia”

Um exemplo de estimulação contraditória que provoca uma dissonância cognitiva transversal a toda a sociedade: ao mesmo tempo que criminalizam o abandono de animais, os partidos políticos descriminalizam o aborto e tornam-no gratuito.

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Domingo, 27 Outubro 2013

O Partido Social Democrata é um partido revolucionário

 

«A cena política da semana foi a do referendo sobre a adopção homossexual, último coelho tirado da cartola (agora pela JSD) para, uma vez mais, evitar decidir o assunto. Que a adopção homossexual fosse instituída em Portugal, na modalidade da co-adopção, e ainda por cima num quadro parlamentar em que PSD e CDS dispõem de uma folgada maioria de 34 votos sobre o conjunto da esquerda, é coisa que ninguém entenderia.

O PSD tem que deixar-se de curvas e contracurvas e assumir claramente as suas responsabilidades políticas. Não pode continuar a arrastar esta coisa, alternando com uma conhecida ala do PS o protagonismo do disparate no teatro das diversões. Em Julho, quando a questão podia e devia ter ficado decidida, empurrou um primeiro adiamento. E, agora, inventou a hipótese de um referendo, que a todos nos cobriria de ridículo e de embaraço. Se, nesta altura de Orçamento, troika e dificuldades, decidíssemos convocar um referendo sobre adopção homossexual e não aparecessem multidões a apedrejar São Bento, é porque seremos, na verdade, um país de brandos costumes.»

José Ribeiro e Castro:  "Vaudeville" parlamentar: ora agora adopto eu, ora agora adoptas tu…

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