perspectivas

Quarta-feira, 12 Março 2008

Todos ganharam

Luís Fernando Veríssimo incorre num erro grave: o darwinismo é, essencialmente, uma teoria (do grego “theoria”, contemplação) que logrou colmatar algumas das lacunas endógenas mas que continua com um eterno “missing-link”. Naturalmente que, como teoria, é aplicável – embora com muitas reservas aqui e ali – à evolução das espécies, mas daí a transformar-se o darwinismo numa teoria que explica a origem do universo (segundo Dawkins), é um absurdo. Desde logo, a própria teoria do Big Bang contradiz o princípio darwinista de evolução universal, porque o Big Bang (segundo Hawking) não tem uma causalidade cognoscível.
Note-se que a crítica à santidade do darwinismo não legitima o apoio ao criacionismo bíblico, quanto mais não seja para que não se incorra no erro de Veríssimo. A crítica ao solipsismo criacionista não pode justificar a criação de um solipsismo darwinista. Ademais, o criacionismo bíblico nem merece crítica porque se trata de simbologia pura; só podemos criticar (no sentido analítico) o que é racional, e na medida em que o darwinismo se arroga acima de qualquer crítica, irracionaliza-se.
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