Os avaliadores existem para avaliar, e por isso não têm que ser avaliados. A lógica é a mesma da polícia num país totalitário: “A polícia protege o cidadão!” — mas ninguém protege o cidadão em relação à polícia. Com os avaliadores é a mesma coisa: avaliar um avaliador seria colocar em causa a sua razão de ser. Na tentativa de realizar a utopia da epopeia da revolução burguesa, o avaliador é o inquisidor actual; é o interprete plenipotenciário dos símbolos da hipostasia da realidade.