
Quando os socialistas espanhóis atribuíram os direitos humanos aos símios ― na esteira da filosofia do biólogo bioético Peter Singer ― não o fizeram para salvar as espécies da extinção, porque se fosse esse o caso teriam outras ideias mais práticas e consentâneas com a acção necessária para impedir a extinção do gorila ou do chimpanzé. A ideia socialista (e neoliberal) é tentar mudar a agulha ética e moral do Ocidente, e partir daí, tentar impôr coercivamente a exclusividade uma visão materialista do Ser Humano, não só na Europa como no resto do mundo.
Com o darwinismo, os genes de qualquer animal passaram a ter a suprema importância. No que respeita ao ser humano, os genes passam a ser “sempre diferentes”, e as almas passam a ser “todas iguais”. Criou-se, a partir daí, um novo conceito de “igualdade” no que respeita à ética aplicada ao ser humano entendido como “indivíduo”, ao mesmo tempo que se impõe uma “desigualdade” baseada na genética. Em resultado desta ideia que o darwinismo trouxe consigo, os primeiros evolucionistas eram manifestamente racistas, como faz prova toda a História do materialismo filosófico do século 20, que inclui ideologias como o nacional-socialismo que adoptou claramente o evolucionismo darwinista para defender a ideia da superioridade da raça ariana. Muita gente que se diz “socialista” hoje não faz a ideia de que faz parte de um movimento político e ideológico que herdou o evolucionismo como matriz filosófica e ideológica.
O problema do neodarwinismo é que ainda nenhum evolucionista conseguiu explicar como é que o humor, a matemática, a filosofia e o saber em geral poderão ser produto da evolução natural, quando os nossos antepassados na árvore genealógica da evolução não tinham necessidade de nenhumas dessas capacidades humanas, sendo que, segundo o evolucionismo, é a necessidade que faz a selecção genética e impõe as mutações genéticas.
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