A maior contradição da ‘nova direita libertária radical europeia’ é a de que ao mesmo tempo que é contra o multiculturalismo e defende a expulsão dos imigrantes islâmicos da Europa, não aponta soluções para a diminuição da população indígena europeia, uma vez que o seu ateísmo está ligado ao utilitarismo exacerbado, ao hedonismo e ao abortismo sistémico.
Quando nos chegam ecos da chamada “nova direita europeia” ― e não me refiro a Le Pen ou ao falecido Haider, porque estes até são coerentes com as suas doutrinas respectivas ― representada por personagens como Filip Dewinter e/ou Geert Wilders, é necessário avisar as pessoas que estes novos políticos não pertencem à direita conservadora, mas antes a uma direita libertária radical, e tão radical que a própria defesa do Libertarismo justifica na sua (deles) óptica a repressão e a opressão sobre a sociedade. Trata-se de um fenómeno político realmente novo na Europa, através do qual a defesa da liberdade justifica a restrição da liberdade.

Filip Dewinter
Uma das características da nova direita libertária radical europeia é a adopção do método dialéctico que até agora era uma característica exclusiva dos partidos marxistas. Dou o exemplo de Filip Dewinter: toda a sua família foi perseguida pelos nazis, antes e durante a II Guerra Mundial; no entanto, Dewinter fez questão de visitar em 1988 o cemitério de Lommel para prestar homenagem aos 40.000 soldados da Wehrmacht que aí estão sepultados, e fazendo-se acompanhar pelo conhecido neo-nazi Bert Eriksson. Simultaneamente, Dewinter apoia Israel contra o mundo islâmico.
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