perspectivas

Quarta-feira, 26 Fevereiro 2014

Tribunal Constitucional alemão reprova co-adopção de crianças por pares de invertidos

 

“The Constitutional Court in Karlsruhe on Friday dismissed on procedural grounds a request from a Berlin district court to rule on whether gay couples living in a registered civil partnership could adopt children.”

O Tribunal Constitucional alemão reprovou a co-adopção (ou “adopção sucessiva”) de crianças por pares de invertidos. Mas isto é na Alemanha!: em Portugal, a “direita” de Passos Coelho não se diferencia do Bloco de Esquerda. Os deputados do Partido Social Democrata são, em geral, uma vergonha!

Quinta-feira, 6 Fevereiro 2014

A União Europeia das engenharias sociais

 

“No sabemos lo que nos pasa, y eso es lo que pasa.” — Ortega y Gasset

Para as elites actuais, Ortega y Gasset foi uma espécie de burro; ao contrário do filósofo espanhol, as elites actuais não se consideram cegas, como estavam seguramente cegas as elites de 1937 a 1939. Não lhes passa pela cabeça que não sejam outra coisa que uma plêiade de iluminados prenhes de certezas. E é nisto que a História se repete: a memória dos povos é curta e as elites cometem sempre o mesmo tipo de erros, convencidos de que “sabem o que se passa”.

manif pour tousAs engenharias sociais que separam o homem, por um lado, da Natureza, por outro lado (e através da substituição da Ética pelo Direito Positivo), são produtos de convicções firmes das elites que destroem qualquer informação que as desminta — porque as elites têm a certeza de que “sabem o que se passa”. Como aconteceu na década de 1930, estamos hoje entregues a gente que tem a certeza absoluta da rectitude da sua acção política, e muitas vezes à revelia da vontade dos povos que nelas delegou o Poder através do voto.

Não adianta que os filósofos chamem à atenção para a necessidade de prudência na política: em vez disso, as elites tratam de erradicar a filosofia do ensino oficial, cortando o mal pela raiz — porque pensar é perigoso!; e porque as ideologias fazem explodir a razão e a informação, na medida em que a informação é endogenamente inimiga das ideologias. Tal como na década de 1930, hoje não há lugar para quaisquer dúvidas senão aquelas que incomodam as elites. Como dizia Lenine: “Os factos são teimosos”. E como os factos são teimosos, as elites que temos tratam de eliminar os “factos que teimam” em não se adequar à realidade delirante e psicótica por elas construída.

Voltamos ciclicamente à estaca zero. Todos os ensinamentos que retiramos do horror de uma época pretérita são esquecidos na época seguinte em nome de uma nova crença na possibilidade de um paraíso na Terra. O que muda é apenas a noção de “paraíso”, própria da moda coeva.

¿François Hollande tem legitimidade política para fazer o que está a fazer em França, acolitado pela elite maçónica e jacobina? É claro que não tem essa legitimidade. Mas faz o que faz, em nome do conceito abstracto de “Vontade Geral“. Ele não foi eleito para criar um clima de terror cultural no seu país, mas não hesitou um segundo em optar pelo terrorismo em relação à cultura antropológica do seu povo. Estamos todos a lidar com gente muito perigosa.


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Domingo, 8 Setembro 2013

A escola pública versus escola privada

Esta imagem (em baixo) tem circulado pelo FaceBook.

escola-publica-500-web.jpg

O problema é que a escola pública transformou-se em um laboratório de engenharias sociais radicais. Os meus filhos frequentaram sempre a escola pública, mas se fosse hoje, eu pensaria duas vezes antes de os enviar para lá. Os professores da escola pública também são responsáveis, porque têm ficado calados – e a maioria deles até concorda! – em relação a essas engenharias sociais.

Como escreveu Hannah Arendt (“A Crise da Cultura“) – e eu estou, neste particular, absoluta e totalmente de acordo com ela! – a escola é pré-política, e a educação deve ser conservadora, autoritária e protectora. Ao contrário do que defendeu Hannah Arendt, a escola pública portuguesa é hoje não-directiva, liberal e mesmo permissiva.

Se continuarmos com a Esquerda radical a controlar a escola pública, ainda vamos ver programas de educação sexual que ensinam às crianças que a pedofilia é normal. E se juntarmos, à Esquerda radical, a Esquerda maçónica (o Partido Socialista), temos aqui um caldo de cultura política que assusta qualquer mente bem informada e enformada.

Neste contexto cultural, não posso apoiar a escola pública. Mas o contexto pode mudar, caso a educação na escola pública seja conservadora, autoritária e protectora – como defendeu Hannah Arendt, que, aliás, de “conservadora” não tinha nada: ela limitou-se a reconhecer (honestamente) um facto.

Domingo, 2 Junho 2013

Os desígnios do lóbi político invertido e da teoria de género: dinamitar a ordem biológica

 

lobotomia-satanica-web

Pour les lobbies homosexuels et les promoteurs de la théorie du genre qui font cause commune pour dissocier corps sexué, procréation et orientation sexuelle, la technologie des cellules souches reprogrammées serait l’occasion rêvée de dynamiter l’« ordre biologique » à la base du modèle procréatif classique et d’affranchir la filiation de toute référence à l’altérité sexuelle.

En se servant de l’artifice des cellules iPS – ce qui conduit à détourner l’objet même de cette invention scientifique qui est celui de soigner des malades en évitant le recours à la recherche sur l’embryon -, on aboutirait à ce que la reproduction humaine elle-même devienne en quelque sorte asexuée. Deux femmes ou deux hommes pourraient « se reproduire » génétiquement.

Fabriquer artificiellement un enfant à partir de deux adultes de même sexe via les iPS ne serait finalement que l’aboutissement logique du projet constructiviste du mouvement « homosexuel » et des théoriciens du gender dont le but ultime est de désexualiser radicalement la filiation et d’inventer une humanité nouvelle libérée de « ses conditionnements biologiques ».

“Homoparentalité” : la piste des cellules souches (ler o resto)

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Domingo, 26 Maio 2013

A espiral do silêncio e a censura nos me®dia portugueses

De facto, em Portugal não existe liberdade de imprensa: em vez disso, existe pseudo-informação e sub-informação. Alguns blogues fazem a contra-corrente e o contraditório, mas não atingem a maioria da população que, face à censura na comunicação social, entra em espiral do silêncio.

Por exemplo, a censura dos me®dia portugueses em relação ao fenómeno social francês da luta popular contra o casamento invertido e contra a adopção de crianças por pares de fanchonos faz com que a maioria das pessoas em Portugal entrem em espiral do silêncio, porque cada um pensa que a sua opinião é minoritária – quando, afinal, se trata de uma opinião maioritária!

Face a uma falsa sensação de isolamento de opinião, induzida pela censura da informação nos me®dia, as pessoas calam-se. O que faz falta é dizer à maioria que, afinal, não estão sós e que a sua opinião é maioritária!.

Sexta-feira, 24 Maio 2013

‘Diversidade e enriquecimento cultural’, segundo a Esquerda

diversidade e enriquecimento cultural webUnrest in Stockholm’s suburbs continued for a fourth night as rioters showed their anger over a police shooting a week ago by setting fire to cars and buildings and pelting emergency workers with stones.

As many as 30 cars burned in the Swedish capital’s southern suburbs, while 11 were set alight in the Husby area, north of the city centre, where the violence broke out four days ago, police spokesman Kjell Lindgren said by phone today. Police detained one person, a 16-year-old girl suspected of preparing an act of arson. That followed eight arrests since Tuesday….

Last night, firemen trying to rescue a restaurant in Skogaas were attacked by stone-throwing youths. Police officers were also attacked in Husby. Several other suburbs also reported vandalism and fires.” — (via)

Sobre os conceitos de ‘tirania da maioria’ e de ‘tirania revolucionária’, ou a nova ‘maioria silenciosa’

Eu não concordo com muita coisa em Fernando Pessoa mas ele “provoca-nos” o raciocínio — o que é raríssimo nos intelectuais actuais. Fernando Pessoa provoca e estimula os neurónios.

censura gayzista web pngDiz Fernando Pessoa (*) que “a tirania consiste na escolha forçada entre um mal e outro mal” ( sublinho, forçada ), ou seja, a tirania é uma situação de double blind em que parece não existir alternativa a duas situações negativas, cada uma à sua maneira. Segundo este raciocínio, a guerra é uma tirania se formos obrigados a alinhar por um dos lados do conflito; e deixa de ser uma tirania se tivermos a opção de nos abster em relação ao belicosos e procurar o nosso próprio caminho e mundividência em relação a essa guerra.

Temos que retirar das cogitações de Fernando Pessoa aquilo que é logicamente aproveitável, porque Fernando Pessoa foi um poeta e não propriamente um lógico. A poesia é filosofia sem a lógica — o que não significa que seja desprovida de lógica: uma coisa sem lógica não é necessariamente desprovida de toda a lógica, porque pode ter a sua paralogia intrínseca; o que essa coisa não obedece é ao formalismo da lógica.

Portanto, vamos partir do princípio de que a definição de “tirania”, segundo Fernando Pessoa, está correcta embora não seja perfeita — porque diz Fernando Pessoa que a perfeição das definições é uma tirania (a tirania da perfeição: “o erro capital de todas as definições perfeitas é a perfeição. Uma coisa perfeita deixa sempre suspeitas de não-existência”).


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Quarta-feira, 22 Maio 2013

A classe política e os privilégios dos corcundas

“O socialismo, em vez de ser uma libertação económica, é uma ausência completa de liberdade. O socialismo torna extensivo a toda a gente o servismo da maioria. Não são os escravos que querem libertar-se: são os escravos que querem escravizar tudo. Se eu sou corcunda, sejam todos corcundas.

É esta a razão por que, sem querer mas sabiamente, a Natureza fez o Homem construir o privilégio. (…) Bem diziam os homens da Idade Média, concebendo a liberdade, não como um direito, mas como um privilégio.”

— Fernando Pessoa, “Cinco Diálogos Sobre a Tirania”, Obras em Prosa, Tomo III, edição do Círculo de Leitores, 1975.

Hoje, e ao contrário do que defendeu Fernando Pessoa, a liberdade é entendida exclusivamente como direito no seu sentido negativo (só considera o indivíduo e exclui a sociedade e a nação), ou seja, a liberdade negativa é considerada pelas elites políticas como um direito.

Podemos classificar a cultura política actual em duas categorias.

1/ a negação dos determinismos naturais em nome da autonomia e da liberdade.

el corcunda png web 350Decorre daqui o obscurecimento do conceito de “equidade” que implica a existência dos “direitos dos corcundas”, e, em vez disso, acontece a imposição da “igualdade” da “corcunda para todos”.

Há na actual elite política uma contradição fundamental: por um lado, recusa as diferenças naturais em nome da liberdade negativa e da autonomia do indivíduo; e, por outro, lado cria diferenças artificiais através do Direito Positivo que tendem a limitar a liberdade e a autonomia da maioria dos indivíduos.

E a negação ontológica das diferenças naturais — em nome da igualdade, da liberdade e da autonomia do indivíduo — entre os corcundas e os outros, são utilizadas para impor a condição de corcunda a toda a gente, quanto mais não seja por mimetismo cultural. É nisto que consiste a nova tirania do politicamente correcto. E esta contradição fundamental é propositada, e baseia-se no instrumentalização política de dissonância cognitiva da maioria do povo.

Uma coisa é o facto de os corcundas terem direitos naturais, que lhe são devidos pela lei natural e pelo Direito Natural; outra coisa diferente é exigir que os direitos dos corcundas sejam iguais aos de todas as outras pessoas, transformando os direitos dos corcundas em privilégios, porque a maioria das pessoas não é corcunda. O problema é o de saber se os corcundas, apenas em função do seu estatuto natural, devem merecer privilégios.

2/ a subversão do conceito de “servismo da maioria”, segundo Fernando Pessoa.

O servismo da maioria era, segundo Fernando Pessoa, a condição voluntária do servo: a maioria era serva porque aceitava a sua condição como sendo natural. O servismo da maioria, segundo Fernando Pessoa, era o estatuto natural da maioria.

Hoje, com a actual classe política, já não podemos falar no “servismo da maioria”, mas antes na “servidão da maioria”. A servidão é imposta à maioria pela elite política em nome da putativa e alegada erradicação do servismo da maioria.

E enquanto os privilégios da aristocracia, atribuídos na Idade Média, eram consentidos pelo servismo da maioria, ou seja, eram reconhecidos como válidos pelo povo enquanto privilégios (e não eram direitos), os privilégios actuais atribuídos aos corcundas são impostos coercivamente pela elite política à maioria como sendo direitos. Passamos a ter uma elite de corcundas com privilégios que entram em conflito com os direitos da maioria entendida enquanto sociedade e nação.

O princípio da “igualdade, da liberdade e da fraternidade” é hoje um instrumento essencial e fundamental para a construção de uma nova tirania.

Segunda-feira, 20 Maio 2013

Quando um idiota chapado chega a secretário-de-estado da cultura, temos a radiografia do país

1/ Este argumentário começa com um sofisma que é contraditório em si mesmo: se a lei é geral (como diz o escriba), a norma não tem que se adequar sistematicamente a factos; e o que a lei da adopção por pares de homossexuais fez, foi adequar a norma ao facto. As leis não são feitas para casos de excepção. Em matéria de filiação, legisla-se para o maior número possível. Depois, os casos particulares encontram a sua solução por interpretação e adaptação das regras gerais (equidade).

A lei é geral e impessoal, e somente pela aplicação desta regra geral é que ela permite resolver os problemas individuais. A lei é a expressão do corpo social que institucionaliza referências legíveis por todos. E no caso da família e das crianças, a lei é guardiã da clareza da genealogia: a lei é a norma necessária e unívoca.

Privar uma criança da diferença sexuada entre o seu pai e a sua mãe, não é só privá-la das aptidões individuais: é também privá-la das diferenças estruturantes entre a posição paterna e a posição materna. É privá-la de um espaço ou de uma distância entre dois lugares e duas funções, é também privar a criança de um significante ou de uma representação “pai” e de uma representação “mãe” — a não ser que se chame “pai” a uma mulher ou “mãe” a um homem, o que é um absurdo orwelliano.

2/ Por outro lado, o escriba entra numa segunda falácia lógica: a inversão do ónus da prova. Não são os opositores da adopção por pares de invertidos que têm que provar seja o que for: pelo contrário, é quem defende a adopção que tem que fazer prova de que os pares de homossexuais são sempre um ambiente benéfico para a educação de uma criança.

Se eu digo, por exemplo, que “o homo sapiens sapiens, em 75 mil anos de existência, sempre se organizou societariamente de uma determinada maneira”, quem quiser alterar esse tipo de organização societária é que tem que provar a validade do seu argumento — e não vale aqui a inversão do ónus da prova.

Naturalmente que um burro carregado de livros, e que subiu na política à custa de lamber as botas aos donos do sistema, como é o caso de Francisco José Viegas, bate palmas a sofismas deste calibre. Como é que um idiota deste calibre pôde chegar a secretário-de-estado da cultura?!

3/ Outro argumento alegadamente a favor da adopção de crianças por pares de fanchonos é a falta de adoptantes. O escriba cita em inglês. Em países em que o “casamento” gay foi legalizado há mais tempo, surgiu um breve surto de adopções, mas rapidamente o entusiasmo de desvaneceu — porque a adopção é vista pelo lóbi político homossexualista como uma forma de afirmação cultural e social de um determinado estilo de vida (homossexual), sendo que as crianças são instrumentalizadas neste processo. Ou seja, o argumento segundo o qual a adopção gay vai ajudar sequer a resolver um pouco o problema das crianças instituídas é outro sofisma politicamente correcto.

4/ Outro argumento do escriba é o de que uma pessoa (um indivíduo), só por si, pode adoptar uma criança segundo a lei portuguesa. A instituição da adopção por um celibatário não é uma instituição necessariamente em conformidade com os interesses da criança, porque está em contradição com o princípio fundamental do Direito que é o da dupla linhagem da criança (paterna e materna). A adopção por um celibatário cria uma filiação unilinear.

Mas, apesar dos inconvenientes que tem, a adopção por um só indivíduo cria um problema menor do que a adopção por um par de homossexuais, porque mais vale a carência própria desta situação ser inscrita pelo Direito, do que fazer de conta de que se tratam de situações identicamente diferentes (equivalentes).

Na adopção, mesmo simples ou por um celibatário, não se trata apenas de educação mas também de filiação. A partir do momento em que se toca na filiação, toca-se na estrutura fundamental do humano. E o que os filhos da puta da classe política estão a fazer é a tocar na estrutura ontológica do humano.

O que me surpreende é que um burro que diz que “não é de esquerda”, e que é “liberal”, defenda ideias orwellianas deste calibre, e tenha mesmo chegado a secretário-de-estado de Passos Coelho. Isto diz quase tudo acerca de Passos Coelho.

Sábado, 18 Maio 2013

Esta ‘direita’ está controlada pela esquerda.

Sobre este verbete no Insurgente:

1/ Já se começa a perceber que o argumento ad Novitatem aplicado à cultura antropológica, constantemente utilizado pela esquerda, coincide com a construção do Homem Novo que mais não é do que uma tentativa de metanóia colectiva e revolucionária, que não é só defendida pelo marxismo cultural, mas também pela maçonaria jacobina.

Por exemplo, o argumento da “geração grisalha” esgrimido por Passos Coelho e pelo seu Partido Social Democrata vai totalmente ao encontro da validação do argumento ad Novitatem defendido pela esquerda — e por isso (e por outras razões) é que eu considero Passos Coelho o líder do Partido Social Democrata mais limitado intelectualmente (mais burro!) da história desse partido.

Muita gente ainda não ganhou consciência do prejuízo que Passos Coelho provocou ao Partido Social Democrata, por simples estupidez. Quando olhamos para a estrutura intelectual de Carlos Moedas, de Vítor Gaspar ou de Álvaro Santos Pereira, entre muitos outros, percebemos o enorme problema do Partido Social Democrata de Passos Coelho.

Um partido liberal (no sentido de “liberalismo económico”) e simultaneamente revolucionário, como é o Partido Social Democrata de Passos Coelho, é uma contradição em termos. Um partido precisa de técnicos, mas precisa sobretudo de capacidade crítica que orienta a política. Os técnicos aplicam a política, mas não são eles que a definem. E este Partido Social Democrata de Passos Coelho não tem capacidade crítica.

2/ O caso do CDS/PP é diferente. O problema está em Paulo Portas, não porque ele seja burro, que não é, e pelo contrário tem aquilo que Fernando Pessoa chamava da “degeneração moral dos génios políticos”, mas antes pela truculência que utiliza em função da sua própria condição ontológica. Em questões culturais e de costumes, é impossível a um homossexual não ser homossexual. E por muito que Paulo Portas diga que é contra a adopção de crianças por pares de invertidos, a sua acção prática dentro do CDS/PP revela que Paulo Portas não se lhe opõe. “Em política, o que parece, é!” — dizia o velho António. E parece que Paulo Portas não é contra a adopção de crianças por pares de fanchonos; e, portanto, como parece, ele não é de facto contra a adopção de crianças por pares de fanchonos. Ponto final.

3/ Esta “direita” está controlada pela esquerda. Através do “progresso da opinião pública”, esta direita dissolve-se (desaparece) na cultura antropológica, e com o passar do tempo. Só não vê quem não quer ver.

4/ a política económica é indissociável da cultura antropológica. Isto é dos livros. Por exemplo, quando eu vejo “liberais” defender a ideia segundo a qual o Estado deve pagar abortos em hospitais públicos, concluo que a esquerda radical já ganhou a batalha política. Mas existe outra armadilha em que os liberais caem: a insensibilidade social. A burrice de Passos Coelho é de tal calibre que a ideologia hayekiana assume nele as mesmas proporções que o marxismo assume nos neurónios de Jerónimo de Sousa.

Não é possível transformar a sociedade portuguesa e liberalizar a economia em dois ou três anos. Passos Coelho pensa que sim; é um revolucionário hayekiano. É um político que não tem a virtude da Fronèsis (a prudência) que Sólon alardeou. Na Alemanha comunista de leste (ex-RDA) a liberalização da economia durou mais de dez anos e com muito investimento do Estado alemão.

5/ as pessoas devem começar a circunscrever Hayek a uma determinada realidade ideológica. A obra e das ideias de Hayek não são uma espécie de Bíblia ou Livro Vermelho de Mao Tsé Tung. Mas para a maioria dos liberais, Hayek é autor de uma cartilha ideológica.

 

Adenda: um exemplo do que a direita deve fazer:

“A reforma da Educação aprovada pelo Governo espanhol do Partido Popular (direita) prevê que a nota na disciplina de Religião no ensino secundário volte a contar para a média.”

Naturalmente que, em Portugal, viríamos o Fernando Rosas a chorar baba e ranho nas pantalhas, a berrar que “Deus é injusto”, a clamar pela matança de inocentes em uma nova revolução francesa — mas a direita é isto mesmo: agir e não ter medo da acção.

Sexta-feira, 17 Maio 2013

O Partido Social Democrata aprovou a lei de adopção de crianças por pares de homossexuais

A lei da adopção de crianças por pares de fanchonos passou no parlamento graças ao Partido Social Democrata. Este partido deve ser responsabilizado pelas consequências sociais e culturais que advenham desta aprovação.

“Teresa Leal Coelho, Luís Menezes, Francisca Almeida, Nuno Encarnação, Mónica Ferro, Cristóvão Norte, Ana Oliveira, Conceição Caldeira, Ângela Guerra, Paula Cardoso, Maria José Castelo Branco, Joana Barata Lopes, Pedro Pinto, Sérgio Azevedo, Odete Silva e Gabriel Goucha foram os sociais-democratas que votaram a favor do diploma do PS.”

Três deputados do CDS/PP abstiveram-se na votação — e quem cala consente. Foram eles: João Rebelo, Teresa Caeiro e Michael Seufert. Não conheço o último, mas os dois primeiros nunca me enganaram, e agora confirmaram aquilo que eu já pensava deles. E enquanto eles se apresentarem nas listas do CDS/PP para qualquer eleição, o CDS/PP não terá o meu voto. O CDS/PP causou um dano a si próprio maior do que esse partido possa pensar agora.

O termo “co-adopção” é um eufemismo próprio da linguagem orwelliana adoptada pela classe política

Co-adopção significa adopção; ponto final. E significa também basicamente três coisas:

1/ à criança adoptada por um par de gays é-lhe retirada a possibilidade de ter uma linhagem genealógica de pai e mãe; o parlamento criou uma nova injustiça de raiz que só pode ser remediada com a repressão política e cultural sobre os casais naturais que tenham filhos; e se ter filhos e educá-los já é difícil, as consequências políticas da nova lei vão desincentivar (ainda mais) os futuros casais a ter filhos. A classe política criou uma nova injustiça de base, para assim justificar, no futuro próximo, a tirania sobre as pessoas comuns e normais em nome de uma putativa igualdade.

Devemos todos temer o pior. Ao legitimar uma nova injustiça, a classe política procura uma nova forma de despotismo em nome do igualitarismo.

2/ a lei dá sinal verde às lésbicas e às mulheres em geral que queiram engravidar de pai incógnito, dizendo-lhes que a ausência de pai biológico declarado nos Tribunais de Menores não tem problema nenhum. Algumas disposições do Código Civil que procuram definir a identidade da criança e a legitimação do pai biológico, deixam de ter um valor real. Esta lei transforma o estatuto de “filho de pai biológico incógnito” em um valor cultural a seguir. Os efeitos na cultura antropológica desta valorização serão devastadores, como é óbvio e como qualquer pessoa com dois dedos de testa pode prever.

3/ a nova fase da luta gayzista já surgiu hoje mesmo:

“A aprovação do projecto de lei do PS, que consagra a possibilidade de co-adopção pelo cônjuge ou unido de facto do mesmo sexo, “é bem-vinda, mas não deixa de ser um passo pequenino numa escadaria enorme”, reagiu nesta sexta-feira João Paulo, editor do site Portugal Gay.”

A nova fase da luta política gayzista é a adopção não-biológica, o negócio das “barriga de aluguer” e a procriação medicamente assistida para todas as mulheres — ou seja, a valorização e celebração do estatuto da criança filha-de-puta. Naturalmente que quando a própria lei protege e acarinha a existência de filhos-de-puta, estes têm que ser protegidos através da repressão da maioria da população. É neste sentido que se declara o seguinte:

“A Associação Novos Rumos – Homossexuais Católicos também já se congratulou com a aprovação do projecto de lei socialista. “É um passo importante no sentido de vir a alargar as famílias com capacidade de adopção aos casais do mesmo sexo”, escreve a associação num comunicado em que reclama do Estado acções de sensibilização, a fazer verter nos programas escolares, por exemplo, para que “essas crianças não sejam vítimas de preconceito, isolamento e bullying nas escolas”.

A repressão sobre as crianças com pai e mãe vai começar a acentuar-se, podendo atingir mesmo níveis de desumanidade e em nome do bullying. A partir de agora, qualquer frase de uma criança pode ser arbitrariamente considerada bullying e sujeita a repressão. A escola deixou de ser pré-politica (como deveria ser e foi defendido por Hannah Arendt) e já está totalmente politizada.

Note-se que segundo o catecismo católico, o comportamento homossexual é considerado erro moral grave. E no entanto vemos os me®dia referirem-se acriticamente a “homossexuais católicos”, como se a sodomia fosse perfeitamente aceite pelo direito canónico.

A seguir, prevê-se que o parlamento vá adoptar a “lei de ódio”, por iniciativa do Bloco de Esquerda. Mesmo que a proposta de “lei de ódio” do Bloco de Esquerda não passe imediatamente, o Partido Socialista irá filtrar a lei e adaptá-la ao “progresso da opinião pública”.
Por exemplo, se eu escrever aqui “fanchono” em vez de “homossexual”, poderei ser preso preventivamente aguardando julgamento. E mesmo que escreva homossexual, se a minha opinião for crítica, poderei ser no mínimo censurado pelo ministério público através de uma intimação nesse sentido ao servidor onde este blogue está alojado.

A censura à liberdade de expressão está na calha. Esta classe política já não merece credibilidade e deve ser combatida por todos os meios possíveis e disponíveis.

Quinta-feira, 16 Maio 2013

Camaradas! Depois da IVG, vamos impor a IVV!

Camaradas!

A razão por que o Bloco de Esquerda apoia a União Europeia é a de que a União Europeia apoia o Bloco de Esquerda. Nós apoiamos quem nos apoia. No caso da IVG (e da IVV), a União Europeia também apoia o Bloco de Esquerda. A União Europeia e o Bloco de Esquerda falam a uma só voz.

good cop bad cop be 242 webNós, no Bloco de Esquerda, depois de termos tido a iniciativa de legalizar a IVG (Interrupção Voluntária da Gravidez), estamos totalmente de acordo com o Tribunal Europeu dos Direitos Humanos que pretende impor a legalização da IVV (Interrupção Voluntária da Velhice) a todos os países da Europa e do mundo.

Uma pessoa que chega a uma certa idade e já não tem pedalada para uma orgia, deve-se interromper voluntariamente a si mesmo. A interrupção voluntária de si mesmo é um acto de dignidade: só um indivíduo digno dá um tiro na sua cabeça depois de constatar a sua falta de “pica”. A única excepção é o gay passivo, que é sempre digno porque não necessita de “pica”; e a mulher também, porque possui a dignidade óbvia e intrínseca de uma boneca insuflável.

Mas não só. Por exemplo, os benfiquistas têm o direito à IVV, porque já estão carecas de tanto perder as finais das competições europeias de futebol. Por isso, todo o benfiquista com dignidade deveria ter o direito inalienável de solicitar uma IVV gratuita e em hospital público! Não é admissível assistirmos a suicídios clandestinos de benfiquistas em vãos-de-escada, ou na ponte 25 de Abril.

A realidade da interrupção voluntária de si mesmo, por parte de benfiquistas, existe. E se um fenómeno social existe, qualquer que seja, deve ser legalizado. Por isso é necessário legalizar a IVV para que esses benfiquistas, carecas de perder, possam interromper-se voluntariamente a si mesmos com dignidade.

A interrupção voluntária de si mesmo, ou IVV, também é um acto de amor à natureza, porque — tal como a IVG! — impede o aumento do aquecimento global. Nós, no Bloco de Esquerda, aconselhamos a toda a gente a IVV, com excepção dos militantes do Bloco de Esquerda que não podem, infelizmente, praticar a IVV porque somos necessários para aconselhar todos os portugueses nesse sentido. Nós, no Bloco de Esquerda, somos os guardiões da defesa da universalidade da IVG e da IVV.

Conhecemos o futuro! A vitória é certa! A luta continua!

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