Quando discutimos com ateus temos que falar em ciência, porque é a única linguagem que eles entendem, e é através da ciência que os argumentos neo-ateístas e neodarwinistas são reduzidos ao absurdo.
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Segunda-feira, 14 Março 2011
O neo-ateísmo e a quântica (I)
Quarta-feira, 13 Agosto 2008
Thomas Huxley estava errado (8)
Qual o tamanho do Universo?

Universo Quântico
É hoje ponto assente que o nosso universo teve início com o Big Bang. Portanto, tendo tido um princípio, podemos ― sob o ponto de vista filosófico ― dizer que o universo foi criado, porque tudo o que tem um início é um efeito de uma causa. Quando os darwinistas dizem que não existiu a Criação do Universo, vão contra a própria lógica científica que pressupõe uma causa para um efeito, e por isso podemos dizer que o darwinismo esteve na origem de um monismo religioso dogmático: o Naturalismo.
Estando o universo em expansão a partir de um início, ele é finito; podemos dizer que o Universo tem uma “orla” exterior que se expande ocupando o lugar do “Nada” que está para além do universo.
Imaginemos a totalidade do universo existindo na superfície de um balão: ainda que nos deslocássemos sempre na mesma direcção sobre a superfície dessa esfera, jamais chegaríamos a uma borda exterior; e se caminharmos sempre em redor da superfície do balão, não voltaremos necessariamente ao ponto de partida, embora este possa parecer idêntico ― isto se o balão estiver em expansão, como está (ou em contracção). Este facto deve-se à introdução da dimensão do Tempo na equação.
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Terça-feira, 12 Agosto 2008
Thomas Huxley estava errado (7)
A “luta” entre a relatividade de Einstein e o Princípio da Incerteza de Heisenberg
Se dividirmos um segundo do nosso tempo, a meio, conservando apenas uma das metades e rejeitando a outra, e fizermos esta mesma operação ― isto é, dividirmos o “meio-segundo” que conservámos, a meio ― 150 vezes, chegaremos ao intervalo de tempo mais curto que os físicos consideram até hoje, e a que a Física quântica chamou de “cronão”. De igual modo, e com um centímetro, repetindo 110 vezes a sua divisão a meio, chegaremos à porção mais curta do espaço como tal considerada pelos físicos.
Os físicos quânticos (John Wheeler, et al) deduziram que, nesta escala infinitesimal, a Física quântica se mistura com a relatividade de Einstein, o que inclui a gravidade e a produção de “buracos negros” quânticos . Nesta escala de grandeza, os buracos negros são rasgões minúsculos no espaço-tempo que constituem um “borbulhar” contínuo ocorrendo espontaneamente; de facto, assistimos aqui a um “duelo” entre o Princípio da Incerteza de Heisenberg ― que tenta impedir a superdefinição da matéria, isto é, impedir a matéria se localizar com demasiada precisão no espaço-tempo ― e os super-enormes campos gravitacionais (em termos relativos e à escala) que ocorrem em tão reduzidas distâncias. Deste conceito, John Wheeler e os seus colaboradores extrapolaram (dedução) a ideia de “espuma quântica”, que é o resultado desse “duelo” entre o Princípio da Incerteza de Heisenberg e a relatividade de Einstein, sendo que a espuma quântica é, provavelmente, o universo inteiro. (ver)
O espaço e o tempo são apenas medidas de grandeza, unidades diferentes de conversão do espaço-tempo. O espaço e o tempo encontram-se ligados e são intermutavéis, e por isso, o carácter não-absoluto do tempo e do espaço foi substituído por uma ideia de carácter absoluto do espaço-tempo.
Quando se diz que o Princípio da Incerteza de Heisenberg não se aplica no macrocosmos (ver), esta posição é defendida porque a conexão entre o espaço e o tempo só se torna aparente (empirismo; verificação empírica) quando consideramos distâncias enormes, intervalos de tempo muito curtos, ou a objectos viajando a velocidades muito perto da velocidade da luz, porque é nestas escalas que se faz sentir (à nossa escala) a presença da gravidade ― o que não significa que em outras situações e noutras escalas, não sendo aparente e empiricamente constatável, o mesmo tipo de fenómenos não ocorra. “Se uma árvore se quebra na floresta, e não houver nenhum ser humano na floresta para ouvir o ruído da queda da árvore, será que o ruído existe de facto?”. Claro que sim; o facto de o ser humano não se aperceber de um determinado fenómeno, não significa que esse fenómeno não exista, só por esse facto.
A seguir: “Qual é o tamanho do universo”?
(1) Por isso é que a ideia da ciência determinista e determinada por “leis naturais” restritas e estáticas, e alegadamente “somente aplicáveis ao macrocosmos”, segundo a qual o Princípio da Incerteza de Heisenberg é exclusivamente aplicado ao microcosmos ― e nunca aplicável no macrocosmos conforme defendido aqui –, está desfasada, porque a análise empírica do macrocosmos constitui uma visão parcial do universo, e portanto desfasada do seu conjunto e da sua verdadeira realidade. Por muito que custe à nomenclatura científico-técnica clássica, vão ter que se habituar a novas ideias sobre o universo. Mais adiante falaremos mais concisamente sobre a aplicabilidade do “princípio da incerteza”, e do seu “duelo” com a relatividade de Einstein, em todo o universo.
Terça-feira, 22 Julho 2008
Thomas Huxley estava errado (5)
Ludwig Wittgenstein ― “Cultura e Valor”, página 86, ISBN 9724409104, Edições 70
Depois de Darwin e Huxley, a Humanidade entrou numa fase ainda mais sinistra do que a que tinha vivido com a Inquisição medieval. Podemos, aliás, estabelecer alguns paralelos epistemológicos entre o materialismo filosófico e a Inquisição católica, entre eles a afirmação absolutista do determinismo em relação ao ser humano, isto é, a ausência do livre alvedrio. Tanto o materialismo filosófico como o dogmatismo inquisitorial assentam num totalitarismo intrínseco, na ideia de que o ser humano não é livre. No fundo, do que saiu do Iluminismo ― com o positivismo, o empirismo e com o materialismo ― foi uma outra maneira de ver o totalitarismo como forma sagrada de organização social.
de se afastar da religião, a ciência encontra caminhos
de comunhão com as religiões…
Com o Iluminismo surgiu o determinismo ambiental ― a ideia de que o ser humano é algo exclusivamente manipulável pelo meio-ambiente e pela educação; esta ideia já vinha de trás, engendrada pelos estóicos através da crença de que o ser humano é uma “tábua-rasa” quando nasce. Mais tarde surgiu o determinismo biológico: os novos filósofos defendiam a tese ― ferida de morte por uma lógica circular ― de que 1) a ciência é definida como sendo determinista e 2) a ciência não aprova a ideia de liberdade do ser humano (determinismo científico); primeiro define-se a ciência como excluindo a liberdade na natureza, para depois se dizer que a ciência não aprova a ideia de liberdade do ser humano.
Com o determinismo biológico inaugurado por Darwin e Huxley, as características do ser humano passaram a ser determinadas também pela sua herança genética. Todas as ideologias políticas que estiveram por detrás dos morticínios em massa a que assistimos no século 20 se basearam na ideia do determinismo biológico e ambiental aplicado ao ser humano, isto é, no materialismo, no ateísmo científico, na ausência do espírito humano individualizado e de Deus. O indivíduo deixou de ter importância e só a espécie passou a ser importante, o que passou a justificar todo o tipo de atrocidades e monstruosidades em nome da alegada “evolução da espécie”.
Com o determinismo científico aplicado ao ser humano, a humanidade passa a ser uma massa anónima irresponsável que necessita de uma liderança científica e elitista (Nietzsche). Marx leu Nietzsche (entre outros “filósofos modernos” do seu tempo) e concluiu que, segundo a teoria do determinismo ambiental, o ser humano é totalmente dependente das condições económicas em que vive; pensou Marx que se se mudasse as condições económicas (propriedade privada), a natureza humana mudaria também. O resultado está à vista: é totalmente impossível mudar a natureza humana desta forma (a não ser que acabemos com a raça humana). A única forma de equilibrarmos a humanidade, evitando um descalabro a nível global, é através do recurso aos valores espirituais do Homem e constatando que o ser humano é livre de fazer escolhas.
― Bernard D’Espagnat, físico quântico.
A ciência ― que foi ideologicamente sacralizada a partir do Iluminismo e até hoje ― parte de premissas determinísticas. Mesmo com as descobertas da Física quântica, no início do século 20, que contrariam claramente o determinismo na natureza, os filósofos da ciência do materialismo fizeram “ouvidos de mercador” e continuaram (ainda hoje) a defender a sacralização da ciência nos mesmos termos que Augusto Comte o fez. Os filósofos materialistas entraram num autismo total.
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Sexta-feira, 11 Julho 2008
Thomas Huxley estava errado (2)
A consciência universal
No postal anterior vimos como o princípio físico da “complementaridade” se aplica às relações humanas e ao pensamento, e como a matéria se dissolveria na indistinção do olvido se não existissem as observações e pensamentos da “mente universal” ― de que fazemos parte ― acerca da matéria atómica. Vimos também o processo de auto-construção do pensamento humano, que está ligado à consciência universal onde a nossa consciência se percebe a ela própria.
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Segunda-feira, 26 Maio 2008
Para alguns “cientistas”, existem crenças mais absurdas que outras
Esta é a conhecida fórmula de Heisenberg, escrita em 1925, em que Dx é a incerteza da posição de um electrão em determinado momento, e em que Dp é a incerteza do próprio momento. A constante h é a “constante de Max Planck”, e ћ é a “constante reduzida” de Planck. Naturalmente que Pi = 3, 141618…
Esta fórmula escandalizou a comunidade científica da altura, porque simplesmente defendia a ideia de que a “causalidade não era possível de uma forma consistente”, isto é, a causalidade rigorosa não existe. Como resultado prático da fórmula de Heisenberg, é teoricamente impossível fazer a observação de um electrão e simultaneamente definir a sua posição e a sua velocidade; ou se faz a observação da sua velocidade (tempo), ou se define a sua posição (espaço) ― isto é, numa observação de um electrão, ou se define o tempo, ou o espaço que ele ocupa, e não as duas coisas simultaneamente (princípio da incertitude, ou da incerteza).
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Quarta-feira, 14 Maio 2008
A carta de Einstein a Erich Gutkind
- “I want to know God’s thoughts; the rest are details.”
- “The only real valuable thing is intuition.”
- “Reality is merely an illusion, albeit a very persistent one.”
- I am convinced that He (God) does not play dice.”
- “God is subtle but he is not malicious.”
- “The eternal mystery of the world is its comprehensibility.”
- “Science without religion is lame. Religion without science is blind.”
- “God does not care about our mathematical difficulties. He integrates empirically.”
Estas citações são da autoria de Albert Einstein.
Saiu recentemente a notícia de uma carta de Einstein a Erich Gutkind, escrita em 1954, na qual Einstein terá escrito o seguinte:
“The word god is for me nothing more than the expression and product of human weaknesses, the Bible a collection of honourable, but still primitive legends which are nevertheless pretty childish. No interpretation no matter how subtle can (for me) change this.”
Como se explica a contradição entre o conteúdo das citações supracitadas e a carta que Einstein escreveu aos 75 anos de idade e um ano antes da sua morte?
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