“Que nenhum de vós tenha de sofrer por ser homicida, ladrão, malfeitor, ou por se intrometer na vida alheia. Mas, se sofre por ser cristão, não se envergonhe, antes glorifique a Deus por ter este nome.” — I Pedro, 16
Lembrei-me desta passagem da 1ª Carta de Pedro quando lia este texto do Padre Gonçalo Portocarrero de Almada. O texto é bom, na forma e no conteúdo.
Muitos "católicos fervorosos" ficam ofendidos com a linguagem que, por vezes, eu utilizo aqui no blogue; mas isso é feito de propósito: não se trata de uns ataques esporádicos de copralalia.
S. Tomás de Aquino escreveu que não devemos respeitar quem despreza a virtude1; e com todo o respeito pelo desconhecido que escreveu a Carta de Tiago, concordo com S. Tomás de Aquino. Muitas vezes, aquilo que parece irracional tem uma razão por detrás.
"Sofrer por ser cristão" não tem necessariamente que ser o sofrimento do mártir. Nos tempos que correm, em que a Razão é negada a cada passo pelos doutores do laicismo e do materialismo (passo a redundância), a estupidez deve ser denunciada com a nossa máxima indignação.
Quando escrevo neste blogue, sou amiúde invectivado e insultado nos comentários (que na maioria das vezes não são publicados, e por isso ninguém se apercebe dos insultos) só porque defendo, por exemplo, o princípio da inviolabilidade da vida humana ou a instituição natural do casamento.
E, muitas vezes, respondo com igual ou maior virulência, porque apesar do que se diz na Carta de Tiago 3, não é possível refrear a língua no mundo em que vivemos: os selvagens modernos não compreendem outro tipo de linguagem: como alguém escreveu2, "para os materialistas, as palavras nada mais são do que uma forma evoluída de fezes que macacos sem pêlo arremessam a quem lhes desagrada”. Se, para os modernos, as palavras são “cagalhões de arremesso”, é nosso dever enchê-los de merda até ao pescoço.
1. «Um justo juiz olha às causas, e não às pessoas. (…) Honrar uma pessoa é reconhecer-lhe virtude, e por isso a virtude é a causa devida pela qual a pessoa é respeitável.» — Summa Theologica, Tomo III, II-II Q. 63, Art. 3
2. William J. Murray
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