perspectivas

Sábado, 4 Agosto 2012

A filosofia irracional e contraditória de Espinoza

Filed under: filosofia,Geral — O. Braga @ 6:43 pm
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“Uma pedra lançada ao ar, se pudesse tornar-se consciente como um ser humano, imaginaria que se movia por sua própria vontade, embora isso não fosse verdade.”

via O determinismo de Espinosa.

Esta história supra, acerca do determinismo de Espinoza, está mal contada. A filosofia de Espinoza é contraditória na sua essência — no seu âmago —, para além de podermos, mais ou menos subjectivamente, considerar que os princípios de que partiu Espinoza para montar todo o seu esquema de pensamento, estão errados. E se os princípios estão errados, a teoria está errada.

Atentemos a três pontos-chave:

1) as concepções da ética e do direito natural de Espinoza entroncam em Hobbes.

2) as premissas metafisicas de Espinoza, entendidas hoje à luz da filosofia quântica, estão erradas.

3) o conceito de liberdade total do indivíduo, segundo o direito natural de Espinoza, por um lado; e o seu [dele] conceito ético de determinismo do indivíduo, por outro lado, são essencial e profundamente contraditórios.
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Quarta-feira, 30 Março 2011

O erro de Espinoza (2)

Espinoza foi um homem que viveu e morreu sem grandeza porque não conseguiu ser diferente de uma árvore — não conseguiu vislumbrar a sua condição de miserável.

Quando Stephen Hawking, no seu último livro, afirmou que a causa do universo era o próprio universo, nada mais fez do que seguir, grosso modo, a metafísica de Espinoza. A diferença essencial é a de que Stephen Hawking baseia-se no conceito de Multiverso para justificar a infinitude material do espaço-tempo, enquanto que Espinoza concebia o universo como infinito porque não tinha os meios científicos suficientes para saber que, afinal, o universo teve um princípio e que, por isso, é finito.
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Segunda-feira, 28 Março 2011

O erro de Espinoza

Espinoza foi o avô do positivismo de Comte e do utilitarismo de Bentham.

Se, em um ensaio de Espinoza, substituíssemos o termo “Deus” por “universo”, teríamos, por exemplo e grosso modo, um ensaio filosófico de Carl Sagan ou de Stephen Hawking, e se substituíssemos o termo “Deus” por “natureza”, teríamos um ensaio filosófico do neurologista António Damásio ou do zoólogo Richard Dawkins.
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