perspectivas

Sábado, 13 Fevereiro 2010

Face aos factos publicados no semanário “SOL”, o presidente da república, Prof. Cavaco Silva, deve demitir o primeiro-ministro, José Sócrates

Dos factos relatados nas duas últimas edições do semanário “SOL” acerca de escutas telefónicas realizadas no processo Face Oculta que ― segundo as interpretações do juiz de instrução e do procurador do Ministério Público do processo, ambos de Aveiro ― constituem fortes indícios de crime de atentado ao Estado de Direito envolvendo o nome do primeiro ministro de Portugal, José Sócrates, há que retirar imediatamente as seguintes ilações:

  1. O primeiro-ministro de Portugal não tem condições políticas objectivas para continuar no cargo; ou se demite, ou deve ser demitido pelo presidente da república.
  2. A cúpula da justiça portuguesa revelou-se em todo este processo ― no mínimo ― incompetente; porém, atendendo à interpretação racional dos factos e à forma como essa cúpula se comportou em todo o processo, o senso-comum aponta para a existência de fortes indícios de obstaculização da própria justiça que essa cúpula deveria coordenar e proteger. Essa obstaculização da justiça por parte de agentes de cúpula da própria justiça, só pode ter tido motivações políticas, o que significa que ou a justiça “arruma a sua casa” autónoma e rapidamente, ou deverá ser a política (em consenso alargado) a intervir na justiça de forma a repor a sua imparcialidade.


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Sábado, 6 Fevereiro 2010

O “esquema” nauseabundo de José Sócrates

Aquilo que soubemos hoje no semanário “SOL”, e em termos de justiça, não aquece nem arrefece. A justiça, através dos seus dignitários (alguns deles pertencentes à maçonaria) já encerrou o processo do “esquema” de José Sócrates e da sua escumalha para controlar os me®dia em Portugal. Nenhum dos protagonistas desse “esquema” sórdido poderá responder em tribunal pelos seus crimes. Mas o facto de a justiça já não poder actuar neste caso ― porque a maçonaria infiltrada na justiça lhe atalhou o passo mandando arquivar o processo ― não significa que os envolvidos saiam politicamente impunes.

A crise não justificaria a manutenção de uma quadrilha no Poder. Cavaco Silva deveria ter demitido José Sócrates, e não o fazendo, tornou-se parte do problema, e perdeu parte da sua credibilidade.

Os 100 anos da república estão manchados sem remédio. Esta é a república de que se comemora este ano o centenário: corrupta, amoral, desnacionalizada, despótico-populista, anti-popular, nepotista. A evolução do nosso sistema republicano, inserido no leviatão europeu, só pode agravar o que já acontece hoje; a tendência é para piorar.

Adenda: a ler: “Os deuses devem estar loucos”

Sexta-feira, 15 Janeiro 2010

A sub-informação do regime socialista

« O director-adjunto do semanário Sol, José António Lima, garantiu hoje ao organismo regulador dos media que uma pessoa próxima do primeiro-ministro tentou interferir no jornal, corroborando as acusações avançadas pelo director do título. »

inPúblico

Uma das vantagens do pluralismo democrático em comparação com os regimes totalitários ou autoritaristas, é a da livre concorrência entre órgãos de comunicação social (vulgo “mídia”). Quando a livre concorrência entre os órgãos de comunicação social é colocada em causa, em vez de “mídia” passamos a ter “me®dia”, na medida em que em vez de informação passamos a ter pseudo-informação [apologia e propaganda do partido político no poder] e sub-informação [tentativas sistemáticas de abafar a verdadeira informação que é, por natureza, social e politicamente “explosiva”].

Este caso do semanário “Sol” é grave e não pode ser esquecido ou abafado pela sub-informação do sistema socialista, e nesse sentido o jornal “Público” tem prestado um bom serviço ao pluralismo informacional quando não deixa a notícia cair no esquecimento.

Sábado, 28 Novembro 2009

Uma caixa de robalos

Armando Vara diz que recebeu, do empresário Manuel Godinho, um equipamento de pesca para o filho e uma caixa de roubados de roubá-los de robalos.

Quarta-feira, 11 Novembro 2009

A irracionalidade política do Tuga

Se a investigação “face oculta” tivesse sido desencadeada publicamente pela polícia e ministério-público algum tempo antes das eleições legislativas, toda a investigação policial teria sido desacreditada pelo partido socialista, ou perderia a credibilidade por alegadamente ser interpretada como um instrumento político da oposição, José Sócrates teria desempenhado perfeitamente o papel de vítima e ganharia as eleições com maioria absoluta.

Os sintomas totalitários em Portugal

A sensação que dá é que vivemos num país em que um primeiro-ministro pode estar eventualmente envolvido no crime organizado, e é a própria justiça ― por via de uma lei de imunidade emanada do parlamento ― que obstaculiza a investigação desse eventual crime. E depois há quem critique a Itália de Berlusconi: ao menos, nesse país sabe-se que o PM, mais tarde ou mais cedo e logo que deixe o seu cargo político, vai ter que se confrontar com a justiça.

Em Portugal, muitas das verdades de factos que envolvem a classe política são, quase sempre e cada vez mais, “apagadas” da História por decisão de uma elite política que se organiza de uma forma corporativa, reduzindo o político ao jurídico através de uma ideia de Estado que se submete a um controlo por parte de um substrato maçónico-religioso.

Terça-feira, 25 Dezembro 2007

Armando Vara

Filed under: Política — O. Braga @ 2:40 pm
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Conheci Armando Vara quando era um Presidente da Câmara de Mirandela, no dia em que o PM Cavaco Silva inaugurou o IP4 que liga Amarante a Bragança. De funcionário de balcão da Caixa Geral de Depósitos, Armando Vara chega a administrador da Caixa e, pelo que se sabe, é agora nomeado para gerir o BCP — e tudo isto através da política.

O principal mérito de Armando Vara foi o de fazer muito bem a gestão política da sua carreira. Só. Não existirá gente mais qualificada em Portugal para integrar a administração de um Banco?

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