Terça-feira, 20 Setembro 2022
Quinta-feira, 25 Agosto 2022
O Ludwig Krippahl e a “confusão de géneros”
No canal História, existia um programa que fazia a defesa da existência de extraterrestres; normalmente, o narrador começava os programas (mutatis mutandis) assim:
“¿Será que existem extraterrestres? E, se existem extraterrestres, ¿não é razoável e racional que eles nos visitem, aqui, no planeta Terra? Por isso é que é perfeitamente racional aceitar, como verdadeiras e válidas, as opiniões de pessoas que dizem que viram extraterrestres. E mais: existindo, os extraterrestres fazem parte da nossa realidade.”
Repare-se como o narrador começa como uma hipótese muito imprecisa (“¿Será que existem extraterrestres?”), e depois, baseando-se nessa hipótese, desenvolve um argumento afirmativo, e parte depois para a construção de uma certeza ou de uma verdade (“os extraterrestres existem”). Quando nos damos conta, o discurso do narrador afirma já a existência de extraterrestres.
É assim que funciona o Ludwig Krippahl, neste texto.
Começa por especular acerca do conceito de “género” — quando sabemos que é incorrecto falar em “género masculino” ou “género feminino” no sentido biológico. Quando nos referimos ao homem (YX) e à mulher (XX), devemos falar em “sexo masculino” e “sexo feminino”.
Para mais informação, caro leitor, veja o que significa “género”.
Assim como o canal História diz que é perfeitamente racional e válida a existência de extraterrestres (que, objectivamente, nunca ninguém viu), assim o Ludwig Krippahl diz que é perfeitamente racional e válida a existência de “géneros” que se fundamentam em pura subjectividade — e exactamente porque os “géneros” são subjectivos, é que existem muitas dezenas de “géneros”.
Todo o “raciocínio” do Ludwig Krippahl enferma da confusão de “géneros” — sendo que o “género” não passa de uma categoria gramatical e linguística modelada culturalmente pelas diferenças biológicas entre os dois sexos (em juízo universal).
Em alguns idiomas (por exemplo, em África, entre os Macuas), nem sequer existem géneros linguísticos e, portanto, a noção de “género” é desconhecida.
Domingo, 24 Julho 2022
O jornaleiro António Marujo, a falácia ad Hitlerum e o “discurso de ódio”
Quando a argumentação dos nossos inimigos políticos entram pelo absurdo adentro, já ganhamos o debate. Podemos não ter ganho a guerra política, mas a vitória no debate intelectual já não nos escapa.
Dou o exemplo de um jornaleiro que dá pelo nome de António Marujo (tem um alvará de inteligente) que utiliza a falácia ad Hitlerum para atacar o André Ventura. Normalmente, esta falácia é utilizada já entrados no calor da refrega ideológica, mas, neste caso, o marujo entra ab initio no absurdo da comparação de André Ventura com Hitler.
É espantoso o que está a acontecer em Portugal. Um dia destes irão dizer que o André Ventura é o próprio Hitler reencarnado. Parece que, com o CHEGA, o regime corrupto treme.
Claro que o tipo de discurso (o do marujo) não é considerado de “ódio”; o “discurso de ódio” é aquele com que ele (e a comandita que sustém o regime corrupto em que vivemos) não concorda. Todo o discurso que não agrada à Esquerda, por um lado, é à plutocracia globalista, por outro lado, é considerado “discurso de ódio”.
Portanto, podemos definir “discurso de ódio” como segue:
“Discurso de ódio” é qualquer tipo discurso que não agrada ao activismo marxista internacionalista (trotskista) e/ou à plutocracia globalista.
Sexta-feira, 22 Julho 2022
A Madrassa do ISCTE e o Totalitarismo da Linguagem
1/ A ideia segundo a qual “as palavras mudam o mundo”, e que por isso “são necessárias novas palavras para o mundo mudar” — para além de ser uma clara recusa do Realismo (que orienta, por exemplo, a ciência), é um absurdo (quando é defendido hoje, pelo marxismo cultural, que “o conhecimento directo dos símbolos da linguagem difere de indivíduo para indivíduo”, e que, por isso, é necessário fracturar ou desmultiplicar as categorias dos símbolos da linguagem de forma a adequá-los às múltiplas diferenças individuais).
Em 1910, Bertrand Russell (na sua obra “Principia Mathematica”) colocou a nu o absurdo do que é defendido hoje pelo marxismo cultural no domínio da linguagem e em nome da chamada “inclusão”, nomeadamente uma tal Cristina Roldão formada pela Madrassa do ISCTE.
Na medida em que diferentes pessoas têm conhecimento directo de diferentes objectos — se cada palavra não tivesse apenas um significado (que é aquele que corresponde ao objecto que existe na experiência directa da pessoa que fala), esta pessoa nunca poderia comunicar com os outros. Ora, a chamada “Interseccionalidade”, na medida em que pulveriza os símbolos da linguagem, é a recusa deste princípio.
Paradoxalmente, segundo Bertrand Russell, a linguagem só pode exercer a sua função de comunicação sendo imperfeita e ambígua, e as categorias simbólicas da linguagem não devem ser pulverizadas em nome de uma putativa “perfeita adequação a cada individuo”.
O que a Esquerda marxista cultural defende hoje é a dificultação da comunicação entre os indivíduos, paradoxalmente em nome de putativos “direitos do indivíduo”; o solipsismo passou a ser uma característica do indivíduo culturalmente controlado pela Esquerda marxista cultural; é o absurdo daquilo que a Theodore Dalrymple chama de “individualismo sem individualidade”, porque a individualidade esbate-se radicalmente perante uma espécie de “individualismo colectivo”. A validação cultural de uma híper-subjectividade simbólica, defendida por esta Esquerda, destrói a comunicação inteligível entre as pessoas — que é, aliás, a sua principal intenção.
2/ Outra preta matumba escreve aqui:
“Os limites da minha linguagem significam os limites do meu mundo” (Wittgenstein)
Para Wittgenstein, não é pensável nem exprimível (pela linguagem) aquilo que não for um facto do mundo (falta aqui saber o que é um “facto do mundo”, do ponto de vista objectivo e lógico), o que não significa que todos os “factos do mundo” sejam igual- e necessariamente exprimíveis pela linguagem — porque não é possível definir a Realidade. Quem pretende assumir a tarefa de (paulatinamente) ir definindo a realidade, ou é louco, ou é marxista cultural (os dois termos podem não ser sinónimos).
Escreve Wittgenstein (“Philosophical Investigations”):
“O significado de uma palavra é o uso que ele tem na linguagem” (sic).
Ou seja, para Wittgenstein, se passarmos a chamar “pedra” a um “elefante”, o significado da palavra “pedra” passa a ser “elefante” [a semântica, segundo Wittgenstein, é irrelevante; e, segundo ele, “a linguagem é um jogo” (sic)].
Acerca de Wittgenstein, estamos conversados.
Para Wittgenstein, na linguagem não existem símbolos, mas apenas sinais que são arbitrariamente reconfiguráveis de acordo com os nossos caprichos e urgências narcísicas (o caso dele, o narcisismo gay).
Por isso é que a Esquerda marxista cultural cita amiúde o homossexual Wittgenstein — porque alguém (Wittgenstein) que tem pretensões de conciliar um empirismo [alegadamente “anti-metafisico” (a burrice do “filósofo” não tem limites)] nominalista radical, por um lado, e a hiper-subjectividade de uma espécie de “poeta gay”, por outro lado, é sempre um ponto de referência dos pós-modernistas. Wittgenstein é uma contradição com pernas, embora paralítico.
Se [como é, para Wittgenstein] o “pluralismo linguístico” [implícito na linguagem dita “inclusiva”] significa um “relativismo linguístico”, então não é possível uma inteligibilidade na linguagem, por um lado, e por outro lado a possibilidade de inter-relação entre as “linguagens” fica comprometida.
A Esquerda está a trabalhar afincadamente para a redução da comunicação interpessoal, o que se traduz em uma agenda política totalitária (a promoção, através da cultura, de um novo tipo de anomia).
3/ Não é possível eliminar, da linguagem, os conceitos depreciativos (os insultos) — porque, ao contrário do que defendeu Wittgenstein quando concebeu a linguagem como um “jogo”: em boa verdade, a linguagem é um meio e não um fim em si mesma —, a não ser instituindo um totalitarismo.
É isto o que os discípulos da madrassa ISCTE defendem: um novo tipo de totalitarismo, o Totalitarismo de Veludo.
Quarta-feira, 13 Julho 2022
A Preta Matumba da Sorbona
A matumbice não impede que se tire um doutoramento em filosofia na Sorbona. Hoje, qualquer preta matumba, que pense da forma considerada “correcta” e imposta pelas elites plutocratas mundialistas, tira vários doutoramentos na Sorbona. É o caso da Luísa Semedo. Hoje, um doutoramento é um alvará da sapiência politicamente correcta.
Neste texto, está muito aquilo que deve ser combatido. Por exemplo, a ideia de que é possível — e até desejável — existir democracia sem liberdade. “Democracia sem liberdade” é matumbice pós-modernista, coisa “desconstrucionista” própria dos “filósofos” pós-modernistas da moda.
A Preta Matumba quer-nos impôr coercivamente a liberdade dela, proibindo a nossa liberdade. É assim que a matumbice concebe a “liberdade”.
Por isso é que ela diz que o “branquelas” não é “atingido pelo opróbrio” como “preto” ou “monhé” — ela lê pela cartilha do “racismo ao contrário” de tipo “Mamadou Ba”: só falta à Preta Matumba defender que “os brancos deveriam ser todos mortos” (e depois, os jornalistas branquelas e bloquistas vêm dizer que “essa afirmação é apenas simbólica”).
Para a Preta Matumba da Sorbona, o “progresso” é uma lei da Natureza, por um lado, e o “progresso” opõe-se à liberdade, por outro lado — mas, ainda assim, este “progresso” da matumbice, alegadamente, é sinónimo de “democracia”. É a Preta Matumba da Sorbona no seu melhor; é a ideia fascista (que está na moda) segundo a qual o “progresso” não se coaduna com a liberdade: é a utopia da matumbice.
Qualquer crítica à matumbice da preta é concebida como um acto de “racismo” e de “afirmação de supremacia branca”.
A Preta Matumba não pode ser criticada nas suas ideias, porque o “opróbrio branquela” é unívoco: é apenas o que vitimiza sistemicamente os “não-brancos”.
Nós, aqui em Portugal, começamos a ficar saturados da matumbice bloquista e dos “Mamadous” desta vida — mesmo quando os matumbos são branquelas, o que ocorre na maior parte dos casos.
A ler:
Segunda-feira, 11 Julho 2022
Em terra de cegos, quem tem um olho é Pacheco
« O marxismo, que relativiza a moral dos outros, situa-se no plano da ética absoluta […]. Assim, a ideologia [marxista] coloca-se num trono auto-cêntrico, no lugar da Terra no sistema de Ptolomeu, no lugar do Sol no sistema de Copérnico.
Torna-se o centro de referência absoluto».→ Edgar Morin (“Pour sortir du XX siècle”, 1981)
O Pacheco vê o perigo, e trata de avisar a malta (“o que faz falta, é avisar a malta”).
É uma das principais funções dos comissários políticos do regime: avisar a malta. É claro que ele [o Pacheco] vê o perigo que a esmagadora maioria dos seus compagnons de route não vê; e por isso é que ele é um dos comissários políticos do sistema (há outros, por exemplo, Daniel Oliveira).
[Segundo os comissários do sistema] o Totalitarismo de Veludo deve ter uma agenda de aplicação/implementação discreta; deve ser inteligente e preguiçoso; deve ir amarrando paulatinamente a liberdade à moda de Gramsci, mas já não à moda de Lenine.
Porém, a actual Esquerda, em geral — a que adopta os tiques da moda americana —, é míope (incluindo grandes franjas do Partido Socialista, a ala esquerda do PSD, a totalidade do Bloco de Esquerda, o PAN – Pessoas-Animais-Natureza, o LIVRE, o IL [Iniciativa Liberal], e até uma parte “moderna” do Partido Comunista): não enxerga as possíveis (ou mesmo prováveis) consequências nefastas (para a Esquerda e para o “progressismo”) do radicalismo politicamente correcto pós-modernista (ou marxista cultural).
Esta é uma das razões por que o Pacheco diz que “não existe tal coisa como ‘marxismo cultural’”: convém sempre negar que, aquilo que nos ameaça, possa existir — não por razão de uma dissonância cognitiva, mas antes por estratégia de prestidigitação no discurso político/ideológico.
O Pacheco diz que “o marxismo cultural não existe”, porque o reconhecimento público de que ele existe é dar munições à Não-esquerda, porque esse reconhecimento objectificaria a realidade política.
O que o Pacheco critica, neste momento e neste artigo, é uma certa forma radical do marxismo cultural “Made in USA”, que pode fazer com que a agenda política da Esquerda dê com os burros na água. [Segundo os comissários políticos do regime] É preciso ir com calma e devagar (como defendeu Gramsci), para não assustar a “caça” (o povo).
O Pacheco já viu que as “teorias identitárias” (um marxismo cultural mais radical, ou o chamado “Interseccionalismo”, na esteira ideológica do “Homem Unidimensional” de Herbert Marcuse), irá inexoravelmente arrebentar com a Esquerda: a atomização da sociedade que a Esquerda actual defende, a imigração em massa defendida pela Esquerda que pretende [claramente] destruir a coesão social (dividir para reinar), a celebração cultural do modus vivendi LGBTQPBBQ+ (não se trata de “tolerância”: o que se pretende é celebração cultural unanimista dos “direitos de braguilha”) que condiciona ou mesmo retira as defesas naturais de uma dada sociedade; e a anomia conduzida por esta nova Esquerda marxista cultural radical cunhada em Manhattan — como escreveu G. K. Chesterton:
“FOR the next great heresy is going to be simply an attack on morality; and especially on sexual morality. And it is coming, “not” from a few Socialists surviving from the Fabian Society, but from the living exultant energy of the rich resolved to enjoy themselves at last, with neither Popery not Puritanism not Socialism to hold them back….The madness of tomorrow is “not” in Moscow, but much more in Manhattan.”
→ G. K. Chesterton: ‘The Next Heresy,’ in “G.K.’s Weekly”, 19 de Junho de 1926.
O Pacheco sabe (ao contrário da maioria do esquerdalho, que não sabe) que a impossibilidade de prever o futuro histórico prende-se essencialmente com os fenómenos de retroacção das ideias-força (ideológicas) que podem conduzir a um resultado totalmente contrário ao da intenção original, e liga-se a uma certa “ecologia das ideias”, em que os sistemas de ideias funcionam como uma espécie de ecossistemas, que influenciam mas não determinam a cultura antropológica.
O Pacheco sabe disto. E por isso é que ele nega que o marxismo cultural exista, por um lado, e por outro lado, só agora ele vem a terreiro criticar a estratégia [que já tem décadas) desta nova Esquerda marxista cultural — a de Marcuse e de Wilhelm Reich.
Em terra de cegos, quem tem um olho é Pacheco.
Quinta-feira, 7 Julho 2022
A Europa que é apenas das elites: na União Europeia, matar crianças passou a ser um “direito humano”
O parlamento europeu adoptou ontem uma “Resolução” que define a matança de seres humanos nascituros e inocentes como um “direito humano”. Matar gente, agora, é “direito humano”.
Estamos já próximos do nazismo.
O próximo “direito humano” europeu, defendido pela Esquerda acolitada pelos liberais, será o infanticídio: chegará o dia em que matar uma criança já nascida fará parte do trivial dia-a-dia, nesta Europa das elites.
Terça-feira, 5 Julho 2022
Outra Marcelada idiota (passo a redundância)
Há ideias tão estúpidas que até tenho preguiça de as comentar aqui — porque tenho a sensação de estar a perder tempo; e tanto faz que essas ideias venham do meu vizinho como do presidente da república.
Felizmente, o Coronel Brandão Ferreira deu-se ao trabalho de comentar a visão abstrusa do Marcelo acerca da competência das mulheres (em geral) nas Forças Armadas.
É a competência que traz a igualdade, e não a incompetência.
Ora, a ideia segundo a qual a igualdade entre os sexos só se adquire (socialmente) mediante a verificação in loco da incompetência dos protagonistas de ambos os sexos, só pode vir de uma mente ilógica — ou de uma picareta ideológica contaminada por uma forma suave de marxismo.
Uma mente normal, diria exactamente o contrário:
“Só quando uma mulher competente chegar ao topo [das Forças Armadas], haverá verdadeira igualdade nas Forças Armadas”.
É a competência que traz a igualdade (igualdade de condições de acesso, e não necessariamente a igualdade de desempenho), e não a incompetência.
Dou o exemplo da competência de Margaret Thatcher: depois do consulado dela como primeiro-ministra do Reino Unido, o estatuto ontológico de “líder político” de um qualquer país mudou radicalmente.
Marcelo nivela por baixo, o que é uma tendência ideológica que caracteriza profundamente o arquétipo mental pós-moderno (marxismo cultural). Neste aspecto, o Marcelo em nada se distingue da Catarina Martins, do Pureza ou do Rui Tavares. É tudo a mesma merda!
O político pós-moderno (marxista cultural), em busca da igualdade, passa uma bitola sobre a humanidade, para cortar o que diferencia: a cabeça. “Decapitar” é o rito central da missa do Terreiro do Paço e do Palácio de Belém.
O político pós-moderno começa por pedir a “igualdade de oportunidades”, mas acaba sempre por exigir que se penalize o cidadão bem-dotado [por exemplo, o caso do IL (Iniciativa Liberal)].
Para o político pós-moderno, dito “liberal”, a igualdade é a condição psicológica prévia das matanças científicas e frias — por exemplo, com a instituição liberal do aborto como um “direito à igualdade da mulher”. As matanças do Pós-modernismo pertencem à lógica do próprio sistema político obcecado pela “igualdade”.
O Pós-modernismo igualitarista ignora a diferença entre verdades e erros: apenas distingue a diferença entre opiniões populares e opiniões impopulares.
Em nome da “igualdade”, o político pós-moderno degrada a liberdade antes de a estrangular; o igualitarismo pós-moderno (marxismo cultural) não suprimiu os ricos e os poderosos: apenas acabou com os ricos e poderosos que eram pessoas decentes.
Se a cultura antropológica é a expressão da alma colectiva — sendo que a civilização é o propósito do intelecto humano —, a cultura pós-moderna que caracteriza o arquétipo mental do Marcelo espelha a merda em que se transformou o espírito humano.
Terça-feira, 7 Junho 2022
Mulher norueguesa arrisca três anos de prisão por dizer que “um pau não é uma pedra”
Christina Ellingsen, uma feminista norueguesa, arrisca três anos de prisão por afirmar publicamente (no Twitter) que um indivíduo com cromossomas YX (ou seja, um homem) “não pode ser lésbica”.
Dizer que um “homem pode perfeitamente ser uma lésbica” é coisa própria da Isabel Moreira, do António Costa e/ou do José Pacheco Pereira.
E quem não concordar com a ideia segundo a qual “um homem pode ser lésbica”, corre o risco de prisão (pelo menos na Noruega). E são estas avantesmas que criticam a censura da PIDE. E são estes estafermos que pretendem criar leis para “combater a desinformação na Internet” — ou seja, pretendem censurar a opinião discordante.
Quando os políticos dizem, por exemplo, que “um pau é uma pedra”, e estabelecem leis que censuram quem discorda dessa proposição, estabelecem uma estratégia política de Estimulação Contraditória em relação ao povo:
“O psicólogo russo Ivan Pavlov ( 1849 – 1936 ) demonstrou que a estimulação contraditória é a maneira mais rápida e eficiente de quebrar as defesas psicológicas de um indivíduo (ou de um punhado deles), reduzindo-o a um estado de credulidade devota no qual ele aceitará como naturais e certos os comandos mais absurdos, as opiniões mais incongruentes.”
Gente como, por exemplo, Isabel Moreira vai ter que ser julgada em tribunal popular (com júri). É uma questão de tempo.
Terça-feira, 24 Maio 2022
Theodore Dalrymple e o conceito de "Maoísmo Emocional"
Um recente ensaio de Theodore Dalrymple fala-nos da “cultura da emoção” — a que ele chama de "Maoísmo Emocional":
“The modern taste for emotional exposure partakes of two seemingly disparate currents: First, the kind of psychotherapy according to which all contents of the mind must be outwardly expressed for fear of turning inwards and causing a mental abscess of unexpressed thoughts and emotions that eventually bursts. Second, it reflects a kind of emotional Maoism, according to which people have the social duty to confess their emotions to the multitudes”.
Porém, não é possível falar em "Maoísmo Emocional" sem procurar (sumariamente) as suas causas culturais (em uma espécie de “epistemologia da cultura ocidental”) com raízes na Alta Idade Média católica, nomeadamente em Pedro Abelardo (que, para o efeito, “retorceu” algumas teses de Santo Agostinho) e na sua “ética da intencionalidade”: segundo Abelardo, apenas a intenção moral é susceptível de qualificação, qualquer que seja o acto exterior.
Hiperbolizando: por exemplo, eu mato o meu vizinho e depois digo que o acto hediondo foi justificado por uma boa intenção que consistia em salvá-lo das garras da tirania da sua (dele) esposa. Ou o assassino pós-moderno que diz ao juiz: “Eu não tenho culpa, senhor dr. juiz, porque não tive intenção: a culpa é dos meus genes!”.
O “acto exterior” — segundo Pedro Abelardo —, sendo sempre moralmente indiferente, é bom ou mau apenas em função da intenção alegada pelo agente que o pratica [pro intentionis agentis]; e, por isso, nenhuma acção humana — nem mesmo a crucificação de Jesus Cristo — pode ser classificada (a priori) como “má”, “não sendo importante o que se faz, mas o espírito no qual se faz” [Dialogus].
Por outro lado, Pedro Abelardo invoca o mesmo argumento de São Bernardo de Claraval segundo o qual pode acontecer que façamos o que Deus quer sem que a nossa intenção seja a de cumprir a vontade divina [a chamada “casuística”, que foi adoptada nomeadamente pelos jesuítas na Contra-Reforma, justifica um crime pelo motivo (intenção) segundo o qual se cometeu, por um lado, e por outro lado atribuiu à Providência Divina o propósito (ou a vontade) de uma determinada má acção humana (São Bernardo de Claraval)].
Quando (alegadamente, segundo São Bernardo de Claraval, Pedro Abelardo e os jesuítas, ou seja, os iluminados que conhecem antecipadamente as intenções de Deus) Deus ordena as nossas acções (mesmo contra a nossa vontade), pode acontecer que não agimos bem ainda que se realizem coisas boas segundo a vontade divina.
Este conceito (a casuística) dá muito jeito a psicopatas como o papa Chico. Aliás, praticamente toda a ética do papa Chico é baseada na casuística e no intencionalismo (doutrina da indiferença dos actos externos) de Pedro Abelardo.
De acordo com a “doutrina da indiferença dos actos externos” (de Pedro Abelardo), por mais que o ser humano faça o que Deus quer que ele faça, somente a boa intenção (que é subjectiva, por definição) torna a acção “boa” [está aqui a génese teorética, que se baseia em passagens bíblicas retiradas de contexto, do conceito de “sola fide” dos protestantes].
Para Pedro Abelardo e segundo a sua doutrina da indiferença dos actos externos (intencionalismo), a necessidade do desejo natural exclui a noção de “pecado”: por exemplo, (hiperbolizando) se um homem sente necessidade e um desejo natural de ter relações sexuais com um cavalo, o prazer natural que ele sentir é inocente desde que ele racionalmente não consinta [Ethica] — temos aqui a justificação do papa Chico para as relações sexuais homossexuais, invocando uma suposta “necessidade natural”.
O intencionalismo (de Pedro Abelardo, mas não só) tem como base um cepticismo em relação ao conhecimento objectivo da ordem moral, o que, em compensação, dá lugar a uma (pretensa) autenticidade e uma (suposta) sinceridade do acto da vontade humana (subjectivismo).
O intencionalismo subjectivista esteve na base do Romantismo que surgiu na Idade Clássica e se prolongou pela Idade Moderna, e que atingiu a sua expressão mais absurda com o pós-modernismo.
Finalmente: outra origem cultural do "Maoísmo Emocional" pós-moderno é o da tradição da confissão pública católica durante a Alta Idade Média: no fim da missa católica medieval, os fiéis católicos confessavam publicamente (alta voz e em bom som) os seus pecados aos outros membros da sua comunidade; ou seja, a confissão dos pecados era pública. Só a partir do século XVI e com a Contra-Reforma, a confissão católica passou a ser privada e secreta, com a utilização dos confessionários individuais.
Porém, a tradição católica da “confissão pública” foi retomada pelo Romantismo dos séculos XVIII e XIX (embora já despojada das vestes culturais da religião cristã) com o conceito político de “auto-crítica” pública que foi bastamente aplicada (nomeadamente) pelos regimes marxistas da modernidade.
Sábado, 21 Maio 2022
Os casos de Varíola do Macaco em Madrid, a sauna gay, e a mundividência anti-científica
Em Madrid, foram confirmados 30 casos de Varíola do Macaco, sendo que 95% dos casos tiveram origem em uma sauna gay, que entretanto foi fechada.
Porém, a Esquerda e a "Direita Liberal" ficam escandalizados se alguém diz que “a Varíola do Macaco é uma doença propalada por gays” — e a principal razão deve-se a uma limitação cognitiva do cidadão pós-moderno, que consiste em uma extrema dificuldade em categorizar a realidade e em elaborar intelectualmente em juízo universal: a esta dificuldade cognitiva pós-moderna, chamamos de “nominalismo radical” que se traduz em uma predisposição psicológica dogmática e acientífica.
O nominalismo pós-moderno é um niilismo, que é favorável ao totalitarismo porque torna a realidade objectiva inextrincável.
A ciência necessita de categorias (necessita de categorizar a realidade), e necessita de excepções que confirmem a regra imposta pelas categorias estabelecidas. Sem excepções à regra, uma proposição não pode ser considerada “científica” (ver: falsificabilidade).
Porém, o homem pós-moderno (em geral, ou seja, em juízo universal) é intrinsecamente acientífico (para não dizer “anti-cientifico”), porque recusa categorizar a realidade para não ter que aceitar axiomas — sejam os axiomas de ordem cultural, moral, ética, etc..
O único axioma que o homem pós-moderno aceita é o de que “não há axiomas” — assim com a única verdade aceite pelo homem pós-moderno (em juízo universal) é a de que “a verdade não existe” (relativismo axiomático) .
Esta recusa de categorizar factos da realidade concreta, transporta o homem pós-moderno (em geral, ou em juízo universal) para o tempo dos sofistas da Grécia Antiga: o novo sofismo traduz-se na recusa pós-moderna de aceitar como válido qualquer tipo de juízo universal.
Quinta-feira, 19 Maio 2022
As putas do jornal Público são vesgas
Uma das características do jornal Púbico são as suas putas que campeiam em busca de clientela acéfala e acrítica (à boa maneira socialista).
Mas o putedo do Púbico só vê com os antolhos que lhe são colocados pelos respectivos chulos: quando os factos contradizem a narrativa de alcova que as guindam ao estatuto de “jornalistas”, a putaria faz de conta que a realidade não existe.