Há ideias tão estúpidas que até tenho preguiça de as comentar aqui — porque tenho a sensação de estar a perder tempo; e tanto faz que essas ideias venham do meu vizinho como do presidente da república.
Felizmente, o Coronel Brandão Ferreira deu-se ao trabalho de comentar a visão abstrusa do Marcelo acerca da competência das mulheres (em geral) nas Forças Armadas.

É a competência que traz a igualdade, e não a incompetência.
Ora, a ideia segundo a qual a igualdade entre os sexos só se adquire (socialmente) mediante a verificação in loco da incompetência dos protagonistas de ambos os sexos, só pode vir de uma mente ilógica — ou de uma picareta ideológica contaminada por uma forma suave de marxismo.
Uma mente normal, diria exactamente o contrário:
“Só quando uma mulher competente chegar ao topo [das Forças Armadas], haverá verdadeira igualdade nas Forças Armadas”.
É a competência que traz a igualdade (igualdade de condições de acesso, e não necessariamente a igualdade de desempenho), e não a incompetência.
Dou o exemplo da competência de Margaret Thatcher: depois do consulado dela como primeiro-ministra do Reino Unido, o estatuto ontológico de “líder político” de um qualquer país mudou radicalmente.
Marcelo nivela por baixo, o que é uma tendência ideológica que caracteriza profundamente o arquétipo mental pós-moderno (marxismo cultural). Neste aspecto, o Marcelo em nada se distingue da Catarina Martins, do Pureza ou do Rui Tavares. É tudo a mesma merda!

O político pós-moderno (marxista cultural), em busca da igualdade, passa uma bitola sobre a humanidade, para cortar o que diferencia: a cabeça. “Decapitar” é o rito central da missa do Terreiro do Paço e do Palácio de Belém.
O político pós-moderno começa por pedir a “igualdade de oportunidades”, mas acaba sempre por exigir que se penalize o cidadão bem-dotado [por exemplo, o caso do IL (Iniciativa Liberal)].
Para o político pós-moderno, dito “liberal”, a igualdade é a condição psicológica prévia das matanças científicas e frias — por exemplo, com a instituição liberal do aborto como um “direito à igualdade da mulher”. As matanças do Pós-modernismo pertencem à lógica do próprio sistema político obcecado pela “igualdade”.
O Pós-modernismo igualitarista ignora a diferença entre verdades e erros: apenas distingue a diferença entre opiniões populares e opiniões impopulares.
Em nome da “igualdade”, o político pós-moderno degrada a liberdade antes de a estrangular; o igualitarismo pós-moderno (marxismo cultural) não suprimiu os ricos e os poderosos: apenas acabou com os ricos e poderosos que eram pessoas decentes.
Se a cultura antropológica é a expressão da alma colectiva — sendo que a civilização é o propósito do intelecto humano —, a cultura pós-moderna que caracteriza o arquétipo mental do Marcelo espelha a merda em que se transformou o espírito humano.
Gostar disto:
Gosto Carregando...