perspectivas

Quinta-feira, 10 Novembro 2022

A estupidez do Frei Bento Domingues

Quando eu era rapazote, ouvi uma “anedota” de um ateu que rezava assim:

“Um indivíduo andava na rua de dedo em riste, perfurando o ar. Quando lhe perguntaram por que razão andava ele de dedo em riste, respondeu: — ‘¿Então não dizem que Deus está em todo o lado? Estou a tentar meter-lhe o dedo no cu.’”

Achei esta “anedota” de muito mau gosto. De modo semelhante, o Frei Bento Domingues produz uma série de chistes de muito mau gosto, por exemplo:

Os seres humanos são biologicamente iguais. É um dado da natureza. Mas tornar-se irmão é outra coisa, mesmo para os que são filhos dos mesmos pais”.

fbd-2-webÉ absolutamente falso que os seres humanos sejam “biologicamente iguais”. Podem ser equivalentes: mas “ser equivalente” não é o mesmo que “ser igual”. Só um ignorante ou um psicótico pode afirmar uma coisa dessas. E mais: o Frei Bento Domingues, na sua provecta idade, deveria saber que um indivíduo (ou uma pessoa) está (ontologicamente) mais próximo de Deus do que de outro indivíduo.

Outra frase do frade:

“Quando escuto a expressão “povo de Deus”, pergunto: se apenas esses são povo de Deus, de quem são os outros povos?”

Em primeiro lugar, a expressão “povo de Deus” não é necessariamente (nem geograficamente) exclusiva. Em segundo lugar, o frade parte do princípio de que as culturas antropológicas (que determinam as respectivas religiões, ou vice-versa) são todas iguais: por exemplo, para o frade, a cultura alemã que criou Bach e Mozart é igual à cultura dos (então) canibais da Papua. Esta obsessão pela igualdade (e pelo nivelamento por baixo) cria autênticos estúpidos do calibre do Frei Bento Domingues. “A igualdade é a condição psicológica prévia de decapitações científicas e frias” (Nicolás Gómez Dávila).

Face à Igreja triunfante e militante de antes do Concílio do Vaticano II, o novo clero católico conciliar incorpora-se na nova Igreja claudicante. O clero claudicante do após Concílio do Vaticano II substituiu a cruz dos campanários, dos templos católicos, por cata-ventos; e a angústia deste novo clero face à pobreza de multidões, obscureceu a sua consciência de Deus.

O Frei Bento Domingues faz parte da plêiade de estúpidos (que inclui o Anselmo Borges) que, desde a década de 1960, atacam ferozmente a Igreja Católica; e são os mesmos estúpidos que agora pretendem reformá-la.

Sexta-feira, 27 Maio 2022

A Igreja Católica do papa Chico, da Esquerda radical, do Anselmo Borges e do Frei Bento Domingues

Filed under: Anselmo Borges,esquerdalho,Frei Bento Domingues,Igreja Católica — O. Braga @ 10:10 pm

reformas v2

Segunda-feira, 25 Fevereiro 2019

Das duas, uma: ou Marcelo Rebelo de Sousa é estúpido, ou está senil; e o Frei Bento Domingues também

 

“Marcelo Rebelo de Sousa, católico, conhecedor da realidade da sua Igreja, actor e personalidade atenta a esse universo e a toda a sociedade civil, complementou a sua consideração sobre o papa Francisco com uma reflexão sobre os autores e, podemos dizer, sobre o catolicismo português: afirmou que hoje faz falta, à Igreja e à sociedade, o incómodo, a luta desses católicos comprometidos com um discurso político de esquerda. E a Igreja está mais pobre na medida em que esse grupo vindo das décadas de sessenta e de setenta se vai erodindo, vai perdendo gente e espaço social, vai sendo menos influente. Essa via de pensamento e de atitude faz falta à Igreja Católica, afirmava Marcelo Rebelo de Sousa. Não era, especificamente, de Frei Bento Domingues que Marcelo Rebelo de Sousa falava, mas Frei Bento é quem melhor e mais representa essa realidade.”

Frei Bento Domingues, teologia humanística e cidadania supra-católica

Marcelo Rebelo de Sousa é o exemplo do “político palhaço” da “Direita” que não pode viver sem a Esquerda; mas não só ele: há muitos mais, como, por exemplo, Rui Rio, Assunção Cristas, Paulo Portas, Adolfo Mesquita Nunes, Telmo Correia, etc..


Por vezes pergunto-me se o Marcelo Rebelo de Sousa não atingiu já a “Sétima Idade”, segundo Shakespeare — a idade da senilidade.

Das duas, uma: ou Marcelo Rebelo de Sousa é estúpido, ou está senil — porque a situação a que chegou a Igreja Católica actual é exactamente produto dos “católicos de Esquerda” da laia do Frei Bento Domingues, que saíram vitoriosos do Concílio do Vaticano II. A situação da Igreja Católica é de tal forma putrefaciente que até o obtuso Rodrigo Duterte preconiza o seu fim em 25 anos.

É evidente que “ser de Esquerda” (ou seja, “ser marxista”), por um lado, e “ser católico”, por outro lado, é uma contradição em termos. E é evidente que se o Marcelo Rebelo de Sousa não se dá conta disso, ou é estúpido ou está senil.

Não é possível “ser de Esquerda” sem se “ser marxista”; o que pode variar é a forma como o marxismo molda a pessoa de Esquerda (a forma como o indivíduo de Esquerda adopta o marxismo). Quem não se dá conta da contradição ontológica entre o marxismo e o catolicismo (ou o Cristianismo, em geral), ou é estúpido ou ignorante. É também o caso do Paulo ¿Mentes? Minto!”: para além de estúpido, é ignorante.


Afirmar que o “Frei Bento Domingues é coerente” (da forma como faz o Paulo ¿Mentes? Minto!”) é pretender afirmar que a coerência de um discurso é, em si mesma, a prova da sua verdadee não apenas e só a prova da sua coerência (porque, na realidade, a Verdade é a soma de evidências incoerentes). A alegada “coerência” do Frei Bento Domingues não faz dele necessariamente um católico: o mais que pode fazer dele é um indivíduo “coerente” com alguma coisa — no sentido em que a coerência é o postulado que falsifica qualquer interpretação do Concreto e do Real.

Ter hoje a alegada “coerência” do Frei Bento Domingues é coisa fácil: basta seguir a corrente da moda, alardear ao mundo as nossas virtudes gnósticas e deitar a culpa do Mal do mundo para cima dos Hílicos modernos. Ter a “coerência” do frade não tem qualquer dificuldade.

O que não é fácil é ser o oposto de Frei Bento Domingues, ou seja, transformar a coerência em uma rede com a qual apenas o paradoxo pesca realidades. O não é fácil é gritar que o rei do Frei Bento Domingues vai nu”, que o progressismo na Igreja Católica está a matar a Igreja e a religião. Isto é que não é fácil!

“A Teologia costuma ser centrada em Deus, raiz grega que marca a palavra. Mas, para Frei Bento, apenas interessa pensar Deus se for um caminho para o humano. Mais certo seria falar em “Humanologia”, para não dizer Antropologia. Mas o lado rico da humanização de Frei Bento reside na forma como, através da centralidade de Jesus, afirmando que ele se fez Homem, a Teologia distante dos dogmas se transforma na brilhante, simples e bela reflexão sobre a vida, a condição humana e a humanidade. Para Frei Bento, Teologia é libertação, não é conformismo.”

ibidem

A essa “teologia” do Frei Bento Domingues podemos chamar de “pastoralismo político”.

A verdade é que apenas nos resignamos a amar o próximo porque cremos na divindade de Jesus Cristo — ao passo que os “teólogos” modernos, da laia do Frei Bento Domingues, não se resignam a crer na divindade de Jesus Cristo porque Ele ordenou o amor ao próximo. A Igreja do Frei Bento Domingues e do Concílio do Vaticano II absolve os pecados — e não já os pecadores.

O dogma de Rousseau (adoptado pelos “teólogos” da laia de Frei Bento Domingues), ou seja, o dogma do “Bom Selvagem”, segundo o qual “o Homem é naturalmente bom, e a culpa do Mal é da sociedade” (a “teologia” do Frei Bento Domingues reduz-se a isto) resume, em termos éticos, a experiência central do gnóstico moderno: “o Homem é naturalmente bom porque é naturalmente deus”.

“There are two kinds of people in the world: the conscious dogmatists and unconscious dogmatists. I have always found myself that the unconscious dogmatists were by far the most dogmatic.”

→ G. K. Chesterton : ‘Generally Speaking.’

A tentação do pastor político, da laia do Frei Bento Domingues, é a de transportar as águas da religião com a peneira de uma “teologia” que se transforma na arte de reduzir o Mistério ao irrisório.

É neste contexto que o Frei Bento Domingues defende “a teologia distante dos dogmas”, quando se sabe que os dogmas cristãos não são especulações da consciência religiosa, mas antes são a fórmula canónica de enigmas experimentais. E quem repudia (ou desvaloriza) o dogmatismo na Igreja Católica terá que escolher entre o indiferentismo, por um lado, e a hierarquia, por outro lado; o anarquismo do Frei Bento Domingues opta claramente pelo indiferentismo.

A “teologia” do Frei Bento Domingues (como a do clero do Concílio do Vaticano II), pretende racionalizar o dogma, abrandar a moral, simplificar o rito — o que resulta na aproximação da Igreja ao incréu, e não na aproximação do incréu à Igreja.

Que a terra lhe pese como chumbo!

Sexta-feira, 13 Julho 2018

O silêncio do Vaticano (e do papa Chico) acerca de Mary Wagner

 

Mary-Wagner_300_webAlguma vez ouviram ou viram o Anselmo Borges, por exemplo, a referir-se de algum modo, à católica Mary Wagner?

Não viram nem nunca verão, porque o Anselmo Borges é um sacerdote católico que apoia o aborto de seres humanos, e por isso a Mary Wagner é um caso a “abafar” pela narrativa oficial da Igreja Católica do papa Chicão.

O mesmo se passa com o Frei Bento Domingues: casos como o da Mary Wagner devem ser escondidos da opinião pública, e por isso não consta de crónicas ideologicamente comedidas e politicamente correctas.

A Igreja Católica que temos hoje é uma vergonha! Uma Vergonha Hedionda! Amaldiçoados sejam os actuais dignitários principais da Igreja Católica!


Mary Wagner foi presa outra vez, por ter entrado em uma “clínica” de abortos em Toronto, Canadá, levando rosas vermelhas para as mães que ali se encontravam à espera de abortar, tentando persuadi-las a escolher a vida para os seus filhos.

Foi por isto que Mary Wagner foi presa mais uma vez — e o papa Chicozinho e os seus sequazes mantêm um silêncio cúmplice em relação à tirania abortista do sistema implementado pela “elite” globalista.

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Quinta-feira, 12 Julho 2018

O Frei Bento Domingues e Bertrand Russell

Filed under: Frei Bento Domingues,Igreja Católica,papa Chico,papa-açorda — O. Braga @ 8:49 am

 

Quem ler este texto do Frei Bento Domingues e não souber o que ele tem escrito nos últimos anos, certamente pensará tratar-se de um texto comedido acerca de Jesus Cristo, e uma apologia modesta do chamado “papa Francisco”. Mas nós sabemos as ideias do Frei Bento Domingues; e burro velho não toma andadura.

Mas, mesmo assim, o referido texto não é assim tão “comedido”. As premissas éticas do Frei Bento, espelhadas naquele texto, coincidem, em grande medida, com as do ateu e anticristão Bertrand Russell — a “ética do desejo” de Bertrand Russell —, o que é deprimente quando vindo de um clérigo da Igreja Católica. E absolutamente extraordinário!

« Em última análise, a resposta à graça da livre conversão à boa e imaginativa hierarquização dos nossos desejos pode ajudar a diminuir a loucura mundana. Encarar a vida como o desenvolvimento de todos os talentos para ajudar, de modo competente, as capacidades dos que não tiveram oportunidades é, talvez, um bom caminho para a nova civilização proposta pelo Papa Francisco».

Também na primeira parte do texto verificamos que o Frei Bento Domingues explora (de uma forma que o próprio Bertrand Russell faria) o problema da Teodiceia. Bertrand Russell foi um pacifista, uma espécie de “cristão sem religião” — à semelhança do Frei Bento Domingues (o da Nova Teologia e do Concílio do Vaticano II). Mas ambos não conseguiram uma coerência mínima aceitável em teoria ética.

Segunda-feira, 12 Fevereiro 2018

A casuística jesuíta da Nota do Cardeal Patriarca de Lisboa acerca do Amoris Laetitia

 

Eu não compreendo as reclamações do animal Anselmo Borges e do psicótico Frei Bento Domingues em relação ao Cardeal Patriarca de Lisboa no que diz respeito à “Nota para a recepção do capítulo VIII da exortação apostólica ‘Amoris Laetitia’” — porque o D. Manuel Clemente apenas tenta servir de charneira (de “mediador”, por assim dizer) entre a tradição da Igreja Católica, por um lado, e os ditos “progressistas” que pretendem realmente destruir a Igreja Católica, por outro lado.

Ou seja: o Cardeal Patriarca de Lisboa não discorda — no essencial — da opinião das duas bestas aludidas em epígrafe.

A revolta do esclerosado Anselmo Borges e do néscio Frei Bento Domingues contra o Cardeal Patriarca de Lisboa só se explica por razões políticas intestinas à Igreja Católica portuguesa que extrapolam a encíclica Amoris Laetitia — porque, no que respeita à encíclica, o cardeal de Lisboa segue as indicações do Chico, a quem chamam de “papa”.


A casuística é um ramo da teologia moral que se desenvolveu principalmente com a Contra-Reforma da Igreja Católica (a partir de finais do século XV) que proporcionou aos Jansenistas a ocasião para atacar os jesuítas que abordavam os casos de consciência dos penitentes católicos como simples problemas jurídicos e, nas suas apreciações, introduziram noções como “restrição mental” – que possibilita a mentira – e “direcção de intenção” – que justifica um crime pelo motivo segundo o qual se cometeu.

Pascal criticou a casuística e os jesuítas.


papa-açorda

A noção de “discernimento” (que faz parte da Nota do Cardeal Patriarca de Lisboa) revela a ambiguidade moral propositada da casuística do jesuíta Chico a quem chamam de “papa”.

Ou seja, o Chico — e também o Cardeal Patriarca de Lisboa, para além das duas cavalgaduras indígenas supracitadas — aborda os casos de consciência dos penitentes católicos como simples problemas jurídicos (neste caso, os casos de consciência em relação ao casamento e divórcio), em que a noção de “discernimento” é de uma subjectividade de tal modo que pode justificar uma qualquer violação da lei moral católica:

«Como deve ser entendida esta abertura? Certamente não no sentido de um acesso indiscriminado aos sacramentos, como por vezes acontece, mas de um discernimento que distinga adequadamente caso por caso.

Quem pode decidir?

Do teor do texto e da mens do seu Autor (o Chico), não me parece que haja outra solução a não ser a do foro interno (do divorciado). De facto, o foro interno (do divorciado recasado) é o caminho favorável para abrir o coração às confidências mais íntimas e, se se tiver estabelecido no tempo uma relação de confiança com um confessor ou com um guia espiritual, é possível iniciar e desenvolver com ele um itinerário de conversão longo, paciente, feito de pequenos passos e de verificações progressivas.

Portanto, não pode ser senão o confessor, a certa altura, na sua consciência, depois de muita reflexão e oração, a ter de assumir a responsabilidade perante Deus e o penitente, e pedir que o acesso aos sacramentos se faça de forma reservada.

Nestes casos, não termina o caminho de discernimento (cf. AL, 303: discernimento dinâmico) para se alcançarem novas etapas em ordem ao ideal cristão pleno.» E acrescentou: «Precisamente a delicadeza de saber discernir, caso por caso, a vontade de Deus sobre essas pessoas, pede-nos a nós, sacerdotes, que nos preparemos bem para sermos capazes de tomar essas graves decisões».

Para o Chico, “não devemos julgar ninguém” (“¿Quem sou eu para julgar?”, perguntou o Chico); mas, quando convém ao Chico, o confessor já deve assumir juízos de valor subjectivos sobre alguém, e em nome de Deus.

Em nada, absolutamente nada no que diz respeito ao Amoris Laetitia, D. Manuel Clemente diverge do Chico a quem chamam de “papa”.

A procura de protagonismo me®diático por parte do sacana Borges e do atoleimado Bento Domingues tem apenas como leit motiv discrepâncias políticas e ideológicas: acontece que o Cardeal Patriarca de Lisboa não é marxista, o que incomoda alguns comunas filhos-de-puta que se reclamam hoje donos do catolicismo.

Segunda-feira, 18 Dezembro 2017

O Frei Bento Domingues é um doente mental; ou então é um filho-de-puta

Filed under: Frei Bento Domingues,gnosticismo — O. Braga @ 6:22 pm

 

“Estamos na quadra litúrgica do Advento, mas tudo parece encenado e polarizado apenas pela memória do nascimento de Jesus, alimentando um terno imaginário da infância, com alguma e passageira solidariedade, própria da estação, sem, no entanto, tocar nos alicerces da sociedade. É como se nada estivesse para acontecer.”

Frei Bento Domingues


“Tocar nos alicerces da sociedade”, escreve o doente mental. Um doente mental da igualha dos que mataram mais de 100 milhões de pessoas inocentes no século XX: os doentes mentais ou/e psicopatas que quiseram “tocar nos alicerces da sociedade” tentando alterar a Natureza Humana, e acabaram com mais de uma centena de milhões de mortos em nome de uma utopia.

“O meu reino não é deste mundo” — afirmou Jesus Cristo (João 18, 36)

Das duas, uma: ou o Frei Bento Domingues não percebeu patavina do que está escrito nos Evangelhos; ou é um grande filho-de-puta.

A imanentização do éschatos se justifica vindo da parte de um doente mental, ou então de um filho-de-puta psicopata.


« Quando o coração é sensível e o espírito contundente, basta lançar um olhar sobre o mundo para ver a miséria da criatura e pressentir as vias da redenção; se são insensíveis e embotados, serão necessárias perturbações maciças para desencadear sensações fracas.

É assim que um príncipe mimado se apercebeu pela primeira vez de um mendigo, de um doente e de um morto ― e tornou-se assim em Buda; em contrapartida, um escritor contemporâneo vive a experiência de montanhas de cadáveres e do horroroso aniquilamento de milhares de indivíduos nas conturbações do pós-guerra na Rússia ― e conclui que o mundo não está em ordem e tira daí uma série de romances muito comedidos.

Um, vê no sofrimento a essência do ser e procura uma libertação no fundamento do mundo; o outro, vê-a como uma situação de infelicidade à qual se pode, e deve, remediar activamente. Tal alma sentir-se-á mais fortemente interpelada pela imperfeição do mundo, enquanto a outra sê-lo-á pelo esplendor da criação.

Um, só vive o além como verdadeiro se ele se apresentar com brilho e com grande barulho, com a violência e o pavor de um poder superior sob a forma de uma pessoa soberana e de uma organização; para o outro, o rosto e os gestos de cada homem são transparentes e deixam transparecer nele a solidão de Deus. »

→ Eric Voegelin

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Domingo, 5 Novembro 2017

O Chico Burrico e o casamento dos sacerdotes: quando o facto faz o direito

 

tabus webVemos aqui um parolo da Madeira a citar o Anselmo Borges e o Frei Bento Domingues quando defende o fim do celibato dos sacerdotes católicos.

O argumento é sempre o mesmo: “há padres que fornicam”. A partir de um facto (o de haver padres que fornicam), pretende-se criar um putativo direito (o fim do celibato dos padres) — como se o fim do celibato dos padres acabasse com a tendência fornicadora promíscua dos padres que já fornicam.

Além disso, esquece-se o papel que os diáconos e diaconisas poderiam desempenhar na Igreja Católica. Por exemplo, se as hóstias já estiverem previamente consagradas por um sacerdote, um diácono pode conduzir uma missa:

“Os poderes de um diácono são: ministrar os sacramentos do baptismo e do matrimónio, dar bênçãos diversas, dar a bênção do santíssimo sacramento, fazer a celebração da palavra, distribuir a sagrada comunhão e fazer pregações.”Wikipédia

Mas não vemos ninguém na Igreja Católica do Chico, incluindo o Anselmo Borges e o Frei Bento Domingues, falar do diaconato. Não interessa falar disso.

A falácia do argumento do parolo madeirense é a que alimenta a sanha destruidora da Igreja Católica que orienta o Chico que habita o Vaticano — por exemplo, quando a referida besta se prepara para legalizar o casamento dos sacerdotes no interior do Brasil, alegando “falta de padres” ao mesmo tempo que se esquece da figura bíblica do diácono.

Essa mesma falácia é a que alimenta o argumento da legalização da pedofilia, por exemplo:

“se existem pedófilos, então temos um facto; e se o facto existe, há que instituir o direito”.

Ou seja, “se é um facto que os pedófilos existem, então há que legalizar a pedofilia”.

Demonstramos aqui como um facto não cria necessariamente o direito. Aliás, a Esquerda (de que faz parte o Chiquitito) sabe perfeitamente disso; por exemplo, não é porque é um facto que existem capitalistas que o capitalismo passa a ter características de um direito inquestionável.

Portanto, convém dizer aos parolos deste país, o seguinte: ao longo de mais de 2000 anos da Igreja Católica, sempre houve sacerdotes que fizeram filhos, e muitas vezes nas mulheres dos outros.

Mas não é porque isso é um facto que vamos instituir um direito.

Não é casando os padres que fazem filhos nas mulheres dos outros que vamos acabar com a promiscuidade sexual desses padres. Mais: sabendo que existem padres homossexuais, só falta ao parolo madeirense, ao Anselmo Borges, ao Frei Bento Domingues e ao Chiquinho defender a instituição do "casamento" gay para os sacerdotes da Igreja Católica.

 

Segunda-feira, 9 Outubro 2017

O papa do mundo, e não um papa de Deus

Filed under: Frei Bento Domingues,Igreja Católica,papa Chico,papa-açorda — O. Braga @ 10:39 am

 

Mais um texto do Frei Bento Domingues. Cada parágrafo mereceria (quiçá) um comentário, o que faria enorme o texto/comentário. Somos obrigados a resumir o texto, sob pena de o tornarmos fastidioso, e mesmo prolixo.

O Frei Bento Domingues domina a técnica da mentira denunciada pelo poeta Aleixo:

“Prá Mentira ser segura / E atingir profundidade, / Tem que trazer à mistura / Qualquer coisa de verdade”.

Por exemplo, em nome da “Misericórdia”, o Frei Bento Domingues abole o juízo crítico (nos outros!, porque ele e os da laia dele — os Pneumáticos da Igreja Católica — não prescindem do direito de julgar os outros).

A “Misericórdia” do Frei Bento Domingues serve para que se absolvam os pecados, e não já os pecadores como se absolviam na Igreja Católica original. Diz o frade, citando o papa Chiquinho:

“Devemos antepor a misericórdia ao julgamento e, em todo o caso, o julgamento de Deus será sempre feito à luz da sua misericórdia”.

Na Igreja Católica original, eram os pecadores que eram absolvidos; na Igreja do papa Chiquito e do Frei Bento Domingues, são os pecados que são absolvidos, e, por isso, já não há pecadores.

Ou melhor: os pecadores que existam são aqueles a quem os pecados não são (propositadamente) absolvidos pela Nova Igreja do papa Chico e dos seus apaniguados: nunca a Igreja excomungou de facto tanta gente como agora; e, paradoxalmente, os membros da Igreja passaram a ser involuntária- e maioritariamente quem não faz parte dela.

Este não é um “papa das periferias”: em vez disso, é um papa do “não-catolicismo”. Para ele, a “periferia” é tudo aquilo que não pertence ao mundo católico, ou à realidade católica propriamente dita.

“Quando a lei e a moralidade entram em contradição, as pessoas ou perdem o sentido da moral, ou perdem o respeito pela lei”

Walter E. Williams.

Vejam a vídeo/conferência de Walter E. Williams no fim do texto.

Perante a contradição permanente que o papa Chico introduziu entre moral, por um lado, e lei (canónica ou outra), por outro lado (por exemplo, quando admite a comunhão adúltera) — ou os católicos perdem a confiança (perdem a fé) em Deus que suporta a moral que o papa coloca em causa, ou passam a desprezar a nova lei emanada do novo Poder instalado no Vaticano.

Colocado entre estas duas vias da contradição papal, eu prefiro enviar ao “papa” e aos seus acólitos o meu muito profundo e incomensurável desprezo.

 

Segunda-feira, 2 Outubro 2017

Estamos perante um Cisma na Igreja Católica

 

cardeal-sarah-webOlhamos para a Igreja Anglicana e verificamos a sua decadência objectiva, após a “ordenação sacerdotal” de mulheres.

Os números da decadência da Igreja Anglicana, após as “mulheres-padres”, falam por si: basta procurarmos no Google. Há coisas que são tão evidentes que até nos cegam; mas não influem nos burros e casmurros como o Frei Bento Domingues: as evidências, para ele, não contam; ou então não sabemos do que pensar das intenções do asno.

Agora, até o Padre Gonçalo Portocarrero de Almada, que eu tinha como alguém de bom-senso e respeitador do senso-comum, alinha com os chiquistas (com os apoiantes do Chico Burrico). A Igreja Católica enfrenta um cisma escondido.

O Cardeal Robert Sarah põe o dedo na ferida: a arma dos cismáticos é o Poder do Silêncio: agem e calam-se  (como fazem os ladrões pela calada da noite), não respondendo a perguntas não só dos fiéis católicos em geral, mas também sonegando respostas às questões colocadas pelo próprio clero católico.

Nunca o Poder no Vaticano foi tão autoritarista como é hoje com o Chiquinho.

O Chico e os seus apaniguados defendem a ideia segundo a qual a mundividência pessoal e particular do Chico deve ser considerada como sendo superior à doutrina (a verdade, os absolutos morais) da Igreja Católica. Mais: segundo os apaniguados cismáticos, a opinião pessoal e subjectiva do Chico deve ser considerada como ensinamento magisterial. Mas simultânea- e contraditoriamente, o Chico e seus acólitos colocam em causa o princípio dogmático da infalibilidade papal.

O Frei Bento Domingues continua a sua saga irracional contra o fenómeno de Fátima. O Frei Bento Domingues não consegue separar a religião, por um lado, da política politiqueira, por outro lado. Para ele, a religião é uma espécie de ideologia política; e, por isso, é impossível dialogar com quem pensa assim.

Terça-feira, 26 Setembro 2017

O Frei Bento Domingues conhece a vontade de Deus

Filed under: Frei Bento Domingues,Igreja Católica — O. Braga @ 7:26 pm

 

O Frei Bento Domingues escreveu o seguinte (ficheiro PDF):

“Não escondo que me divertem as pessoas religiosas e teólogas que dão a ideia — pelo que dizem e escrevem, pelo que aconselham ou mandam — que conhecem a vontade de Deus e os seus misteriosos caminhos. A tudo dizem: foi a vontade de Deus, mesmo quando essa expressão, pretensamente piedosa, é o pior insulto que Lhe podem fazer”.

O Frei Bento Domingues critica quem pensa que conhece a vontade de Deus; e, porque conhecendo ele a vontade de Deus, afirma que os outros que dizem que conhecem a vontade de Deus incorrem no “pior insulto que Lhe podem fazer”.

(more…)

Segunda-feira, 18 Setembro 2017

O Frei Bento Domingues é um porco

 

Eu tenho dito aqui do Frei Bento Domingues o que o Maomé nunca diria do toucinho, e por isso concordo com o que foi escrito aqui; mas o texto é benigno, em minha opinião.

papa-chico-comuna-webO problema que temos na imprensa portuguesa é o de que gente como o Frei Bento Domingues ou o Anselmo Borges não sofrem qualquer contraditório, têm as latrinas da opinião escatológica livres para a defecação ideológica que levam a cabo — porque gente que se diz “católica” e que têm acesso aos me®dia, como por exemplo Bagão Félix ou João César das Neves, acobardam-se (para não falar na própria Igreja Católica portuguesa que se manifesta através de um silêncio tumular).

Vamos ser directos: o Frei Bento Domingues é um porco.

O Frei Bento Domingues utiliza a lógica da Teoria Crítica aplicada à instituição da Igreja Católica.

O objectivo primevo da Teoria Crítica era o de “minar” todas as instituições da sociedade ocidental através de uma crítica “picareta”: criticar, criticar, criticar, sempre a criticar sem apresentar alternativas às instituições que existem. As instituições da civilização ocidental coincidiam com aquilo a que Karl Marx chamou de “super-estrutura”, que nada mais era senão o resultado da ética e a moral cristãs.

A mesma lógica da Teoria Crítica é utilizada pelo Frei Bento Domingues para “minar” a instituição que é a Igreja Católica: critica, critica, critica, e a alternativa que apresenta à instituição da Igreja Católica é a ausência de uma estrutura eclesiástica — ou seja, o porco defende, em termos práticos, o fim da Igreja Católica enquanto tal.

O João César das Neves escreveu um longo artigo em que pretendia demonstrar que o papa Chico não é marxista; e apenas demonstrou por que razão os economistas deviam restringir a sua opinião à economia.

O papa Chiquinho, o Frei Bento Domingues, o Anselmo Borges, por exemplo, partem de uma base ideológica que influenciou decisivamente o Concílio do Vaticano II : a chamada Nova Teologia que surge do pensamento de teólogos protestantes do século XX, como por exemplo, Karl Bath, Rudolf Bultmann ou mesmo Dietrich Bonhoeffer.

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Podemos descrever a Nova Teologia em sete pontos principais:

  1. A Nova Teologia tende a separar a fé, por um lado, da religião, por outro lado; e mesmo a contrapôr a fé à religião.
  2. A fé, segundo a Nova Teologia, pode e deve prescindir de todo e qualquer elemento sobrenatural.
  3. Deus não é transcendente — no sentido de ser uma substância ou uma realidade qualquer separada da Natureza e do mundo, e dotada de causalidade própria, podendo intervir nos acontecimentos do mundo e modificá-los.
  4. A transcendência negada a Deus (pela Nova Teologia) constitui, pelo contrário, a índole da realidade humana (influência do Existencialismo). “O transcendente não é um dever-ser infinito e inatingível (Deus), mas sim o homem próximo, determinado de vez em quando, e atingível”. → Bonhoeffer
  5. Jesus Cristo incorpora a noção de “transcendência” do ponto anterior.
  6. A Nova Teologia partilha o Milenarismo dos primeiros cristãos, mas tende a dar à escatologia um sentido puramente mundano (a utopia do Mundo Melhor, em que os seres humanos serão perfeitos e o Mal será erradicado do mundo: acontecerá, então, o paraíso na Terra).
  7. Com a negação do valor da religião, por um lado, e de todas as formas de culto religioso, por outro lado, a Nova Teologia tende a identificar-se ou com a ética (filosofia), ou com a política.


É claro que o João César das Neves não viu marxismo nenhum no papa Chicão, porque o marxismo dele está “escondido” (por assim dizer) na Nova Teologia; mas se analisarem bem as posições filosóficas e políticas do papa-açorda Chiquinho e dos cagalhões que o apoiam, verificarão que se baseiam claramente na Nova Teologia que sempre pretendeu destruir a Igreja Católica.

Por outro lado, a Nova Teologia está na base da formulação da Teologia da Libertação; quando o João César das Neves diz que o Chico “não segue o marxismo” da Teologia da Libertação, até pode ter aparentemente alguma razão; mas o burrinho não consegue ver que na base da Teologia da Libertação está o marxismo (panteísta, imanente, da esquerda hegeliana) previamente embutido na Nova Teologia.

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O Frei Bento Domingues e o Anselmo Borges — e o Chiquito —, e gente dessa laia, podem enganar meio mundo; mas não enganam o mundo inteiro. E nem de propósito, um texto acerca da posição do cardeal Müller em relação ao Chicozito:

O Cardeal Müller acusa o Papa Francisco de não basear sua autoridade magisterial numa teologia “competente”.

Incomoda ao cardeal que o papa pense que “a religião e a política são uma coisa só”. O Cardeal denuncia que o Papa se preocupa mais por “questões de diplomacia e poder do que pelas questões da fé”. A fé cristã deveria estar no centro e o Papa deveria ser simplesmente um “servo da salvação”.

Pois é!: a Nova Teologia não deixa o Chiquinho ser católico.

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