Impossible to find a post box these days since the Tories privatised the Royal Mail. pic.twitter.com/nZshm9sH8S
— Kevin Saunders (@h8kes) April 5, 2018
Sexta-feira, 6 Abril 2018
Quarta-feira, 4 Dezembro 2013
A privatização dos CTT é crime
Em nenhum país da zona Euro, os serviços dos correios estão na mão de entidades privadas.
Passos Coelho deverá ser levado a tribunal por um crime lesa-pátria. Quando algumas regiões do país passarem a ter a recepção do correio apenas duas vezes por semana, então os portugueses perceberão a dimensão do crime de Passos Coelho.
Segunda-feira, 2 Dezembro 2013
Sexta-feira, 29 Novembro 2013
Rui Rio: um homem que não está à venda
“O ex-presidente da Câmara do Porto, Rui Rio, foi convidado pelo Governo para liderar o futuro Banco de Fomento, cuja sede ficará no Porto. Surpreendido pelo convite, Rio pediu “uns dias” para pensar. Gastou-os a recolher opiniões junto de amigos e conselheiros e a ponderar os prós e os contras da situação. Amadurecida a decisão, declinou o convite.”
Eu já critiquei aqui muitas vezes Rui Rio, principalmente quando ele transformou a Avenida da Liberdade, na cidade do Porto, em uma espécie de calçada de um cemitério (ver as imagens abaixo, clique nelas para ampliar). Mas mesmo que o que Rui Rio pretenda é o lugar de Passos Coelho (o que é legítimo), diria eu que “há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não…!”
Avenida dos Aliados, antes de Rui Rio
Avenida dos Aliados, depois de Rui Rio
Sábado, 23 Novembro 2013
Não lembra ao diabo!
Obrigar um polícia a pagar o seu fardamento e restante equipamento de trabalho com o seu salário, não lembra ao diabo! Mas lembra a sacanas e vigaristas travestidos de “políticos”.
Sexta-feira, 22 Novembro 2013
É preciso explicar a Passos Coelho o que é o “Direito de Necessidade”
O conceito de Notrecht, segundo Hegel, baseia-se no Direito Natural e significa basicamente “direito de necessidade”.
O direito à propriedade privada deve ser respeitado, mas há situações de perigo extremo – por exemplo, a miséria – que comprometem princípios morais inalienáveis – como por exemplo o direito à vida – em que o sujeito viola o direito à propriedade – por exemplo, quando um pobre rouba um pão para não morrer de fome –, cometendo assim, um delito jurídico e uma falta moral.
Neste caso, impõe-se legitimamente que o direito de necessidade (Notrecht) faça valer o direito a viver em detrimento do direito de propriedade. Esse direito a viver, que decorre do direito de necessidade (Notrecht) excede as simples considerações de circunstâncias atenuantes do delito jurídico, e exige a intervenção de uma “potência ética superior que vele pela sobrevivência de cada um” 1.
“Com efeito, por um lado, há violação infinita da existência empírica, portanto, ausência total de direito, enquanto, pelo outro, mais não há do que violação de uma existência empírica limitada e singular da liberdade” 2
Notas
1. Hegel, “Filosofia do Direito”
2. Hegel, ibidem, §127.
Sexta-feira, 8 Novembro 2013
A bovinotecnia do João Miranda
O bovinotécnico João Miranda justifica assim a baixa da taxa de desemprego:
“Não é o crescimento que causa a baixa do desemprego, é a baixa do preço do trabalho que torna a economia mais competitiva e causa crescimento e baixa o desemprego.”
Em apenas um ano, mais de 100.000 portugueses emigraram para trabalhar lá fora. Ora, cem mil trabalhadores são cerca de 2% da população activa portuguesa.
E se a taxa de desemprego baixou algumas décimas percentuais, concluímos que não só que a taxa de desemprego real não baixou, como aumentou alguma coisa. Ou seja, nem com a baixa do preço do trabalho — que existe em casos de novos postos de trabalho que estão muito longe de ser a norma — podemos falar em aumento do emprego em Portugal.
Em suma: baixou a taxa de desemprego nominal mas não aumentou o emprego real.
Mais uma vez: ¿quem é que paga ao João Miranda para escrever "aquilo"?
(*) A bovinotecnia é a arte de tratar do "gado" de uma forma tal que se consiga fazer crer aos "bovinos" que serão livres se abandonarem o seu estatuto de bovinidade.
Quarta-feira, 6 Novembro 2013
Sábado, 2 Novembro 2013
Tragédia humanitária: Portugal estará pior do que a Grécia em 2014
A população portuguesa abaixo do nível de pobreza era de 18% em 2006, e na Grécia era de 20% em 2009. Hoje, o nível de pobreza é (alegadamente) de 25% em Portugal e tende a aproximar-se do nível de pobreza grego em 2014. Entretanto, os banqueiros portugueses estão hoje no topo dos banqueiros mais bem pagos em toda a Europa, e com a conivência política de Passos Coelho.
Domingo, 13 Outubro 2013
Quarta-feira, 7 Agosto 2013
Um aviso à direcção do CDS/PP
1/ Qualquer governo – seja este ou outro – só terá legitimidade para baixar as pensões de reforma – sejam públicas ou privadas – quando o Estado se desmarcar das PPP (Parcerias Público-privadas). O Estado tem duas opções: ou se desmarca das PPP (Parcerias Público-privadas) e deixa-as entregues ao sector privado, ou nacionaliza as PPP (Parcerias Público-privadas).
Enquanto essa demarcação não for feita, qualquer corte nas reformas dos cidadãos contribui para a morte acelerada do regime. O problema, antes de ser económico, é ético e moral.
2/ A privatização dos CTT transforma um monopólio do Estado num monopólio privado. Entre os dois males, é preferível o primeiro.
3/ A ideia segundo a qual “a História chegou ao fim“, e que o fim da História justifica tudo e mais alguma coisa, foi um dos erros políticos do espírito de cada tempo, sempre recorrentes desde Hegel. É impossível prever o futuro.
Quinta-feira, 20 Junho 2013
Precisamos de compromissos, e não de reformas
“Revolucionário ou reformador – o erro é o mesmo. Impotente para dominar e reformar a sua própria atitude para com a vida, que é tudo, ou o próprio ser, que é quase tudo, o homem foge para querer modificar os outros e o mundo externo. Todo o revolucionário, todo o reformador, é um evadido. Combater é não ser capaz de combater-se. Reformar é não ter emenda possível.” – Fernando Pessoa, Livro do Desassossego
Seria bom que, em vez de ouvirmos os políticos dizer que “precisamos de reformas”, dissessem que “precisamos de compromissos”. A reforma, tal qual entendida pela política, não é compromisso.
Uma reforma é uma acção revolucionária embora faseada e prolongada no tempo. E as revoluções podem ser de esquerda ou de direita – também existem revolucionários de direita, como por exemplo, Hayek.
Karl Marx – ao contrário do que foi, mais tarde, feito pelos bolcheviques – defendeu a ideia segundo a qual a implantação do comunismo poderia demorar séculos e mediante reformas. O que está acontecer hoje na área de educação e ensino é uma reforma de Passos Coelho — que já vem de José Sócrates — no sentido em que a escola é vista como “uma empresa cujo objectivo social é dar lucro”.
O que está a acontecer, hoje, em Portugal na área do ensino e educação é o confronto entre duas estirpes de reformadores: uns que querem transformar o ensino de crianças em uma actividade essencialmente comercial e lucrativa, e outros que querem transformar a escola e as crianças em um instrumento de implantação de um totalitarismo neomarxista. Nos dois casos, a escola é vista como um meio e não como um fim em si mesma.
A reforma é sempre imposta por uma elite de auto-iluminados que quer “modificar os outros” sem se modificar a si mesma, e sem negociação séria com a sociedade civil. A reforma – seja de esquerda ou de direita – não tem respeito pela família, que é a instituição de base da sociedade, e por isso não respeita a pessoa reduzindo-a ao indivíduo.
Vamos eliminar a palavra “reforma” do léxico político, e substituí-la pela palavra “compromisso”. Queremos fazer compromissos, e não reformas.