Eu tenho imensa dificuldade em ler em brasileiro corrente e diglóssico: a língua (supostamente “portuguesa”) escrita adulterada e raiando o ridículo.
Porém, talvez o principal problema do brasileiro (em geral e salvo honrosas excepções), é o de que vê o mundo ao contrário, ou então exclusivamente a partir de uma determinada perspectiva enviesada — como é o caso deste artigo.
Diz-se, no artigo, que Donald Trump é “racista” porque critica o presidente do senado americano e a sua mulher, que é chinesa.
O brasileiro (em juízo universal) segue a linha ideológica WOKE americana: se criticas um negro, ou uma chinesa, és ‘tomaticamente “racista”. Ou seja: a única raça cujos indivíduos podem ser criticados, é a raça dita “branca”; todas as outras raças estão isentas de crítica.
Porém, quando os me®dia e a Esquerda criticavam sistematicamente a mulher de Donald Trump, já não era racismo: era coisa justa.
Criticar uma mulher chinesa é “racismo”; criticar uma mulher europeia é “legal prá caralho”.
Nota: só agora me dei conta de que este artigo é uma tradução “googlesca” e abrasileirada (as traduções do Google saem em brasileiro) deste artigo do jornal esquerdopata POLITICO .
Desconhecia este aviso. Que fosse necessário, quero dizer. Não assassinar a Língua é uma inerência ou o menor dos requisitos para um mínimo de inteligibilidade. Erros ou gralhas são admissíveis, digo eu; usar a algaraviada brasileira — a não ser que a pessoa seja ela própria brasileira — é não apenas deliberado como algo provocatório.
De qualquer forma, apesar de ter deixado isso bem claro nos “about” de todos os meus blogs, vou — com licença do autor — passar a usar a mesma formulação nas “caixas” de comentários.
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Comentar por JPG — Quinta-feira, 9 Fevereiro 2023 @ 6:39 pm |