«Para a Associação dos Médicos Católicos Portugueses (AMCP), os motivos apontados por Marcelo Rebelo de Sousa são prova da “incoerência de um texto reformulado à pressa”».
É espantoso como ninguém diz o óbvio: a segunda versão da lei da eutanásia (que seguiu para o presidente da república para promulgação) foi alterada propositadamente; não se trata de “um texto reformulado à pressa”.
A segunda versão da lei da eutanásia proposta pela Esquerda (o PSD de Rui Rio também é de esquerda) é ambígua e plurivalente no que diz respeito às razões invocadas para a eutanásia — o que abre a porta ao suicídio administrado a pedido por razões puramente subjectivas.
Por exemplo, “doença incurável” pode ser um determinado tipo de enxaqueca.
“Doença grave” pode ser uma qualquer doença que dificulte (mas não impeça totalmente) a autonomia do individuo.
“Doença fatal” pode ser uma doença que mate daqui a 10 anos ou mais — por exemplo, conheci um caso de um indivíduo com esclerose lateral amiotrófica que viveu mais 15 anos após a identificação da doença.
Esta segunda versão da lei da eutanásia é propositada; a Esquerda pretende instituir a eutanásia a pedido, independentemente da natureza terminal de uma qualquer doença.
Trata-se da aliança entre a plutocracia globalista e os caciques nacionais (e regionais) de Esquerda: é preciso reduzir os custos sociais e hospitalares causados pelos mais fracos — trata-se de uma ideologia malthusiana e social-darwinista que é comum a uns e outros.
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