Em finais da década de 1980, antes do colapso da URSS, o líderes soviéticos propagandeavam o slogan segundo o qual “é preciso mais socialismo para salvar o regime socialista”.
De um modo semelhante, um tal João Quintela Cavaleiro (mais um que assina com três nomes!, porque é chiquérrimo!) defende a ideia de que “é preciso mais energias renováveis para salvar as energias renováveis”.
Sobre este assunto, ler este artigo. Porém, há um pequeno detalhe no texto que convém esclarecer:
“Quanto maior a utilização, maior a produção e menor o custo da energia eléctrica. Com uma utilização a tender para zero o custo da energia tende para infinito e haverá um valor mínimo da utilização abaixo do qual as centrais que usam combustíveis onerosos passam a não conseguir competir no mercado eléctrico onde se inserem.
Antes do aparecimento das “eólicas”, as centrais térmicas (a carvão) tinham utilizações de 50 ou 60% que permitiam produzir energia eléctrica a 50€/MWh. O aparecimento das “eólicas”, que passaram a ter prioridade de entrada na rede (tarifas feed-in) e beneficiaram de preços políticos de estímulo que excediam largamente o valor de mercado (chegando a mais de 300€/MWh nalguns contratos), acarretou a redução da utilização das centrais fósseis e consequente aumento do custo da sua energia.”
Quando as energias ditas “renováveis” são subsidiadas (à moda da ex-URSS) com o dinheiro dos contribuintes, segue-se que, em boa verdade, não há nenhum aumento real de custos da energia das centrais térmicas — porque o povão está a pagar, através do Orçamento de Estado, um preço extra pela produção das energias ditas renováveis.
Portanto, a ideia referida no texto segundo a qual “o carvão já sucumbiu às eólicas”, é falsa — a não ser que se considere que a subsidiação da produção de energia eólica vai de encontro dos requisitos necessários impostos pelas leis de mercado.
Em boa verdade, o carvão não sucumbiu às eólicas: o povão é que está ser enganado e roubado pelo Estado.
A Rolls Royce lançou (no Reino Unido) um módulo de uma pequena central nuclear que tem um custo de 2 mil milhões de Euros por unidade. O governo britânico está já a construir 16 destas pequenas unidades nucleares no país, e está prevista a construção de mais 30 unidades brevemente. Ou seja: lá se vai o argumento da primazia das eólicas pela sanita abaixo…!
Porém, há aqui um enorme problema: os que defendem as “renováveis” — Bloco de Esquerda, PAN (Pessoas-Animais-Natureza), PEV (Partido Comunista), Partido Socialista, ou seja, a maioria da Esquerda — são contra o nuclear.
Portanto, o que a Esquerda pretende não é resolver o problema da dependência dos combustíveis fósseis: em vez disso, que a Esquerda pretende é fortalecer o poder do Estado através do controlo artificial dos preços da energia, e instaurar um novo tipo de regime fascizante e autoritarista (sinificação).
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