A desonestidade do jornal Observador consegue ser mais grave do que a do jornal Púbico — porque ao jornal Púbico já toda a gente lhe viu o cu, ao passo que o jornal Observador exibe uma aura de isenção jornalística que, de facto, não tem.
No caso concreto, refiro-me a uma “notícia” do Observador assinada por um tal Rui Pedro Antunes. A forma como a “notícia” é apresentada é perfidamente insidiosa:
“Obama e Trump em lados diferentes de guerra política que se joga através do basebol”
O referido jornaleiro criou aqui uma falsa dicotomia, uma vez que Donald Trump defende o status quo (no basebol) que a maioria do povo americano defende também — ou seja, é defensor da situação (no basebol) que existia antes de a Esquerda americana (Obama e seus muchachos) desatar a proibir jogos de basebol por motivos políticos.
Para além desta falsa dicotomia, o referido jornaleiro incorre em uma mentira, sem vergonha:
“Liga de Basebol decidiu retirar o jogo das estrelas de Atlanta depois de estado aprovar lei que cria obstáculos à participação eleitoral.”
Presumo que o jornaleiro Rui Pedro Antunes é contra a apresentação de um documento de identificação para se poder votar nas eleições portuguesas — a não ser que (segundo o referido jornaleiro) as regras eleitorais vigentes em Portugal não se devam aplicar aos Estados Unidos.
Aquilo a que o jornaleiro chama de “obstáculos à participação eleitoral” é uma nova lei no Estado da Geórgia que exige que os eleitores se identifiquem com o Cartão de Cidadão para poderem votar — o que não acontecia até agora.
Esta mentira jornaleira, insidiosa e pérfida — “lei que cria obstáculos à participação eleitoral” — , é de uma filha-da-putice de difícil qualificação, como se a exigência de identificação dos votantes fosse sinónimo de “criação de obstáculos à participação eleitoral”.
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