Eu tenho muito menos respeito por Pinto Balsemão do que tenho por Mário Soares e sua memória — e a minha opinião acerca de Mário Soares não é grande coisa. Aliás: tenho mais respeito pelo comunista Jerónimo de Sousa do que tenho pelo Pinto Balsemão.
Pinto Balsemão representa uma visão cínica do mundo, em que (na esteira de George Soros e da celebração do conceito de acto gratuito) o dinheiro justifica qualquer tipo de acção política.
A Helena Matos faz aqui a crítica do pregador trotskista, Francisco Louçã:
“Francisco Louçã, um dos políticos mais antigos de Portugal, entra-nos há anos pela casa dentro com aquele ar insuportável de inquisidor, graças a uma comunicação social que o ouviu muito e lhe perguntou pouco. Quantos anos mais vamos assistir a Francisco Louçã mentir, acusar e insinuar sem nada provar perante o sorrisinho cúmplice dos jornalistas?”
Porém, a Helena Matos esquece-se da cumplicidade do Chico dos Porsches (e do filho deste): as empresas jornaleiras do Pinto Balsemão (a SIC televisão e semanário Expresso) são o fojo dos animais da Esquerda mais radical. De modo semelhante, o jornal Público é um antro de comunistas abrigados pelos herdeiros do capitalista Belmiro de Azevedo.
O caso do Chico dos Porsches, por um lado, e do grupo SONAE, por outro lado, revelam uma clara estratégia em que o grande capital se alia à Esquerda dita “progressista” para criar um fascismo a nível global (sinificação).
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