Um leitor escreveu:
“certa vez um amigo me fez a seguinte afirmação: “Toda pessoa age por interesse. Isso é um axioma!”.
Eu concordo que a maioria das pessoas age por interesse. Logo não seria um axioma.
O que você poderia falar sobre essa questão?”
Um exemplo de um axioma, na geometria plana: “duas rectas encontram-se, ou não” (neste último caso, são rectas paralelas).
Ou seja, é um axioma a proposição segundo a qual “duas rectas se encontram”; mas também é um axioma que “duas rectas não se encontram” (as rectas paralelas).
O axioma não exige que “todas as rectas se encontrem, ou não se encontrem”.
Portanto, também podemos considerar axiomática (também é axioma) a proposição segundo a qual “a maioria das pessoas age por interesse”.
O problema é saber o que é “interesse” — porque se é verdade que toda a gente age por interesse (interesse = vontade do indivíduo), temos que distinguir “interesse” enquanto vontade, por um lado, de “interesse próprio”, por outro lado.
“Nem toda a gente age sempre por interesse próprio”; esta proposição também pode ser considerada axiomática.
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