A vida não é um mar de rosas; mas há pessoas que pensam que pode ser um mar de rosas. ¿E como? Substituindo a responsabilidade do cidadão, literalmente, pela do Estado.
Vou aqui reproduzir as palavras de Jesus Cristo acerca das crianças:
“Se alguém escandalizar um destes pequeninos que crêem em mim, seria preferível que lhe suspendessem do pescoço a mó de um moinho e o lançassem nas profundezas do mar.
Ai do mundo, por causa dos escândalos! São inevitáveis, decerto, os escândalos; mas ai do homem por quem vem o escândalo”.
(S. Mateus, 18, 6 – 7)
Quem defende o controlo das crianças por parte do Estado tem uma mentalidade totalitária.
Jesus Cristo viu aquilo que a Inês Pedrosa não vê: os escândalos são inevitáveis; o que importa é reduzi-los ao mínimo, mas é impossível acabar com os escândalos. Mas a minimização dos escândalos só pode ser levada a cabo através da responsabilização do cidadão. Recordemos Kant:
“Um governo que fosse fundado sobre o princípio da benevolência para com o povo — tal o do pai para com os seus filhos, quer dizer, um governo paternal —, onde, por consequência, os sujeitos, tais filhos menores, incapazes de decidir acerca do que lhes é verdadeiramente útil ou nocivo, são obrigados a comportar-se de um modo unicamente passivo, a fim de esperar, apenas do juízo do chefe do Estado, a maneira como devem ser felizes, e unicamente da sua bondade que ele o queira igualmente — um tal governo, digo, é o maior despotismo que se pode conceber.”
O controlo das crianças por parte do Estado e desde tenra idade corresponde ao ideal totalitário espartano (que Rousseau admirava) em oposição ao ideal democrático ateniense. Isto é um facto histórico. Quem defende o controlo das crianças por parte do Estado tem uma mentalidade totalitária.
uma verdade hist´rica imutável.E ainda não aprendemos,pois vira então a consequência dos atos,
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Comentar por J Carlos Antunes — Quinta-feira, 3 Março 2016 @ 2:29 pm |