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Domingo, 14 Fevereiro 2016

O Henrique Raposo e as altas taxas de suicídio no Alentejo

Filed under: A vida custa — O. Braga @ 9:16 pm
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Vemos aqui um texto notável do Henrique Raposo acerca da alta taxa de suicídio no Alentejo, que se baseia em factos. Obviamente que os factos criam imediatamente anticorpos ideológicos.

A principal razão que Henrique Raposo invoca para justificar a alta taxa relativa de suicídio no Alentejo, é a cultura. Mas ele descarta a genética, e bem. Mas não deveria descartar a epigenética que é uma área de estudo relativamente recente.

A cultura antropológica (o mimetismo cultural) e a epigenética  “andam de mãos dadas”.

A reacção do blogue Jugular ao texto do Henrique Raposo é a reacção normal de quem se recusa a identificar as altas de suicídio com o mimetismo na cultura antropológica e com a epigenética — por causa da recente proposta radical de legalização da eutanásia. Perante factos, a Esquerda responde invariavelmente com ideologia.

4 comentários »

  1. A democracia já foi passada para trás há muito tempo:

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    Comentar por Icxc Nica — Domingo, 14 Fevereiro 2016 @ 11:19 pm | Responder

  2. “Vemos aqui um texto notável do Henrique Raposo acerca da alta taxa de suicídio no Alentejo, que se baseia em factos”. A definição, por exemplo, de “postulado”. Basta dizer ex cathedra que se baseia em factos e já está. A direita a responder invariavelmnete com axiomas

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    Comentar por Rui P. Bebiano — Quarta-feira, 2 Março 2016 @ 11:04 am | Responder

    • ¿O que é um “facto”?

      Um facto é um dado da experiência, com o qual o pensamento pode contar [definição comum].

      É neste sentido que se entende “facto”. Um dado da experiência.

      Ora, um “dado da experiência” não é necessariamente um “postulado”.

      ¿O que é um “postulado”?

      Em sentido comum, um postulado é uma posição declarada ou não, que constitui a base de partida de um raciocínio.

      Ora, uma posição declarada (ou não) que constitui a base de partida de um raciocínio pode não ser um “dado da experiência”. Eu posso partir de um postulado fictício — por exemplo, o conceito de “espaço absoluto”, de Newton, foi um postulado que serviu de muleta à sua (dele) mecânica. Hoje sabemos, através da relatividade de Einstein, que o “espaço absoluto” de Newton não é um dado da experiência.

      O livro do Henrique Raposo baseia-se em dados da sua (dele) experiência (factos), através de testemunhos directos que ele recebeu de pessoas da sua (dele) família e amigos, por um lado, e da própria experiência directa dele com a realidade alentejana, por outro lado.

      O que você pode dizer é o seguinte:

      “As testemunhas do Henrique Raposo mentem; e a recolha de dados da experiência não corresponde à realidade. ”

      Ou seja, o que você pode colocar em causa é a verdade dos factos, mas não deve confundir “facto”, por um lado, e “postulado”, por outro lado.

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      Comentar por O. Braga — Quarta-feira, 2 Março 2016 @ 11:30 am | Responder

    • Adenda: quando a Direita começa a definir, a Esquerda engasga-se.

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      Comentar por O. Braga — Quarta-feira, 2 Março 2016 @ 11:42 am | Responder


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