A Helena Damião considera que existe uma boa lobotomia e uma má lobotomia das crianças através do sistema educativo:
“Ora, aqui é que está o problema: a confusão (propositada?) entre “educação” (acção de ensino que, de modo explícito, prepara os alunos para exercerem, com liberdade e responsabilidade, o direito de escolher) e “doutrinamento” (acção interesseira de alguém que, de modo dissimulado, conduz os alunos a seguirem opções que, previamente, se determinou que seguissem).
A “condição financeira pessoal”, é, exactamente isso: pessoal. Em sequência, o “querer e necessitar” dizem respeito a cada um, solicitam o livre arbítrio exercido, evidentemente, com base em conhecimento substancial, fundamental que a escola tem obrigação de assegurar.”
A má lobotomia é aquela que não coincide com as convicções ideológicas da Helena Damião (e do resto da sociedade que com ela partilha uma determinada mundividência), o que significa que a boa lobotomia das crianças (a que ela chama de “doutrinamento”) coincide com as ideias dela.
Quando as crianças são lobotomizadas na escola e de acordo com as convicções ideológicas da Helena Damião, é-lhes dada a liberdade de “querer”; quando isso não acontece, é-lhes imposto o reino da “necessidade”.
Mas se perguntarem à Helena Damião se os pais e família das crianças devem ter o principal papel na educação, ela afirmará (como já o fez) que “os pais não são donos das crianças” e que compete ao Estado dispôr da lobotomia das crianças.
O problema da Helena Damião é o de saber qual o tipo de lobotomia que o Estado deve exercer sobre as crianças: ¿a boa ou a má? — tendo em conta que a família e os pais devem ser secundarizados naquilo que ela chama de “educação”.
De fato, o discurso dessa criatura é o gnosticismo. Lembra a antiga religião da Serpente: “O Criador disse que você era menino? A coisa não é bem assim, você não precisa ser um menino, é mais porreiro você ser traveco”.
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Comentar por Denis Camursa — Domingo, 21 Novembro 2021 @ 2:15 pm |