Quando o professor Galopim galopa os corcéis da história ou da filosofia, sai asneira:
“Na mesma época, o Santo Ofício levara Giordano Bruno à fogueira e obrigara Galileu a repudiar as suas ideias sobre o heliocentrismo, tidas por ofensivas da Fé”.
Misturar, em um mesmo parágrafo e pelas mesmas razões, Giordano Bruno e Galileu, só pode ser burrice de quem aprendeu a classificar pedras e faz da história das ideias uma espécie de menir. Giordano Bruno não foi executado pela Inquisição por ter ter defendido o heliocentrismo!
Por outro lado, já aqui demonstramos aqui que a mente retorcida de Carlos Fiolhais e o cérebro empedernido de Galopim de Carvalho não têm razão em relação a Galileu, porque a ciência actual comporta-se da mesmíssima maneira que a Igreja Católica medieval:
“Qualquer cientista propriamente dito — e não alguém contaminado pelo cientismo, como é o caso de Carlos Fiolhais — reconhece hoje, e a partir da perspectiva actual segundo o conceito de paradigma de Thomas Kuhn, que a reacção do Papa às teses de Galileu foi absolutamente correcta. As teses de Copérnico receberam o imprimatur porque foram formuladas como hipóteses. Porém, Galileu não quis formular quaisquer hipóteses, mas afirmar verdades absolutas — e isto numa época em que a hipótese de Ptolomeu podia explicar melhor muitos fenómenos celestes.
A Igreja Católica, naquela época, defendeu a concepção científica mais moderna embora se tenha atido a concepções cosmológicas erradas. O mesmo critério da Igreja Católica daquele tempo é utilizado por Carlos Fiolhais quando defende o darwinismo: mas Carlos Fiolhais fala sistematicamente em Galileu sem falar nele próprio e naquilo que comprovadamente de errado ele ainda defende.”
AVISO: os comentários escritos segundo o AO serão corrigidos para português.