Em 26 de Janeiro p.p. escrevi que “o Syriza quer que a Grécia saia do Euro, embora sob determinadas condições”. Parece que sou candidato a bruxo.
As exigências dos credores não compensam, porque a dívida da Grécia é de tal modo alta que obedecer aos credores é literalmente liquidar o país. Por outro lado, os países europeus credores da dívida da Grécia ficarão a arder com 310 mil milhões de Euros.
Portanto, provavelmente compensa uma falência (default) da Grécia à moda da Islândia, seguida de uma nacionalização mais ou menos parcial da Banca. Logo a seguir será criado um “Banco Mau” onde ficarão os activos tóxicos (incluindo a dívida de 310 mil milhões de euros), e a circulação de capital para o exterior será estritamente controlada pelo novo Banco Central soberano.
A princípio haverá restrições de levantamento de dinheiro nas caixas de Multibanco, e existirão duas moedas em circulação: o Euro e o novo dracma; mas rapidamente o Euro será retirado de circulação e ficará apenas o novo dracma. Naturalmente que, nesta primeira fase, os Bancos gregos vão ao charco.
Mas depois do primeiro ano de confusão grega, com o novo dracma a Grécia vai passar a crescer a uma taxa impensável na zona Euro e em Portugal.
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