“A assistência a um debate sobre o Alqueva organizado pela Caritas de Beja ficou perplexa por ouvir o bispo da Diocese, D. Vitalino Dantas (originário do Minho), defender políticas sociais semelhantes às do PCP – segundo li no Público.”
O cristão diz: “O que é meu, é teu.” O comunista diz: “O que é teu, é meu.”
É esta a real diferença.
O cristão dá porque quer dar; o comunista tira porque quer tirar. Uma coisa é dar, e outra coisa é tirar. Não podemos confundir os dois verbos.
Mas consigo concordar com um facto: o capitalismo perdeu as suas raízes na cultura antropológica.
Dou um exemplo do jornal Púbico: o capitalista Belmiro de Azevedo, em vez de sustentar um pasquim infestado de esquerdistas e com prejuízo financeiro, poderia utilizar esse dinheiro para obras de caridade. Teria prejuízo de qualquer maneira, mas ao menos seria útil à sociedade.
Não é demais recordar que o capitalismo teve a sua origem no Cristianismo calvinista. Foi essa cultura que se perdeu. Com o Calvinismo, “o trabalho tornou-se em um dever sagrado, e o êxito nos negócios uma prova evidente do favor de Deus e, segundo os conceitos do Antigo Testamento, um sinal da Sua predilecção. Pela ética calvinista se modelou o espírito da nascente burguesia capitalista: o espírito activo, continuamente dirigido para o êxito.” 1
O capitalismo primordial calvinista não fazia do dinheiro um fim em si mesmo: o dinheiro era apenas um meio para se atingir um fim último: merecer a escolha de Deus através do trabalho árduo. O neoliberalismo, pelo contrário, transformou o dinheiro em um fim em si mesmo, e entregou Deus nas mãos do clero esquerdista actual.
Nota
1. “História da Filosofia” de Nicola Abbagnano, volume V, § 370
NÃO SE SINTAM ESTRANHOS,AQUI NO BRASIL TEMOS VARIOS
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Comentar por J Carlos Antunes — Terça-feira, 7 Abril 2015 @ 2:04 am |